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14 previsões para 2015: confira os erros e acertos da SUPER

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 10h12 - Publicado em 26 jan 2015, 17h23

Por Raquel Sodré

Em 2001, a SUPER  completou 14 anos. Para comemorar a data, na época, selecionamos 14 especialistas em áreas chave do nosso dia a dia e pedimos para eles preverem como seriam as nossas vidas dali a 14 anos. E agora, adivinha? O futuro chegou, e os 14 anos à frente de 2001 são hoje (dá pra acreditar?!). Em 2015, a nossa revista preferida faz 28 anos (quase uma trintona). Então, está na hora de verificarmos se as previsões feitas lá no começo do século se provaram verdade e como caminhamos nestes 14 anos.

 

1. Água
Previsão feita por Marcos Freitas, então diretor da Agência Nacional das Águas

ACERTAMOS EM CHEIO: Em 2001, já dava para saber que a fonte ia secar em breve. Não deu outra.

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Freitas previu que, em 2015, estaríamos vivendo plenamente uma crise hídrica. Para ele, a esta altura do campeonato, a água pararia de ser gratuita e, em vez de pagarmos somente pelos serviços da companhia de água, pagaríamos pelo próprio líquido. O especialista também afirmou que, se um trabalho de despoluição fosse iniciado naquele ano, rios mortos como o Pinheiros, em São Paulo, e o Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, poderiam estar recuperados em 2015.

Pois bem. Nós não diminuímos nossos gastos de água, as empresas que fazem a distribuição do país – como Sabesp, Cedae e Copasa – não tomaram providências para diminuir os desperdícios em suas redes, os grandes consumidores do Brasil – nomeadamente, as mineradoras e o agronegócio – não foram multados por seu uso indiscriminado do líquido, e o trabalho de recuperação dos rios não foi feito. O resultado disso, todo mundo está vendo. Como bem previu Marcos Freitas, estamos, de fato, no meio da pior crise de recursos hídricos que o Brasil já viveu. No último domingo (26), os níveis da Reserva Cantareira, que abastece boa parte da Grande São Paulo, voltaram a cair e estão em 5,1%. De acordo com as estimativas dos especialistas, São Paulo só terá água para chegar até o dia 15 de março. O governo do Estado instaurou uma multa de até 100% no valor da conta de água para quem aumentar o consumo em relação ao gasto médio mensal que vale até dezembro, e o governador sinalizou, em entrevista no dia 21, que a represa Billings é considerada uma alternativa para complementar o fornecimento – mesmo tendo águas impróprias para consumo.

No Rio de Janeiro, o secretário estadual de Ambiente, André Correa, afirmou que empresas que funcionam com água do rio Paraíba do Sul podem parar por conta da falta de água. Na última quarta-feira, o nível do reservatório Paraibuna, o maior dos quatro que abastecem o Estado, atingiu o volume morto pela primeira vez desde 1978. Já em Minas Gerais, que está tendo somente 30% das chuvas esperadas para o mês de janeiro, a companhia distribuidora de água, Copasa, pediu autorização para adotar o racionamento e a sobretaxa da água. Isso para citar somente três estados onde, anos atrás, a preocupação com falta de água não era comum. Como se tudo isso não fosse suficiente, o último relatório do Sistema Nacional de Informações de Saneamento, com dados de 2013, revelou que o país desperdiçou 37% de toda a água tratada naquele ano. Em alguns Estados, o nível do desperdício chega aos limites do inacreditável. Para citar dois exemplos, o Amapá desperdiçou 76,5% (isso mesmo, 3/4 de toda a água tratada no Estado), e em Roraima, somente 41,3% de toda a água tratada chegou às torneiras das pessoas – o resto se perdeu em vazamentos. Agora, chupa essa manga.

 

2. Ambiente
Previsão feita por João Paulo Capobianco, então secretário-executivo do Instituto Sócio-Ambiental

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ERRAMOS FEIO: Desmatamos menos do que o previsto. Ainda bem. Mas não há motivo para comemorar.

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Segundo as previsões de Capobianco, até de 2001 a 2015 teríamos desmatado mais do que da chegada de Cabral até 2001. Os cálculos do ambientalista previam que, nesses 14 anos, teríamos derrubado 628.000 km², o correspondente a 12% de toda a Floresta Amazônica. Os números incluíam desmatamentos promovidos pelo programa Avança Brasil, do governo federal, as árvores nobres derrubadas pelas madeireiras,  e o desmatamento propriamente dito.

