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Por Alexandre Versignassi
Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
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Polícia Federal leva Lula e revela o caô dos analistas de economia.

Warren Buffett disse uma vez: “A ala do cemitério onde ficam os videntes tem um lugar reservado para os analistas de economia”. Buffett, pelo jeito, é como Einstein: toda hora aparece um fato comprovando alguma teoria dele. Foi o que aconteceu hoje, depois que a PF chegou ao prédio do Lula, em São Bernardo. Foi […]

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 21 dez 2016, 09h49 - Publicado em 4 mar 2016, 17h00

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Warren Buffett disse uma vez: “A ala do cemitério onde ficam os videntes tem um lugar reservado para os analistas de economia”. Buffett, pelo jeito, é como Einstein: toda hora aparece um fato comprovando alguma teoria dele. Foi o que aconteceu hoje, depois que a PF chegou ao prédio do Lula, em São Bernardo.

Foi a PF levar o homem para a Petrobras ir lá para cima. Um pouco antes de o mercado abrir, tinha gente negociando as ações da empresa mais endividada do mundo a R$ 8,50 – 30% a mais do que no fechamento de ontem. Quando o mercado abriu para valer, PETR4 (a ação da Petro) largou um pouco menos valorizada, mas ainda assim robusta: aumento de 20%. E sobre uma subida de 16% no dia anterior. Ou seja: em dois dias, o valor de mercado da bichinha tinha aumentado mais de um terço. Quase 40%. Isso não é rendimento de blue chip, de companhia grande. Na verdade, nem é rendimento de mercado à vista. Espocada de 40% em dois dias é coisa para derivativo, e em dia bom.

O motivo para a subida, você sabe: com Lula encrencado e a PF chegando perto de Dilma, a possibilidade de que o governo não chegue nem até julho é real. A princípio, isso é bom para a Petrobras. Até que ponto é bom? Não dá para saber – até porque o próprio eventual novo governo continua sendo uma incógnita. Dependendo de como as coisas andarem, no ano que vem assume o sucessor do Eduardo Cunha na Câmara – alguém que, naturalmente, a gente não faz ideia de quem é. Talvez esse futuro presidente ainda seja um político anônimo, daqueles que só jornalista que trabalha em Brasília conhece. E mesmo assim… Mesmo assim agora aparece analista dizendo que “é uma hora boa para comprar Petrobras”. Não, velho: quando era hora boa mesmo você disse era ruim, que era melhor vender. Partir para algo mais sólido. Mais sólido tipo Embraer, talvez – que acaba de tombar 20% em dois dias.

Mais: os títulos públicos de longo prazo, que só vencem em 2035 ou em 2050, estavam juntando poeira. Até outro dia, pagavam IPCA + 8% (os maiores juros da Terra). Agora, com o governo nas cordas, está chovendo comprador – sinal de mais confiança no futuro da economia, em caso de fim prematuro do governo Dilma. E é tanto comprador que aconteceu algo inédito: esses títulos valorizaram mais de 10% só hoje. É pornográfico, no bom sentido: significa renda fixa com valorização de renda variável – e em dia bom, ótimo.

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Esses movimentos insanos, enfim, eram previsíveis? Dava para ter alguma pista de que as subidas seriam tão firmes diante desse cenário novo? Não. Nunca. Se coisas assim fossem previsíveis, os analistas não perderiam tempo analisando, estariam fazendo dinheiro. O problema é que vários desses sujeitos agem como se o futuro fosse mais perscrutável do que realmente é. Ao fazer isso, eles se igualam às ciganas – prestam um serviço inútil, com a diferença de que cobram mais caro pelo caô.

 

 

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