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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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Adolescentes superestimam envolvimento dos colegas com drogas e sexo

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 13 jul 2018, 16h15 - Publicado em 16 jan 2015, 11h52

mean girls

Quando você era mais novo, sentia que os seus colegas tinham uma vida bem menos certinha que a sua, com mais drogas e sexo e menos horas de estudo do que você? Se a resposta for sim, saiba que não é o único. Um estudo feito pela Universidade de Stanford e pela Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill concluiu que os adolescentes são bem ruins em supor o que os seus colegas estão fazendo por aí.  Eles superestimam coisas como sexo, drogas e álcool presentes na vida dos outros, enquanto subestimam a quantidade de tempo dedicada aos estudos e exercícios. Em outras palavras, os novinhos acham que seus colegas são bem mais v1dAl0kA do que realmente são.

O trabalho analisou as percepções e o comportamento de 235 estudantes do ensino médio de uma escola suburbana de renda média alta nos Estados Unidos. Os participantes tiveram de informar seu envolvimento em várias atividades (de forma confidencial), além de predizer o envolvimento de seus colegas nessas mesmas atividades. Como geralmente é feito em pesquisas semelhantes, os estudantes foram divididos em grupos: os populares, os atletas, os nerds, os alternativos e aqueles que não se identificavam com nenhuma turma específica. A comparação entre o comportamento real e o percebido revelou erros gigantes, e isso atingiu todos os grupos.

Mesmo os participantes de grupos de status mais alto (os populares e esportistas, com maior potencial de influenciar outros) mostraram percepções exageradas sobre o comportamento dos colegas dentro de sua própria turma. O consumo de drogas e a vida sexual eram normalmente superestimados. Já o tempo dedicado aos estudos era geralmente subestimado: os adolescentes achavam que seus colegas estudavam menos do que realmente faziam – com exceção do grupo dos inteligentes, que dedicavam para isso um tempo 50% menor do que seus colegas pensavam.

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Influência

O problema disso tudo é que, segundo Geoffrey Cohen, um dos autores do estudo, esses adolescentes estão tentando se adequar a normas e identidades baseadas em estereótipos e caricaturas, não na realidade. Considerando que pessoas nessa fase são sensíveis ao julgamento dos colegas e muitas vezes tentam imitar os “garotos legais”, isso pode ser perigoso.  “Essa busca pela identidade pode levar os adolescentes para a direção errada”, diz ele.

A segunda parte da pesquisa comprovou isso depois de analisar a relação entre o comportamento dos adolescentes em uma escola rural de baixa renda e a sua ideia do que seus colegas dos grupos mais populares estavam fazendo – desta vez, focando no uso de drogas. Aqueles que acreditavam que os populares usavam drogas tinham maior risco de se engajar em comportamentos parecidos – e a intensidade com que entravam nessa dependia não da realidade, mas da imagem que haviam fabricado em sua cabeça. Quem achava que os colegas consumiam mais drogas acabou usando uma quantidade também maior com o tempo, independentemente de isso ser verdade ou não. Agora, os autores pretendem seguir com o trabalho para analisar mais a fundo a influência dessas percepções na vida dos jovens.

O estudo está aqui.

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