No final do ano passado, o relatório “O Futuro Climático da Amazônia” revelou que, em 40 anos, o desmatamento acumulado na Amazônia somou 762.979 km². Desde a chegada das caravelas portuguesas até o ano 2000 havíamos desnatado 588.876 km². Segundo os dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de 2001 a 2014, desmatamos 187.038 km². Esse número, muito inferior ao previsto por Capobianco, se deve, certamente, a uma curva descendente que tivemos entre 2005 e 2013. Segundo dados da FAO divulgados em 2010, o país vinha apresentando uma tendência de redução nos últimos anos, e a área líquida desmatada em 20 anos foi reduzida. Em 2013, contudo, a curva voltou a subir.

 

 

3. Aids
Previsão feita por Caio Rosenthal, infectologista do Instituto Emílio Ribas

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ACERTAMOS EM CHEIO: O diagnóstico não é mais sinônimo de morte iminente.

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Na opinião do médico, a cura para a Aids ainda não teria sido encontrada em 2015. Mas a doença também não seria uma sentença de morte para os pacientes. Ele também sinalizou a entrada no mercado de um novo tipo de medicamentos para o controle da doença, os inibidores de fusão. Essas drogas impedem a fusão do vírus HIV com as células e, consequentemente, sua proliferação.

De fato, ainda não temos a cura para a Aids nos dias de hoje, mas no ano passado, a ciência deu um importante passo para ela. Cientistas da Escola de Medicina da Universidade Temple, nos Estados Unidos, conseguiram, pela primeira vez, eliminar o HIV de uma cultura de células humanas. Os casos de Aids no Brasil tiveram um aumento de 11% entre 2005 e 2011, mas o tratamento da doença evoluiu muito. Os inibidores de fusão realmente entraram no mercado e, atualmente, são distribuídos gratuitamente pela rede pública de saúde, e a Aids já é considerada pelos especialistas como uma doença crônica.

 

 

4. Escola
Previsão feita por Frederic Litto, então chefe do Projeto Escola do Futuro

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PASSOU PERTO: Boa parte das escolas ainda estão offline, mas já dá para estudar e receber diploma pela internet.

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Com uma visão otimista da evolução dos métodos pedagógicos, Litto previu que, com acesso à internet, os alunos romperiam as fronteiras das salas de aula e poderiam escolher a instituição de ensino onde gostariam de estudar em qualquer lugar do planeta.

Ainda não chegamos a esse nível de globalização da educação, mas certamente já estamos muito mais próximos dele. Apesar de as escolas de nível básico ainda não oferecerem essa possibilidade para seus alunos, quem quer se especializar em alguma área já conta com recursos para conseguir um diploma ou um certificado “gringo” sem pisar fora dos limites do Brasil. Universidades como a de Stanford, do Colorado, de Oxford e a American University, in Washington – só para citar alguns poucos exemplos – oferecem cursos de graduação e pós graduação online. Sem contar os sites como o www.eduk.com.br, ou o www.coursera.org, que oferecem cursos de especialização em diversas áreas – muitos deles, de graça.

 

5. Internet
Previsão feita por Jack London, economista e empresário da internet

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ACERTAMOS EM CHEIO: Tanto que você está lendo isso numa tela de computador, tablet ou smartphone, né?

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London previu que a internet seria a tecnologia mais presente na vida dos brasileiros em 2015. Ele também disse que haveria um envelhecimento dos usuários na rede e que o uso da internet seria mais utilitário. Além disso, o dinheiro evoluiria até se transformar em “um bit para transações virtuais”.

Todas essas afirmações são tão presentes no nosso cotidiano que é até difícil pensar que tão pouco tempo atrás – em 2001 – nada disso fosse assim. Pois Jack London estava certíssimo em suas previsões. Em 2014, o Brasil fechou o ano como o 5º país com maior população de usuários de internet no mundo, segundo o Ibope Media. As previsões para este ano são que o mundo chegue aos 3 bilhões de pessoas conectadas (42,4% da população mundial). Boa parte desse sucesso se deve aos smartphones, que permitiu que até aqueles sem um computador estejam presentes na rede. A faixa etária dos usuários também subiu. De acordo com dados do IBGE, de 2005 a 2011, houve um aumento de 222,3% no número de usuários com 50 anos ou mais. E as compras pela internet, utilizando o dinheiro virtual de que London falava em 2001, quase quadruplicaram de 2006 (6 milhões) para 2010 (23 milhões). Outro relatório, da Mintel, concluiu que o comércio eletrônico cresceu 250% nos últimos cinco anos. Isso sem falar na revolução dos Bitcoins.

