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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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A verdade por trás dos casais que se parecem fisicamente

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 18 set 2018, 12h36 - Publicado em 26 fev 2015, 18h46

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(Dimitrios Kambouris/Getty Images)

Mães e avós muitas vezes disparam algumas verdades sobre a vida que a gente não faz ideia de onde vêm. Sabedoria milenar transmitida de geração para geração? Crendices que calham de ser aplicáveis em algumas situações? Vai saber. Mas uma coisa que a minha mãe disse algumas vezes me deixou especialmente curiosa: “quando o casal se parece fisicamente, eles se casam”. Eu já me peguei repetindo isso ao falar sobre casais de amigos que se dão bem e cuja semelhança física está em traços do rosto, mesmo, e vão muito além de meros trejeitos adquiridos pela convivência.

Para confirmar a teoria, sites por aí estão publicando listas com casais que parecem irmãos gêmeos e eu comecei a achar isso tudo meio perturbador. E aquele papo de que opostos se atraem? A gente vai acabar com uma pessoa que é a nossa cara no sentido físico da coisa? Para a minha surpresa, a ciência parece comprovar a teoria da minha mãe. O site Mic.com reuniu uma série de evidências que apontam para essa direção. Vamos lá.

Evidência 1: procuramos uma sensação de familiaridade

Por mais que você seja do tipo que curte aventuras e desafios e explorar o desconhecido, temos que admitir que humanos se sentem confortáveis com as coisas que conhecem – e o que existe de mais familiar do que a nossa própria cara? Sobre isso, o pesquisador em psicologia Tony Little, da Universidade de Stirling, no Reino Unido, já afirmou: “Quando você tem um rosto que se parece mais com você, tende a confiar mais e achar que é mais amigável”.

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Há números para comprovar essa tendência: a pesquisadora Emma Pierson estudou 1 milhão de “matches” do site de namoro eHarmony e descobriu que as pessoas se mostram MUITO mais interessadas ​​em pessoas parecidas com elas. Pessoas que apresentavam alguma característica física mais específica tendiam a preferir outros com esse mesmo traço. Mulheres mais altas apresentam uma preferência mais intensa do que as outras mulheres por homens altos, por exemplo. O mesmo se dá com pessoas mais atléticas. Uma pesquisa publicada no Personality and Social Psychology Bulletin em 2010 confirma essa tendência ao observar que o cérebro processa imagens familiares com mais facilidade. Na real, o cérebro curte TANTO uma familiaridade que um estudo de 1995 com pessoas casadas descobriu uma incidência muito alta de casais com nomes que soavam parecido (tipo Kim e Kanye).

Evidência 2: somos narcisistas

Quando se trata de comportamento humano, as explicações nunca são simples. Neste caso, além da familiaridade, há outros fatores envolvidos e um deles é o narcisismo natural de cada um. Lembra aquele estudo de 2010 citado acima? Os seus autores também pediram aos participantes que avaliassem fotos de estranhos em relação à sua atratividade sexual. Mas havia uma particularidade: algumas fotos foram manipuladas digitalmente e misturavam o rosto de um desconhecido com o do participante. Sem perceber o truque, os voluntários consideraram essa fotografia misturada com seu próprio rosto a mais atraente de todas. Haja amor-próprio.

E tem mais: estudos anteriores com casais heterossexuais concluíram que os pares frequentemente apresentavam estruturas de DNA semelhantes. Um trabalho com gêmeos idênticos da Universidade de Western Ontario, no Canadá, descobriu algo ainda mais doido: eles não só se parecem com seus parceiros, mas os cônjuges dos gêmeos muitas vezes se pareciam muito entre si.

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Evidência 3: buscamos personalidades parecidas com a nossa

Por fim, existe também o fato de que nosso rosto transmite (de forma verdadeira ou não) alguns traços de nossa personalidade e permitem sacar logo se a pessoa é brincalhona, relaxada, brava, tensa etc. A procura por pessoas com personalidade semelhante à nossa pode, assim, acabar nos atraindo a quem a demonstre através de seu rosto de alguma forma.

Ok, é meio esquisito pensar que a gente pode acabar com alguém muito parecido conosco, mas analisando assim faz sentido, né?

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