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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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Está se sentindo sem tempo? Talvez o problema esteja no excesso de tempo livre

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 21 dez 2016, 09h49 - Publicado em 24 abr 2012, 11h54

Você vive reclamando que a sua vida está uma correria? Um novo estudo mostra que, talvez, o problema esteja justamente no excesso de tempo livre – ou no fato de você não estar sabendo usá-lo para fins realmente importantes.

Já falei aqui sobre como a percepção do tempo é algo subjetivo e depende de muitas variáveis (Por que às vezes o tempo voa e outras vezes se arrasta?). Agora, um estudo de Cassie Mogilner, especialista em percepção do tempo da Universidade de Wharton, na Pensilvânia, sugere outro fator que influencia isso: quando nos ocupamos em tarefas altruístas, temos a sensação de que o tempo está correndo mais devagar.

Para o estudo, Mogilner e colegas das universidades de Harvard e Yale interromperam mais de 200 alunos em uma aula e pediram que completassem diferentes tarefas por cinco minutos. Alguns tinham que riscar a letra “e” em páginas de texto, o que representou, para os cientistas, uma tarefa de desperdício de tempo. Outros tiveram que escrever uma carta para animar uma criança gravemente doente.

Depois, cada um teve de responder perguntas que envolviam a sua percepção do tempo futuro. Resultado: quem escreveu a carta (ou seja, se empenhou em uma atividade generosa e altruísta) foi mais propenso a concordar com afirmações como “meu futuro parece infinito para mim”, indicando a sensação de uma passagem do tempo mais lenta.


Imagens: Getty Images

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Você deve estar pensando: “é, mas o tempo provavelmente correria de um jeito diferente para mim se eu também tivesse que ficar riscando a letra ‘e’ em um texto”. Para não restar dúvidas, os pesquisadores fizeram outro teste em que a tarefa de desperdício de tempo era prazerosa.

Neste, um grupo de voluntários teve um período de tempo livre para fazer o que quisessem, enquanto o outro teve de usar o tempo para fazer algo em benefício de alguém. O resultado foi o mesmo, com um adicional: o grupo dos altruístas reportou ainda um senso de poder pessoal e eficácia maiores que o outro.

Para terminar, foi feito mais um teste, similar ao primeiro: estudantes foram interrompidos durante a aula e informados de que teriam de ajudar um aluno com dificuldades, editando um texto que seria enviado para a faculdade em que estava tentando entrar. Mas só parte deles fez isso. Os outros foram informados na última hora de que a ajuda não seria mais necessária e estavam, portanto, livres para fazer o que quisessem com o seu tempo extra.

Depois, eles tiveram que descrever sua percepção do tempo, dizendo quantos minutos acharam que haviam tido (seja para ajudar o aluno, seja para gastar com o que quisessem) e quanto tempo estavam dispostos a comprometer ajudando outros.

Os que haviam ajudado a editar o texto não só acharam ter tido mais tempo para a tarefa do que aqueles que ficaram fazendo outras coisas, como também estavam mais dispostos a usar do seu tempo de lazer em favor de outros na semana seguinte.

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Menos é mais

Sim: ironicamente, aqueles que desfrutaram de mais tempo livre manifestaram a sensação de ter tido menos tempo disponível.

Cassie Mogilner acredita que ajudar os outros tenha feito com que os voluntários sentissem que podiam realizar mais em menos tempo (os testes mostraram que eles de fato se sentiam mais eficazes), e isso parece esticar o tempo em nossas mentes.  Já tentou fazer um teste parecido com os dessa pesquisa para ver se funciona?

– Leia o estudo aqui.

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