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O veneno que faz zumbi

Por Carol Castro
Atualizado em 21 dez 2016, 09h54 - Publicado em 30 jun 2016, 18h33

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Wilfred Doricent levava uma vida tranquila em uma pequena vila no Haiti. Era só mais um jovem adolescente na pequena ilha caribenha. Até adoecer repentinamente. Começou a ter convulsões e os olhos amarelaram. Uma semana depois, não apresentava qualquer sinal vital. Os médicos o deram por morto e Doricent foi enterrado horas depois.

Até aí seria uma história normal – quer dizer, uma morte inesperada do tipo que acontece de vez em quando, mas sem grandes mistérios. Mas Doricent reapareceu. Um tempo após o sepultamento, lá estava o jovem perambulando pelo pequeno povoado, cheio de machucados e cicatrizes e sem qualquer memória. Não conseguia conversar ou compreender qualquer coisa. Assustada, a família o prendeu com correntes. A culpa recaiu sobre o tio do rapaz, acusado de ser um conhecido e temido feiticeiro da região.

Mas não havia ali qualquer magia. Anos antes, em 1982, o etnobotânico Wade Davis havia descoberto uma substância chamada tetrodoxina, 10 mil vezes mais letal que o cianeto. Ela faz o corpo parecer morto, mesmo sem estar. A mistura dessa toxina, encontrada em baiacus, com ervas alucinógenas deixa as vítimas paralisadas em 25 minutos. O cérebro se desliga. Se não morrerem em até 24 horas por parada cardíaca ou asfixia, os pacientes voltam à vida como se nada tivesse acontecido. Foi o que aconteceu com Doricent, após beber ou comer alguma coisa batizada pelo tio com o veneno.

Ele sobreviveu à toxina, mas voltou lesado. Quando Roger Mallory, neuropsiquiatra da Sociedade Médica Haitiana, escaneou o cérebro do rapaz ele entendeu o motivo: havia ali sinais de danos causados por falta de oxigênio. Enterrado dentro de um caixão, o rapaz ficou quase sem ar. Doricent acordou do coma e, num instinto de sobrevivência, escapou do túmulo (em geral, as covas são rasas no Haiti). Mas as consequências da falta oxigênio nunca mais foram embora.

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Créditos da foto: Reprodução

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