 

6. Medicina
Previsão feita por Aron Belfer, radiologista e empresário da internet

PASSOU LONGE: Ainda falta muito para a medicina moderna chegar ao nível da ficção científica.

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O futuro previsto por Belfer tinha cara de “Star Trek”. Segundo sua opinião em 2001, em 2015 as cirurgias seriam feitas sem cortes, só com raios laser. Além disso, as pessoas teriam em casa aparelhos mais sofisticados que o ultra-som, mas bem mais sofisticados, capazes de diagnosticar a doença e de informar o melhor tratamento. Belfer arriscou a dizer até que alguns tipos de cirurgias poderiam ser feitas em casa mesmo, sem a ajuda de um médico, e nos rincões do Brasil os diagnósticos seriam feitos à distância.

Gostaria de dizer que todas as previsões de Belfer estavam corretas e que hoje já conseguimos prevenir doenças em estágios muito iniciais, que as comunidades ribeirinhas têm total acesso a tecnologias de diagnóstico e que fazer uma cirurgia é mais simples do que fazer uma limpeza nos dentes. Mas a realidade é que ainda estamos muito longe de ter um scanner corporal portátil como o do dr. Leonard McCoy. As técnicas de diagnóstico evoluíram muito. Alguns especialistas, aliás, afirmam que com uma simples ressonância magnética é possível prever o comportamento futuro de uma pessoa – coisas como se ela terá problemas de aprendizagem, tendências ao crime ou ao vício. Apesar disso, os diagnósticos continuam sendo dados em clínicas, e dependem inteiramente de médicos especialistas que interpretam os exames e indicam o tratamento a ser seguido. Algumas cirurgias, principalmente as oculares e as de varizes, são feitas com lasers, mas também estamos engatinhando nesse assunto. E as comunidades ribeirinhas continuam dependendo da visita de equipes médicas que vão atendê-los de avião, mas esse atendimento ainda não são suficientes. Estima-se que 37 mil pessoas ainda não tenham atendimento médico nem saneamento básico.

 

7. Negócios
Previsão de Hélio Gurovitz, então diretor da revista Negócios Exame

ACERTAMOS EM CHEIO: Feche contratos, trabalhe e ganhe dinheiro. Tudo on-line.

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Gurovitz imaginou que, em 14 anos, a internet revolucionaria o mundo dos negócios. Para ele, a rapidez e a facilidade das conexões tornaria possível que empresas se relacionassem com outras em diversas partes do mundo. Uma empresa brasileira poderia comprar peças de outra, na Suíça, por exemplo. E as relações de trabalho também seriam mudadas: em 2015, seria possível trabalhar de qualquer lugar do mundo, para empresas em qualquer ponto do planeta.

Não só as previsões de Gurovitz se mostraram verdadeiras, como a internet promoveu uma revolução ainda maior no mundo dos negócios. Basta pensar em como os sites chineses de varejo encontraram um mercado consumidor aqui no Brasil. No ano passado, a Amazon abriu uma filial brasileira, e muitos vendedores do e-Bay enviam seus produtos para este lado do Atlântico. Gurovitz também acertou quando falou das relações trabalhistas. As conexões permitiram o surgimento de uma nova tribo e um novo tipo de trabalhadores, os nômades digitais. O home office também cresceu: de 2013 para 2014, o percentual de pessoas que são contratadas por uma empresa, mas trabalham de casa pulou de 6% para 14%.

 

8. Pesquisa científica
Previsão feita por Carlos Vogt, então vice-presidente da SBPC

PASSOU LONGE: Laboratórios e universidades continuam se bancando aos trancos e barrancos.

