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Coluna semanal de perguntas práticas, sentimentais e existenciais enviadas por leitores da SUPER. Por Karin Hueck
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Virei confidente da esposa do meu amante. Será que consigo separá-los?

Nessa semana, os leitores se meteram em verdadeiras enrascadas, como se envolver com um homem casado – e depois se tornar BFF da mulher do cara. Além disso, chegaram dúvidas sobre maconha e vício em pornografia.

Por Karin Hueck Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 dez 2016, 10h20 - Publicado em 15 dez 2016, 14h51

Olá, tenho 25 anos e por 2 anos investi em um rapaz que é gay. Fiz de tudo para ele gostar de mim como mulher, mas no fim, como já era de se esperar, tudo acabou. Logo após o término, me sentindo muito sozinha, comecei a me envolver com um colega de trabalho. Mas ele era casado. Por um infortúnio, acabei conhecendo a mulher dele, e o pior: ela gostou de mim. E o pior ainda: ela desabafa comigo! E eu juro por tudo o que é mais sagrado – nunca fiz nada pra isso. Eu me apaixonei por ele, e a mulher começou a gostar de mim de verdade, a ponto de me contar até as puladas de cerca dela! (Eu acabei contando isso pra ele). Entre idas e vindas, depois de 10 meses, consegui romper com ele definitivamente, e me tornei tão monossilábica com ela, que ela se afastou. Mas quem falou que eu o esqueci? Choro todas as noites, me sinto rejeitada, sempre vejo ele na empresa e nas fotos deles juntos no Facebook. Dói muito gostar dele, sabendo que a mulher que está ao seu lado não dá a mínima pra ele. Mas jamais ficaria com ele, sabendo que pra isso teria que separar uma família (eles têm 2 filhos. O primeiro nem é dele, e ele não sabe). Aos 25 anos, eu queria estar casada, ter uma família, e só tive relacionamentos fracassados. Por favor, o que eu faço?
– Confidente e amante
Cara amante
Você realmente se meteu em muitos infortúnios nessa vida, não é mesmo? Tentar converter um gay, se envolver com um homem casado, e depois virar confidente da mulher que está sendo traída é uma das mais certeiras fórmula para o fracasso que já vi. Não consigo acreditar que essa mulher tenha se tornado sua amiga de infância por geração espontânea. Esqueça o seu colega de trabalho. Mesmo que você quisesse, você não conseguiria separar esse casal – afinal, você contou para ele que a mulher o traía e eles continuam juntos. Ele parece ter encontrado alguém à altura e está em um casamento bem equilibrado, entre duas pessoas que se traem. Você não tem espaço nessa dupla. A pergunta que você pode fazer é por que você continua insistindo em pessoas que obviamente são encrenca. Procure um rapaz solteiro, desimpedido e que, de preferência, se sinta atraído pelo sexo feminino. Enumerando assim, até que não são pré-requisitos tão difíceis de se encontrar, não?

Tenho 22 anos e um namorado muito legal. Ele fuma maconha e, para mim, não se torna uma pessoa pior ou melhor por isso. Mas meus pais descobriram que ele fuma e não querem de forma alguma que eu o namore – ainda mais porque são da igreja. Eu o amo e já estamos junto há mais de 1 ano. Ele foi a melhor pessoa que me aconteceu: ele me trata tão bem, me coloca pra cima como ninguém nunca fez, me apoia, me incentiva a fazer o que gosto e realizar tudo na minha vida. Mas os meus pais não deixam, não querem ele comigo nem pintado de ouro e estou namorando escondido. O que faço?
– De olhos vermelhos de tanto chorar
Cara olhos vermelhos,
Pare de namorar escondido. Você já tem 22 anos e é perfeitamente capaz de ter uma vida independente dos seus pais e de fazer as suas próprias escolhas. Você encontrou alguém que trata você bem e que enche a sua bola – olha que coisa mais maravilhosa! Viva plenamente esse relacionamento. Avise seus pais que você está com ele e dê a eles a opção de conviver com vocês – se eles se recusarem, caminhe por conta própria. A maconha está lentamente sendo legalizada no mundo todo e o consumo já não dá mais cadeia certeira aqui no Brasil. Tudo indica que, daqui a alguns anos, o seu problema não vai mais ser um problema.

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Há alguns anos terminei um relacionamento porque, bem, meu namorado não queria mais transar. Eu cheia de desejo e ele sempre evitando. Um dia, irada com a situação, fui investigar o computador dele em busca de uma possível traição, mas o que descobri foi que ele era viciado em pornografia. Conversei a respeito e ele confessou que curtia mesmo seus momentos a sós. Encerrei o relacionamento e um ano depois conheci meu atual companheiro. Estamos em um relacionamento que considero maravilhoso, com muito amor e cumplicidade. Mas, de uns meses pra cá, a frequência com que transamos diminuiu muito. Questionei sobre e ele não soube me explicar o motivo de sua falta de desejo. Acontece que, esses dias, fui enviar um e-mail usando o computador dele e percebi que as abas recentes eram todas de sites de pornografia. Abri o histórico e constatei que, há meses, ele está diariamente acessando esses sites e passando um tempo considerável neles. Tentei conversar, mas ele ficou extremamente irritado pela invasão de privacidade (confesso, foi uma péssima atitude) e tivemos uma grande discussão. Agora, não sei se isso influencia ou não na nossa vida sexual. Isso pode significar que ele está insatisfeito com o nosso sexo?
-Quero-quero
Cara quero-quero,
Não acho que o seu problema seja a pornografia. Penso que você está com um problema de incompatibilidade sexual. Você parece ter muita ~energia~ e ainda não encontrou alguém com a mesma disposição. Aí você tem duas possibilidades: ficar com o seu namorado maravilhoso e encontrar um meio termo que agrade os dois (ou ficar na auto-satisfação mesmo), ou procurar alguém que não deixe você passando vontade. Garanto que, se você encontrar esse alguém, não vai nem se importar com o histórico de navegação do seu companheiro. (E aqui vai a bronquinha:  jamais fuce no celular ou e-mail dos seus namorados. É uma invasão terrível – e você inevitavelmente vai encontrar algo desagradável. No fundo, todo mundo é meio desagradável). Pornografia não é a coisa mais maravilhosa do mundo (muito pelo contrário: é uma indústria cheia de abusos físicos, desregulamentada, que explora seus trabalhadores), mas não é a origem da falta de apetite dos seus namorados. Meu conselho é que você procure um jeito de se satisfazer.
(E a sua carta é um lembrete para um outro leitor que reclamou que nenhuma de suas namoradas o satisfazia sexualmente. Viu? Há muitas pessoas como você por aí!)

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