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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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Conselhos errados que as pessoas dão: Pare de ser tão pessimista e pense positivo!

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 21 dez 2016, 08h51 - Publicado em 4 abr 2014, 20h09

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O problema aqui não é com o conselho em si – pensar positivo é ótimo, é importante, é sucesso – , mas com o ato de aconselhar o tipo de pessoa que precisaria desse conselho. Sacou? Calma que explico melhor.

Você é daqueles que conseguem ver o lado bom das coisas ou é do time que vê o copo sempre meio vazio? É comum jogar a responsabilidade na própria pessoa pela sua atitude em relação à vida, mas um novo estudo da Michigan State University descobriu que isso já vem programado no cérebro de cada um. “É a primeira vez que conseguimos encontrar um marcador cerebral que realmente distingue as pessoas que pensam positivo das que pensam negativo”, diz o professor assistente de psicologia e principal autor da pesquisa, Jason Moser.

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O estudo foi feito com 71 mulheres, que, antes de tudo, passaram por uma entrevista para que os pesquisadores definissem quais tinham tendência a ver tudo sob uma luz positiva e quais eram mais negativas ou preocupadas. Em seguida, elas observaram imagens mostrando situações tensas e tiveram de dar um final positivo para elas, enquanto sua atividade cerebral era monitorada. Havia entre as imagens, por exemplo, um homem mascarado segurando uma faca na garganta de uma mulher. Uma interpretação positiva possível seria dizer que a mulher se libertaria e fugiria.

Os pesquisadores optaram por usar apenas pessoas do sexo feminino porque elas são duas vezes mais propensas que os homens a sofrerem de problemas de ansiedade. Além disso diferenças na estrutura cerebral entre os sexos encontradas em estudos anteriores poderiam confundir os resultados.

A conclusão, publicada recentemente no Journal of Abnormal Psychology, indica que a atividade cerebral das pessoas mais negativas e preocupadas foi muito mais intensa durante essa atividade com as imagens. Segundo Moser, rolava, paradoxalmente, um efeito negativo em seus cérebros quando lhes era pedido que diminuíssem suas emoções negativas. “Isso sugere que elas têm muita dificuldade em ver o lado positivo de situações difíceis e suas emoções negativas ficam ainda piores quando alguém lhes pede para pensar positivamente”, diz ele.

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Sacou agora por que esse é um conselho ruim? Moser confirma que isso tem implicações importantes na forma como as pessoas negativas podem encarar as situações, bem como na forma como seus amigos lidam com elas. “Você não pode simplesmente dizer ao seu amigo para pensar positivamente ou não se preocupar – isso provavelmente não vai ajudá-lo”, explica.

Isso não quer dizer que eles não possam aprender a pensar positivamente, mas Moser suspeita que seria necessária uma grande quantidade de tempo e esforço para essa prática começar a fazer alguma diferença. Ok, mas o que fazer, então? Para ele, o ideal seria buscar maneiras diferentes de ver e pensar sobre o problema, não necessariamente com a pressão de torná-lo algo bom. Portanto, se você quiser dar um conselho para um amigo, essa é a melhor saída, segundo a ciência.

 

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