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Coluna semanal de perguntas práticas, sentimentais e existenciais enviadas por leitores da SUPER. Por Karin Hueck
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“Eu bebo todos os dias e não consigo parar. Sou alcoólatra?”

Como saber se você está bebendo demais? E como lidar com namorados que namoram outra pessoa? Hoje, no blog.

Por Karin Hueck Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 mar 2017, 15h33 - Publicado em 15 mar 2017, 15h32

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Fumo maconha e cigarro há quase 10 anos e bebo há uns 5. Sou um pessoa espiritualizada mas que se compraz no vício. Por ser um usuário crônico, tenho uma vida paralela. Toda noite eu entro nela e a cada manhã eu estou de volta à sanidade (com a ressaca, seja física ou moral). Mas sinto que estou piorando. Estou chegando atrasado no trabalho. Já notei também que, mesmo tentando, quando saio da faculdade, quase às 23h, vou direto comprar bebida. E o ciclo recomeça. Tenho 30 anos e considero que agora “a coisa vai”, mas me sinto sem apoio externo. Acho que, para família e amigos, devo ser a representação do “usuário de drogas”. Preciso de apoio especializado? Como lidar com as pessoas? Sinto que essa realidade alternativa é meu único porto seguro. Devo deletá-la?
– Usuário.

Caro usuário.
A realidade alternativa que você leva, infelizmente, é o alcoolismo. Se você bebe todos os dias, tenta parar mas não consegue e acredita que o seu único porto seguro é um estado de mente alterado, você tem um vício. Sim, você precisa de ajuda especializada. A primeira coisa que precisa aceitar é que você vai ter de parar de beber – é difícil, mas muita, muita gente mesmo, leva uma vida completamente plena e abstêmia. Dificilmente, você vai conseguir largar a bebida sozinho. Informe-se sobre grupos de ajuda, como o AA na sua cidade (e tenha fé, eles funcionam) ou cogite a possibilidade de passar um tempo em uma clínica especializada, na qual você fique completamente afastado do álcool. Admita o seu problema para a família e seus amigos, e peça ajuda. Você vai se surpreender como as pessoas estão dispostas a ajudar quando alguém reconhece suas limitações. E pare de dar um nome fantasia para o seu estado: você tem uma doença e ela se chama alcoolismo. A boa notícia é que dá para viver com ela.

 

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Sou gay, não sou assumido, mas também não me escondo inteiramente. Tenho um relacionamento de 2 anos, no qual meu parceiro, que se diz bi, mantém relações com uma mulher. Ele me completa, é tudo que sempre procurei na vida, me satisfaz inteiramente no sexo e conversamos horas sem ficar sem assunto. Não me importo com a vida no armário e com a sociedade. Só que tem esta questão da namorada dele, com quem ele fica terminando e voltando. Isso me perturba muito, não sei lidar corretamente com a situação. O problema não é ele se envolver sexualmente com mulheres, mas sim com essa, especificamente. Alguma sugestão?
– Meia alma gêmea

Caro alma gêmea.
Você tem toda razão: o problema não é ele fazer sexo com mulheres – é ele fazer sexo sempre com essa mesma mulher. A verdade é que ele tem outro relacionamento, além do seu. O fato de ela ser uma mulher realmente não é importante. Me parece que você não está sendo enganado porque ele te mantém a par das idas e vindas com ela. (Esse é o lado ruim de vocês se manterem no armário. Se o namoro de vocês for escondido, é mais fácil que a namorada seja considerada a oficial.) Mas acho que você quer ter um relacionamento monogâmico – e não tem nada de errado nisso. Fale isso para ele. Diga que você não se importa se ele fizer sexo com outras mulheres (se você realmente não se importar), mas que você quer ser o único namoro estável dele. Veja o que ele responder. Caso ele diga que não tem interesse em ficar apenas com você, pule fora.

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