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Coluna semanal de perguntas práticas, sentimentais e existenciais enviadas por leitores da SUPER. Por Karin Hueck
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Sou introvertido e acho que estou deprimido. O que eu faço?

Nesta semana, nossos leitores pediram dicas para lidar com a depressão, sacudir o rumo da vida e (talvez?) até se readequar sexualmente.

Por Karin Hueck Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 dez 2016, 10h26 - Publicado em 25 out 2016, 13h57

Acho que estou com depressão crônica, porque ondas de tristeza vêm com muita constância. Sou muito introvertido e não gosto de me abrir com as pessoas. O que eu posso fazer?
-Calado

Caro calado
Introversão e depressão são coisas muito diferentes. Não há nada de errado em ser introvertido – 30% das pessoas são como você, e eu. Nós apenas funcionamos de maneiras diferentes dos extrovertidos: enquanto eles se sentem energizados perto de pessoas, para nós, outros seres humanos nos deixam exaustos. Se respeite: socialize apenas enquanto você se sentir confortável e não se sinta mal se você quiser correr para casa e ficar na frente da TV, ou dos livros, ou do videogame.
Já depressão é outra história – uma muito séria e que costuma ser ignorada. Ao contrário do que as pessoas falam, ela não passa sozinha e não adianta “tentar se animar, dar uma volta, sair por aí”. O que costuma adiantar é o combo terapia + remédios. Procure um bom psiquiatra e explique os seus sintomas. Peça também o contato de um terapeuta. (Você falou que não gosta de se abrir com pessoas, mas lembre-se que psicólogos são profissionais. Eles estão preparados para ouvir – e lidar com – qualquer tipo de informação.) Talvez o médico prescreva um remédio, talvez não. Se você precisar tomar alguma coisa, não se sinta maluco – se você estivesse com uma perna quebrada, você faria de tudo para melhorar, não é? Depressão é apenas mais uma doença, e tem cura.

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Eu tenho 25 anos, me formei em química e trabalho há 6 anos em uma indústria multinacional. Tenho um salário que considero muito bom. No entanto, não estou muito feliz com a minha área de atuação e gostaria de voltar a estudar. Estou numa crise existencial porque não sei como trocar de área, nem exatamente o que quero estudar. Ao mesmo tempo, sinto que aproveito pouco a minha vida: sou apaixonada por viajar e ficar presa em um escritório talvez não me faça feliz. Já cogitei também largar meu emprego e ir estudar fora por um tempo … Meu namorado é 3 anos mais novo e ainda vive na correria de trabalho e faculdade, o que me deixa com tempo livre, já que não conseguimos nos ver muito.
-Crise geral

Cara crise geral
Você me parece entediada com a sua vida. Você tem apenas 25 anos e não se conforma em já estar com todo o roteiro dos próximos anos traçado. Felizmente, você tem apenas 25 anos – e tempo de sobra para recomeçar. Primeiro, aproveite que você está ganhando bem e guarde todos os centavos que conseguir.  Só você pode saber o que vai deixá-la realmente feliz: se é começar uma nova faculdade, se é morar fora do país ou se é terminar o namoro. (Se eu puder palpitar, diria que é um pouco dos três.) Use o dinheiro que você juntou para se aproximar do seu sonho.

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Como posso justificar tamanho apreço que sinto pela essência feminina? Já não me atormenta toda aquela dúvida sobre as convenções sociais, porque sei que fomos socialmente construídos. O que me deixa espantado é o quão amplo ficou o meu saber e sentir. Como isso é possível?
– Filógino de espírito

Não sei se entendi direito a sua situação (ou a sua pergunta), mas como você falou de convenções sociais (e o seu e-mail é masculino), pressupus que você é um homem querendo viver como mulher. Se for esse o caso, o único conselho que posso dar é: viva. Transforme-se aos poucos e, primeiro, em ambientes onde você se sentir confortável. Se alguém o questionar ou tirar sarro, explique que você está apenas aproximando a sua aparência externa com a maneira como você se sente. Infelizmente, ainda há muito preconceito com transgêneres, mas famosos na mesma situação que você têm aberto caminho: basta lembrar da quadrinista Laerte, das irmãs Warchowski (as diretoras de Matrix e produtoras de V de Vingança) ou da Caitlyn Jenner (atleta e madrasta de Kim Kardashian). Como você mesmo escreveu, há muitas maravilhas em viver a vida como mulher – e dobrar “o saber e sentir” é apenas uma delas.

Agora, se você está escrevendo apenas para dizer que ama muito as mulheres, lembre-se sempre que toda forma de amor precisa ser consensual – e boa sorte!

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