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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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Aprenda a comer menos – e não ficar com fome após as refeições

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 18 dez 2018, 16h41 - Publicado em 18 fev 2013, 20h53

Agora que começamos a primeira semana pós-carnaval, não há mais desculpas: o ano começou de verdade. Portanto, se você estava postergando seus planos de Ano-Novo até agora, não tem mais saída, meu chapa. Já dei a receita da ciência para duas metas capazes de mudar a sua vida: parar de procrastinar e conseguir sair da cama mais cedo. Para finalizar a série, escolhi outro tema muito recorrente nas listas de resoluções: emagrecer.

O grande segredo, segundo um estudo recente da Universidade de Bristol, é mudar as suas memórias associadas à comida. Esse pequeno truque vai ajudar você a comer menos e, consequentemente, perder algum peso (em uma quantidade que vai variar, é claro, de acordo com sua dieta, rotina de exercícios e outros fatores).

Fome fisiológica x fome psicológica

A fome é um meio de nosso organismo fazer com que consumamos a quantidade necessária de calorias para nosso corpo ter energia suficiente. Mas, de acordo com a pesquisa, publicada na PLOS One, ela também tem um componente psicológico, o que torna possível que a manipulemos.

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O autor, Jeffrey Brunstrom, fez um experimento bem elaborado para chegar a essa conclusão. Ele convocou voluntários para tomarem sopa em tigelas de dois tamanhos diferentes: metade recebeu uma de 300 ml e a outra metade, uma de 500 ml. Mas havia um truque: usando um sistema de tubos e válvulas secretos que podiam encher ou esvaziar as tigelas, os pesquisadores enganavam os voluntários em relação a quanto eles haviam consumido.

Parte das pessoas consumiu a quantidade de sopa que havia visto na tigela, mesmo, enquanto a quantidade real para outros foi diferente – gente com uma tigela de 500 ml podia acabar tomando 300 ml e vice-versa. Depois, os pesquisadores mediram a fome que cada um sentiu mais tarde e puderam separar os aspectos puramente fisiológicos (que têm a ver com o volume consumido anteriormente, ou quão cheio o seu estômago está) dos cognitivos (que têm a ver com quanto você acha que comeu).

Lembranças podem encher a barriga, sim

A primeira conclusão a que Brunstrom chegou foi a de que não há como enganar o estômago logo após a refeição. Quando testados logo após comer a sopa, os indivíduos que tinham comido mais se sentiam mais saciados do que aqueles que haviam comido menos e pouco importava o quanto eles pensavam que haviam comido.

Porém, duas horas depois, a mágica acontece: a fome de cada um tinha pouco a ver com o volume que realmente tinham consumido. O fator determinante era o que eles se lembravam de ter visto na tigela – ou seja, quem comeu a menor quantidade, mas achou ter recebido a maior sentiu menos fome do que quem comeu o equivalente à tigela grande, mas achou ter consumido a menor porção.

Isso nos ensina que a fome que sentimos pode ser bastante influenciada pela memória e, provavelmente, pelo contexto em que consumimos os alimentos. Uma pesquisa anterior já havia sugerido que comer distraidamente (vendo TV, por exemplo) faz com que as pessoas sintam mais fome depois, enquanto quem está bem consciente do que está consumindo acaba se sentindo mais cheio. Isso pode ser porque, quando prestamos atenção ao que comemos, criamos “memórias alimentícias” mais fortes – o que é um forte antídoto contra a fome futura.

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Assim, um truque útil é se concentrar no que está comendo e trabalhar a sua percepção para considerar aquele prato algo enorme ou, quando sentir a fome vindo, manter em mente a última refeição que você teve. A dieta que escolher pode variar, mas saber que dá para burlar sua fome já é um ponto a seu favor.

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