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Por Alexandre Versignassi
Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
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A reforma do “quem pode mais chora menos”

A CLT precisa ser mais flexível. Mas se a ideia for usar a reforma basicamente como pretexto para favorecer quem pode mais, estamos num mal caminho

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 abr 2017, 13h13 - Publicado em 27 abr 2017, 13h06

Sem lição de moral, só quero colocar um ponto minimamente objetivo sobre a reforma trabalhista: miou dissídio.

Diante do que deve ser aprovado pelo Senado, a possibilidade de você ter seu salário reajustado pela inflação cai para perto de zero. Ou seja: se você passar 10 anos no mesmo cargo, sem promoção, seu padrão de vida terá caído pela metade – supondo-se aí uma inflação de 4%.

De novo: sem liçãozinha de moral. Numa economia pujante, isso não faz diferença. A média de salários tende a subir mais do que a inflação nas épocas de bonança, e quem trabalha, seja dirigindo empresa, seja cortando grama, tende a surfar na onda. Vimos isso outro dia, nos nossos anos de crescimento robusto.

Mas numa economia meia-bomba não tem dessas. Você já tem sorte meramente por ter um emprego, e sem dissídio, o valor real do seu salário vai diminuir ano a ano. Na prática, a inflação vai transferir essa sua perda para o bolso do empregador – mesmo uma inflação comedida pode devolver para ele metade do seu salário ao longo do tempo. Ou praticamente exterminá-lo, caso você passe a vida na mesma empresa sob uma economia que não te cria alternativas.

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Para quem acha que proteger o empregador é o melhor caminho para todos, tudo isso faz sentido.
Para quem acha que o caminho certo é proteger o empregado, não, não faz sentido.

Respeito os dois pontos de vista. Sei que contratar pela CLT hoje é praticamente um ato de heroísmo. E sei também que “heroísmo” é sustentar uma família em SP ganhando dois paus por mês, enquanto o seu chefe leva 200 mil, troca de Range Rover todo ano, e ainda fica de mimimi.

Seja como for, o fato é que existe uma lei correndo por fora nessa história: a lei da natureza, que está em voga há 4 bilhões de anos. É a lei do “quem pode mais chora menos”. Minha opinião pessoal, então, é a seguinte: se o Estado só servir para ratificar a lei da natureza, não precisamos de Estado.

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