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Pulsos magnéticos podem alterar sua forma de fazer julgamentos morais

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 21 dez 2016, 10h18 - Publicado em 15 abr 2010, 19h06

Por Ana Carolina Prado

E se fosse possível modificar a forma como você julga o que é certo e o que é errado? Mais: e se isso pudesse ser feito por meio de estimulações magnéticas? Pode parecer coisa de teorias conspiratórias envolvendo o controle da mente, mas pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Harvard descobriram que interromper uma área específica do cérebro com pulsos magnéticos altera os julgamentos morais que as pessoas fazem.  Os pulsos bloquearam temporariamente a atividade das células na região cerebral relacionada à moralidade, prejudicando a noção de certo e errado.

A maioria das pessoas julga os outros com base não apenas nas conseqüências de suas atitudes, mas também na avaliação de suas intenções – é por isso que os pais são (geralmente, né?) justos ao castigar as crianças quando elas aprontam, já que elas não têm plena consciência do que estão fazendo.

Mas os voluntários desse estudo passaram a fazer seu julgamento com base apenas nas conseqüências das ações, sem levar em conta a intenção do autor. Nos testes, 20 pessoas foram expostas a pulsos magnéticos no couro cabeludo antes de ler histórias envolvendo personagens moralmente questionáveis, tendo que julgar suas ações. Os pesquisadores descobriram que, depois dos pulsos magnéticos, os voluntários estavam mais propensos a julgar ações exclusivamente levando em conta os danos causados, e não se eram moralmente errados em si. Atos ruins com um “final feliz” foram muitas vezes considerados aceitáveis.

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Por exemplo: você acharia aceitável um cara deixar a namorada atravessar uma ponte sabendo que ela não é nada segura? Depois dos pulsos magnéticos, os voluntários consideraram que, como a moça chegou bem do outro lado, não havia nada de errado. E uma amiga envenenando o café da outra? Como o veneno na verdade era só açúcar e ninguém morreu, eles consideraram que a amiga não tinha feito nada de errado também.

O neurologista da Unifesp Rodrigo Rizek Schultz é cético quanto a usar essa técnica para alterar a moralidade das pessoas. “Tenho certa resistência em achar que possa funcionar, porque fazer esse tipo de mudança na personalidade de alguém, do ponto de vista ético, é discutível”.

E você, acha que em alguma situação seria aceitável usar pulsos magnéticos no cérebro das pessoas por aí?

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