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Quer batizar uma proteína ou um gene? É só investir no genoma do mexilhão-dourado!

Por Marina Maciel
Atualizado em 21 dez 2016, 10h32 - Publicado em 22 abr 2013, 11h30

Já pensou em fazer parte de uma grande descoberta? Ou se “imortalizar” batizando uma proteína, gene ou enzima com seu nome? Pois você pode conseguir os dois e, de quebra, ajudar a salvar a Amazônia contra uma possível infestação. Para isso, basta contribuir financeiramente com o sequenciamento do genoma do mexilhão dourado. Mas não é preciso desembolsar quantias exorbitantes: com apenas R$ 20, você já participa do projeto.

Isso é o que promete a equipe do Laboratório de Biologia Molecular – também chamado de BioMA do Instituto de Biofísica da UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro, que tenta financiar coletivamente a pesquisa até 11/06, no Catarse. Este é o primeiro crowdfunding científico brasileiro.

Mas para que sequenciar especificamente o genoma do mexilhão dourado? E como você pode ajudar a Amazônia ao participar dessa arrecadação via crowdfunding? É que esse molusco aparentemente inofensivo foi considerado pela IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza uma das 100 piores espécies invasoras do mundo. Pois é, tamanho não é documento, mesmo!

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Nativo da China, o mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) foi trazido para cá acidentalmente por navios. Ele se instalou e proliferou rapidamente nas bacias do Paraná e do Paraguai, obstruindo encanamentos, causando corrosão e perda da energia gerada em turbinas hidrelétricas. Pasme: eles até grudam em cascas de árvores! E os peixes, quando os ingerem, podem morrer de indigestão.

Hoje, também estão no Pantanal, e cada vez mais perto dos rios da Amazônia. O objetivo da pesquisa é não deixar que os mexilhões cheguem até lá. Para isso, a equipe do BioMA quer estudar seus genes e DNA para conhecê-los melhor. Só que o sequenciamento do genoma é muito caro: o custo foi estimado em R$ 40 mil. E é aí que você, seus amigos e um monte de gente que apoia a causa entram!

Ao contribuir financeiramente com o projeto, os pesquisadores colocarão seu nome nos genes, proteínas e enzimas que identificarem. Conheça todos os “benefícios” abaixo:
– R$ 20 ou mais: o seu nome em uma proteína estrutural. Quanto mais proteínas você adotar, maiores as chances de ser citado;
R$ 50 ou mais: seu nome em uma proteína de um gene órfão (que é exclusivo dessa espécie) e uma ilustração da proteína;
– R$ 100 ou mais: seu nome em uma enzima catalítica (que é central no metabolismo do mexilhão) e uma ilustração dela;
– R$ 1.000 ou mais: seu nome em um conjunto de proteínas que formem uma via metabólica ou de sinalização, além da ilustração.

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Confira o vídeo de divulgação, abaixo:

[vimeo 63792427 w=474 h=267]

Como já noticiamos no Planeta Sustentável, a ideia de financiar projetos explorando a vaidade humana ao vender nomes científicos não é nova – mas dá um belo empurrãozinho para o avanço da Ciência. Conheça alguns institutos que prometem a “imortalidade” ao batizar uma espécie animal com seu próprio nome (e saiba quem já comprou) na reportagem Vendem-se espécies, da revista Superintessante.

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