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Planta que transforma dejetos humanos em água potável entrará em funcionamento no Senegal

Por Suzana Camargo
Atualizado em 21 dez 2016, 10h17 - Publicado em 11 mar 2015, 10h57

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Primeiramente: antes de ler este post, deixe de lado qualquer preconceito e cara de nojo que você possa ter esboçado. Pois esta é uma ideia sensacional, que veio da cidade de Seattle, nos Estados Unidos. Uma máquina que, em poucos minutos, transforma dejetos humanos em água potável. E não só isso: em energia também.

A ideia do Omniprocessor – este é o nome da engenhoca – é revolucionar a maneira como o esgoto é tratado em países pobres e evitar a morte de milhões de pessoas, principalmente crianças. Ela foi anunciada em janeiro deste ano, quando Bill Gates contou em seu blog sobre a nova tecnologia e publicamos a notícia no Planeta Sustentável.

O projeto do Omniprocessor foi o ganhador de um concurso, lançado pela Fundação Bill e Melinda Gates*, que desafiou cientistas a desenvolver novas tecnologias para a limpeza da água.

A grande novidade é que a primeira planta de tratamento de esgoto será instalada em Dakar, no Senegal, nos próximos meses. Ela embarcou em navio no mês passado, rumo à África.

A expectativa da Fundação Bill Gates é que haja interesse da iniciativa privada em financiar a instalação de plantas como esta em outros países. Apesar do preço estimado, cerca de 1,5 milhão de dólares, ele é infinitamente inferior ao de grandes usinas de tratamento, que consomem uma quantidade enorme de energia para funcionar.

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E como funciona esta tecnologia? Em grandes tubos, o lodo fecal é seco e durante este processo vapor de água é separado das substâncias sólidas. Estas substâncias são incineradas, gerando energia, utilizada para o próprio funcionamento do Omniprocessor. O que sobra dela, pode ser enviado para a rede elétrica da comunidade local. Já o vapor d’água passa por um sistema de limpeza e purificação, transformando o que antes era dejeto, em água potável.


tecnologia-transforma-dejetos-humanos-em- agua-potavel-bill-gates-ja-provou-e-aprovou-planta-625A primeira planta Omniprocessor embarcou em fevereiro para o Senegal, na África

O processador de resíduos tem capacidade para tratar o esgoto de uma comunidade com até 100 mil pessoas. Com esse volume de esgoto, produz 11 mil litros de água potável por dia. Gera ainda outro subproduto: cinzas, que podem ser comercializadas para correção do solo.

Segundo a Unicef, ainda hoje, 1,5 milhão de crianças morrem no mundo devido a complicações provocadas pela diarréia. A grande maioria delas vive em países subdesenvolvidos, onde não há rede de esgoto e saneamento básico e pr isso, a água acaba sendo infectada por dejetos humanos.

Gates ficou empolgadíssimo com a nova tecnologia. “O processador não só manterá dejetos humanos longe da água, mas irá transformar resíduos em uma mercadoria com valor real no mercado”, disse ele ao The Guardian.

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tecnologia-transforma-dejetos-humanos-em- agua-potavel-bill-gates-ja-provou-e-aprovou-torneira-625Bill Gates provando a água: poucos minutos antes, ela era esgoto

A ideia de utilizar água de reúso para consumo humano não é novidade. No ano passado, Campinas anunciou que usará água de esgoto tratada para abastecer a população da cidade. O grande diferencial do projeto americano é ser uma planta compacta, de baixo custo e sustentável.

*Bill and Melinda Gates Foundation

Leia também:
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A água que vem do ar
Escultura inspirada em árvore africana produz água potável para comunidades carentes

Fotos: divulgação

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