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De acordo com as previsões de Vogt, a pesquisa seria cada vez mais financiada pelo setor empresarial no Brasil – assim como já acontece em várias partes do mundo. Isso multiplicaria as pesquisas científicas sendo realizadas no país, aumentando a quantidade de conhecimento sendo gerado. Infelizmente, essa visão de futuro ainda não se concretizou em 2015. As universidades continuam sendo os maiores centros de produção de conhecimento e são onde os maiores trabalhos ainda são realizados. Na área da saúde, segundo uma avaliação feita por cientistas da Universidade de Leiden, na Holanda, USP, UFMG e Unicamp lideram as pesquisas médicas no Brasil.

 

9. Tecnologia
Previsão de Jean Paul Jacob, então gerente de pesquisas da IBM americana

PASSOU PERTO: O futuro dos computadores já chegou. Mas não exatamente do jeito que pensávamos.

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2015 não teria mais computadores, segundo Jean Paul Jacob – pelo menos, não aqueles computadores que conhecíamos em 2001. O que haveria seriam inúmeros objetos com microprocessadores ligados em rede. Jacob, ao mesmo tempo, acertou e errou em suas previsões. O erro está no fato de computadores deixarem de existir. Como os livros e os jornais impressos, que não morreram com o surgimento dos arquivos digitais, também os computadores não deixaram de existir com o surgimento de outros aparelhos que fazem suas funções. Eles se modernizaram, é verdade. Ficaram mais leves, menores, com monitores mais fininhos e elegantes, mas as empresas ainda estão cheias deles, e muitas pessoas ainda não abrem mão de seus microcomputadores, mesmo tendo outros gadgets. O acerto de Jacob veio na coisa dos microprocessadores. Para não citar novamente os smartphones, uma porta para o mundo que cabe no bolso, basta lembrar dos vários exemplos da chamada “internet das coisas” (aparelhos com funções específicas ligados em rede): os caixas do comércio têm conexão direta com o sistema da Receita Federal; nos postos de pedágio, um pequeno sensor no vidro do carro te permite livre acesso, e a conta vem na fatura do seu cartão de crédito do mês seguinte; de 2008 a 2013, o uso do internet banking cresceu 20% no Brasil, e totens no aeroporto já permitem que o seu check-in no voo seja feito sem você nem dar as caras no balcão da empresa aérea.

 

10. Trabalho
Previsão feita por André Fischer, economista da USP

PASSOU PERTO: Já tem gente perdendo emprego para a tecnologia. Mas há quem siga firme e forte na firma.

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Fischer enxergou um 2015 sem cobradores de ônibus, caixas de supermercado, recepcionistas, balconistas e outras profissões cujas funções possam ser substituídas por uma máquina. Para estar dentro do mercado de trabalho da segunda década do 3º milênio, seria necessário se especializar além dos bancos da escola, ter visão de mercado e afinidade com a função.

A parte da especialização está totalmente correta. Com o aumento de mão de obra, as empresas estão exigindo cada vez mais profissionais que tenham conhecimentos mais amplos sobre sua área de atuação. Visão de mercado também é importante, e outro valor incentivado pelas organizações é a capacidade do empregado de empreender onde ele estiver. Mas ainda temos todas as profissões que Fischer apostou que seriam extintas. Algumas profissões, como a de maître, estão no caminho para o fim. Os digitadores, serradores de madeira e os padeiros também não estão vivendo seus melhores dias. Por outro lado, os agentes funerários, os psicólogos e os esteticistas de animais domésticos estão mandando bem.

Veja também: [VÍDEO] Fato Interessante: O fim do emprego

 

11. Urbanismo
Previsão de Marta Grostein, especialista em metrópoles

PASSOU PERTO: O caos absoluto ainda não chegou. Mas, que está perto, está.

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Se as coisas seguissem o rumo em que estavam em 2001, ao chegar em 2015 viveríamos em cidades com assustadoras semelhanças a Gotham City: trânsito horrível, poucos ou nenhum espaço público de convivência e lazer, pessoas cada vez mais absorvidas pela rotina casa-trabalho-casa. A parte pior é que essas mazelas iriam começar a atingir cidades de médio porte, que antes não tinham esse tipo de problemas.

Grostein acertou na visão de como estaríamos dali a 14 anos mas, felizmente, em alguns casos, coisas foram feitas para evitar que chegássemos a esse ponto. Em São Paulo, a gestão de Fernando Haddad vem, desde 2013, tentando aproximar a cidade do conceito europeu de urbanismo. Para isso, ele tem criado mais espaço para as bicicletas – medida que alivia o trânsito e promove uma interação maior das pessoas com a cidade, além de incentivar a prática de atividade física -, regulamentou a criação de “parklets” (espaços temporários de lazer sobre vagas de estacionamento destinadas aos automóveis) e tem reconhecido mais o papel da arte urbana.

