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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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Atravessar portas pode nos fazer esquecer as coisas

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 21 dez 2016, 09h49 - Publicado em 21 nov 2011, 10h04

Você provavelmente já passou pela frustrante experiência de entrar numa sala especificamente para fazer uma coisa e, assim que cruzou a porta, esquecer o que era. Boas notícias: uma nova pesquisa da Universidade de Notre Dame (em Indiana, Estados Unidos) sugere que passar por uma porta é a causa desses lapsos de memória envolvendo objetos.

Pesquisas anteriores já mostraram que as nossa memória é fortemente afetada por fatores ambientais. Informações aprendidas em um ambiente, por exemplo, são recuperadas mais facilmente se estivermos naquele mesmo contexto. (É por isso que faz sentido refazer seus passos quando você está tentando lembrar onde guardou suas chaves). De acordo com o novo estudo, porém, as portas atrapalhariam esse processo.

O autor, o professor de psicologia Gabriel Radvansky, explica: “Entrar ou sair por uma porta serve como um ‘limite de evento’ na sua mente, separando episódios de atividade e arquivando-os”. Assim, recordar a decisão ou atividade que foi feita em uma sala diferente se torna difícil porque a memória foi compartimentada quando você passou pela porta e mudou de ambiente. Doido, né?

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Radvansky realizou três experimentos – em ambientes reais e virtuais – para comprovar isso. Os voluntários, todos eles estudantes universitários, tinham de realizar testes de memória enquanto andavam por uma sala ou atravessavam uma porta.

No primeiro teste, feito em um ambiente virtual, os voluntários tinham que pegar um objeto determinado e trocá-lo por outro. Eles fizeram isso tanto se mudando de uma sala para outra (o que envolvia passar por uma porta) quanto atravessando um mesmo quarto, mas percorrendo a mesma distância. O resultado: as pessoas esqueciam mais quais eram os objetos em questão quando atravessavam uma porta, sugerindo que a porta ou o “limite de evento” as impediu de recuperar pensamentos ou decisões tomadas em uma sala diferente.

No segundo experimento, que se passava em uma ambiente do mundo real, as pessoas tinham que esconder os objetos escolhidos em caixas, tendo que passar por uma porta ou não. Os resultados foram os mesmos dos testes em ambiente virtual.

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Por fim, foi feito um experimento para testar se as portas realmente bloqueiam a memória ou se ela depende mais da localização espacial ou se a capacidade de lembrar está mais ligada ao ambiente em que uma decisão – neste caso, a seleção de um objeto – foi tomada. Os voluntários passaram por várias portas, indo parar, no fim, de volta ao quarto onde haviam começado. Os resultados não mostraram melhorias na memória, sugerindo que o ato de passar por uma porta serve como uma forma de nossa mente arquivar memórias e guardá-las mais longe do nosso alcance.

Não, amigos, vocês não precisam (por enquanto, ao menos) temer pelo seu cérebro: a culpa é da porta.

O estudo foi publicado recentemente no Journal of Experimental Psychology Quarterly. Via MedicalXpress.

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