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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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Estudo descobre truque simples para combater a procrastinação

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 19 jul 2018, 02h01 - Publicado em 11 Maio 2015, 17h34

É segunda-feira e a sua lista de tarefas para a semana já está bem robusta, com algumas coisas mais complexas que vão exigir um trabalho considerável. Mas calma aê, né? Você ainda está se recuperando da melancolia de domingo e tem vários dias pela frente para resolver tudo. O seu eu do futuro vai certamente lidar com tudo muito melhor. Chega a noite de quinta-feira e você não fez nem um terço do que precisava fazer. Mas poxa, você trabalhou a semana inteira (enquanto não estava no Facebook), está cansado e merece um pouquinho de diversão também. Não tem problema ver uns episodiozinhos de uma série no Netflix e deixar o seu eu do futuro fazer o trabalho depois – ele vai produzir bem mais estando relaxado.

Se você é do time dos procrastinadores, esse tipo de pensamento deve ter morada certa na sua cabeça. E é justamente esse, meu caro, o porquê de você não conseguir sair dessa vida. “As pessoas assumem que devem dar conta do presente e que seu eu do futuro pode lidar com o que está por vir. Esta regra aparentemente plausível pode desviar as pessoas, em parte porque alguns eventos futuros exigem ação atual”, explica Daphna Oyserman, professora de Psicologia e pesquisadora da Universidade do Sul da Califórnia (University of Southern California, ou USC).

Segundo ela, para que o futuro possa motivar a ação atual, ele deve parecer iminente. E isso pode acontecer com um truque simples: se pensarmos no futuro como o agora, alterando as métricas que usamos para medir o tempo. Em uma série de experimentos, Oyserman e o co-autor Neil Lewis Jr., da Universidade de Michigan, descobriram que os participantes viam o futuro como sendo muito mais próximo quando calculavam suas metas e prazos em unidades de dias em vez de meses ou anos – e, assim, sentiam-se mais motivados para realizar seus objetivos.

No primeiro teste, 162 participantes foram convidados a imaginar a preparação para eventos futuros, como um casamento ou uma apresentação do trabalho, e em seguida foram perguntados sobre quando o tal evento iria ocorrer. Mas eles foram aleatoriamente designados para pensar em termos de dias, meses ou anos. Resultado: aqueles que contavam o tempo usando dias informaram que o evento iria ocorrer, em média, 29,6 dias mais cedo do que aqueles que pensavam no evento como estando a meses de distância. Uma segunda série de estudos explorou se essa noção de tempo afeta planos para começar a poupança de longo prazo. Mais de 1.100 voluntários foram perguntados sobre quando iriam começar a poupar dinheiro para a faculdade ou aposentadoria, e descobriu-se que planejavam começar a poupar quatro vezes mais cedo aqueles que pensavam no evento em termos de dias em vez de anos. E não era só sobre o dinheiro: eles se sentiam mais ligados ao seu eu futuro e estavam mais dispostos a deixar de lado os gastos com recompensas atuais.

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O fato é que, como apontam os pesquisadores – e nós bem sabemos –, tempo, recursos e atenção são limitados.  Sendo assim, nós os alocamos para os eventos que são urgentes – aqueles que devem acontecer em questão de dias (ou horas, se você for procrastinador nível hard) e deixamos de lado aqueles que acontecerão meses ou anos mais tarde. Isso é natural; o problema é que estamos sempre sendo pressionados por necessidades urgentes e é muito difícil conseguir parar para se dedicar a planos que estão mais lá para a frente – e, quando eles chegam, já estamos super atrasados. Pensar no futuro usando métricas mais, digamos, sensíveis (meses em vez de anos, dias em vez de meses e horas em vez de dias, por exemplo), provou ser de grande ajuda para torná-lo um foco de atenção já. E isso é importante não só porque cria a impressão de urgência maior, mas porque, como diz o estudo, “dá a sensação de que o futuro e o presente estão conectados e, portanto, são harmônicos em vez de conflitantes”. Bora tentar?

O estudo foi publicado na revista Psychological Science.

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