Já as cidades de médio porte foram as que mais cresceram no Brasil no período, de acordo com dados do IBGE, e o trânsito já incomoda até os moradores das cidades mais pacatas.

 

12. Câncer
Previsão feita por Andrew Simpson, então coordenador do Projeto Genoma do Câncer

ACERTAMOS EM CHEIO: A doença continua um assunto seríssimo para a medicina.

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Simpson previu que não teríamos a cura para a doença em 2015. Segundo ele, o sequenciamento dos genes não seria o caminho para extirparmos o mal, mas faria uma grande diferença em seu diagnóstico precoce em nos tratamentos.

A verdade é que não só o câncer ainda é incurável, como já é considerado uma epidemia pelos médicos. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), já são mais de 8 milhões de novos casos da doença por ano – um aumento de quase 40% nos últimos 20 anos. A previsão é que, em 2030, 22 milhões de pessoas serão diagnosticadas com a doença por ano, e os óbitos chegarão a 13 milhões ao ano no mundo todo. Por outro lado, o tratamento de certos tipos de câncer evoluíram muito. No caso do câncer de pele melanoma, por exemplo, agora é possível isolar o membro afetado e submetê-lo a uma quimioterapia muito mais forte e agressiva para o tumor sem sacrificar o restante do corpo para isso. A técnica é chamada de “perfusão isolada do membro”.

 

13. Defesa
Previsão feita por Luiz Paulo Macedo Carvalho, especialista em tecnologia bélica

ERRAMOS FEIO: De 2001 pra cá, a guerra virou rotina pra muita gente. E a tecnologia não avançou tanto assim.

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Para chegar em 2015 de acordo com a evolução bélica do mundo, Carvalho defendia que o Brasil precisaria de armamentos poderosos. Ele também previu que as armas convencionais, desenvolvidas com base em princípios modernos e com grande poder de destruição iriam substituir as armas nucleares. Na visão dele, a guerra corpo a corpo tenderia a acabar, e as novas armas seriam controladas por navios, aviões, ou satélites.

Mas não foi bem aí que 2015 chegou. Os anos passados mostraram que a guerra como a conhecemos ainda tem um lugar bem presente no cenário mundial. A última intensiva israelense em território palestino, que começou em julho de 2014, foi uma boa amostra disso. Até mesmo Israel, que possui um dos equipamentos bélicos mais modernos do mundo, ainda aposta em uma guerra que tem os soldados como peças fundamentais. Tem também as tropas estadunidenses, que ainda estão no Iraque desde a invasão do território do país, em 2003. No Brasil, o país fez um grande investimento em equipamento bélico em 2013, quando um avião cargueiro de R$ 1,2 bilhão foi comprado pelo Ministério da Defesa. Mas nossos soldados ainda não contam com certas granadas eletrônicas de enorme potencial destrutivo citadas por Carvalho em 2001.

 

14. Espiritualidade
Previsão feita por Lia Diskin, co-fundadora da Associação Palas Athena

PASSOU LONGE: O mundo está cheio de gente que leva religião às últimas consequências.

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Responsável pela vinda do Dalai Lama ao Brasil, Lia Diskin apostou que, em 2001, estaríamos vivendo um anseio espiritual, ou a busca de mecanismos para compreender o propósito da existência. Ela também disse que as religiões dogmáticas e exclusivistas deveriam perder espaço no Brasil e que estamos presenciando uma abertura por parte das tradições religiosas a um reconhecimento mútuo.

Poucos dias depois de um atentado de terroristas que queriam “vingar” a honra do profeta Maomé que deixou 12 mortos em Paris, é difícil pensar na queda das religiões dogmáticas e exclusivistas. Mesmo no Brasil, a religião evangélica cresceu 61% entre 2000 e 2010, segundo o censo do IBGE. Mas a grande corrente de abertura e de reconhecimento mútuo a que se referiu Lia está acontecendo, e está vindo – quem diria! – da Igreja Católica, por meio do Papa Francisco. Em declarações bem polêmicas, ele já defendeu que a Igreja deve acolher os gays, aos divorciados e as mulheres que abortam.

 

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