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Cadáver pode virar adubo?

Querido Oráculo, Estava discutindo com minha família e a faxineira se cadáveres humanos servem como adubo, ou seja, frutos e hortas caso fossem cultivados em um cemitério poderiam ser rentáveis no caso de um novo projeto “ecoagrônomo”? Ou saudáveis para o consumo? Rafael Tavares, Recife, PE Aduboman.  PQ FAS ISO RAFAEL!?!? Defuntos não servem como adubo […]

Por Oráculo
Atualizado em 21 dez 2016, 09h07 - Publicado em 16 abr 2013, 13h51

Querido Oráculo,

Estava discutindo com minha família e a faxineira se cadáveres humanos servem como adubo, ou seja, frutos e hortas caso fossem cultivados em um cemitério poderiam ser rentáveis no caso de um novo projeto “ecoagrônomo”? Ou saudáveis para o consumo?

Rafael Tavares, Recife, PE


Aduboman. 

PQ FAS ISO RAFAEL!?!?

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Defuntos não servem como adubo nem são rentáveis ou saudáveis para consumo. Criar hortas de cadáveres humanos é uma péssima ideia.

Na Idade Média, era costume triturar os cadáveres do pessoal mais pobre e misturar com palha e esterco para servir como adubo. Bacana, né? Mas o “fertilizante natural” acabou disseminando uma das piores epidemias mundiais: a peste negra. Parabéns, humanidade.

Portanto, não é higiênico, nem saudável, legal ou ético fazer adubo humano. Mesmo em uma situação hipotética em que os cadáveres estariam completamente esterilizados, a decomposição deles não traria nenhuma propriedade extra para a terra, além daquela produzida por qualquer matéria decomposta.

Quem explica é o geólogo Leziro Silva, que pesquisa a poluição gerada pelos cemitérios desde os anos 70 e foi o responsável pela criação do neologismo “necrochorume”, nome dado ao líquido mal cheiroso que resulta da decomposição dos defuntos. Não sei o que vou almoçar, mas certamente pensarei nisso agora.

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Segundo o pesquisador, o problema nem é a contaminação das frutas, verduras ou legumes da horta, mas o perigo de a pessoa que vai triturar ou manipular o adubo se infectar. E se o cadáver é de alguém que morreu de uma doença contagiosa, por exemplo? Outro problema lembrado pelo geólogo são as aerobacter, bactérias de veiculação aérea, que podem ser facilmente transmitidas pelo vento e estão presentes no cadáver de humanos.

Fica a dica do Leziro: nada de projeto ecoagrônomo alternativo. “Não se usa, não é recomendável e nem admissível perante as leis e normas”, alerta. E pague tudo direitinho para a faxineira, heim! Se até o Oráculo tem carteira assinada (e firma reconhecida no cartório de Delfos), as domésticas têm que ter, uai.

(crédito da imagem: Sick Sad M!kE)

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