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6 maneiras que o cérebro encontra para nos enganar

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 10h11 - Publicado em 1 jun 2011, 18h38

Por Luiza Sahd
COLABORAÇÃO PARA A SUPERINTERESSANTE

A mente é o painel de controle do nosso corpo. Se você dorme e não faz xixi na cama, se não se esquece de respirar enquanto realiza atividades paralelas e se não está fazendo pausas para raciocinar sobre cada uma dessas letras, aparentemente está tudo bem aí em cima. A parte chata é que o sistema pode dar pane de uma hora para outra. Reunimos seis relatos verídicos de “tilt mental” que vão fazer com que você fique desconfiado do seu próprio cérebro.

Síndrome da mão alienígena

Também conhecida como síndrome da mão alheia. As pessoas que sofrem desse mal não têm controle sobre uma das mãos. Mas isso não significa que elas tenham uma “mão morta”. O quadro é mais trágico: um dos membros parece ter “vida própria”. São infinitas as possibilidades de perturbação causadas pela síndrome, que teve o nome inspirado pelo personagem central do filme Dr. Fantástico, de Stanley Kubrick.

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A disfunção pode começar por causa de um derrame, infecção ou lesão neurocirúrgica e se manifesta em qualquer membro do corpo. Em todo caso, é sempre bom torcer para que a doença não atinja uma das mãos: houve um caso em que a mão desobediente tentou enforcar o próprio dono enquanto ele dormia.

A Origem Ciladas da memória


Lembra aquela vez, quando você era pequeno, em que sua mãe te reprimiu por derrubar sorvete de chocolate na roupa? Então. Pode ser que isso nunca tenha acontecido. De acordo com pesquisas científicas realizadas em uma Universidade da Califórnia, nossa memória é mais influenciável do que imaginamos.

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No meio do papo com alguns voluntários, os pesquisadores sugeriram que eles já haviam se perdido em um shopping na infância. Tiro e queda: um em cada cinco participantes confirmou ter passado pela experiência. Coincidência demais, não?

Antes de discutir com seu irmão sobre quem levou a melhor naquele jogo de videogame nos anos 90, tente pensar que nossa mente inventa memórias que nunca existiram e ele pode estar com a razão.

Otimismo de risco

Você está cansado de procrastinar. Então, organiza todos os compromissos do dia, marcando horários de início e término de cada um. Mesmo assim, não adianta. A culpa é do seu cérebro. A falácia do planejamento é a tendência de subestimar o tempo necessário para completar tarefas. Ela decorre, na verdade, de outro erro: um excesso individual de otimismo.

Se perguntamos a um colega de trabalho quantos minutos ele demora no banho, ele vai considerar o tempo que essa tarefa tomou no passado, e a resposta será razoável. Se a dúvida for quanto tempo ele irá demorar para fazer algo que nunca fez antes, tipo escrever um livro ou escalar o Monte Everest, ele não terá referência temporal.  Nesse momento, o otimismo pode representar um risco: pessoas positivas costumam calcular mal (sempre pra menos) o tempo necessário para as atividades.

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Para não cair nessa armadilha, lembre-se da lei Hofstadter: “Tudo sempre leva mais tempo do que o esperado, mesmo quando se leva em conta a Lei de Hofstadter”.

Cegueira histérica

Um olho que vê mas não enxerga. Confuso? Pois tente imaginar como os médicos ficaram sem entender nada, em pleno século 19, quando o distúrbio foi catalogado. Um dos casos mais famosos foi o do paciente que estava cego de um olho há mais de dez anos e sentia dores. Após inúmeros testes clínicos, o olho parecia completamente saudável do ponto de vista fisiológico, mas não funcionava. O paciente estava se preparando para arrancar o olho “inútil” quando o médico decidiu fazer o último teste: sem avisar o paciente, tapou o campo de visão do olho bom, de modo que o paciente pudesse enxergar apenas com o olho ruim. Para surpresa geral, o paciente continuava enxergando normalmente.

A cegueira histérica é uma das disfunções que os médicos entendem como transtornos de conversão – distúrbios de somatização em que o orgânico está saudável e a moléstia surge de fatores psicológicos. Há casos de pacientes mudos e até paralíticos por causa disso. Haja terapia!

Apertem os cintos: o pênis sumiu

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A síndrome da redução genital, também conhecida como síndrome de Koro, é um medo obsessivo da retração natural do pênis (no caso dos homens) ou da vulva e dos mamilos (no caso das mulheres). Casos assim foram registrados na Ásia. Na África, foram relatadas situações em que certos homens temiam que seus pênis fossem simplesmente furtados.

O nome “Koro” significa “cabeça de tartaruga” na língua Malaia, uma clara referência à retração que o animal é capaz de fazer em direção ao casco, desaparecendo por completo, exatamente como os pacientes perturbados pela síndrome acreditam que aconteça com a sua genitália.

Não existe nenhuma evidência biomédica da doença, então o problema ficou conhecido como uma histeria de origem cultural. As vítimas da síndrome têm o hábito de ficar checando frequentemente os “documentos” e chegam até a pedir a parentes e amigos uma forcinha pra garantir que está tudo em ordem. O distúrbio não poderia ser pior, certo? Errado: por ser uma histeria coletiva, ele é contagioso.

Gravidez psicológica

Aparentemente, o distúrbio existe desde que as mulheres pisaram na face da terra. Hipócrates descreveu senhoras com sintomas de gravidez psicológica em 300 a.C. Os sintomas são parecidos com os da gravidez de verdade: náuseas, enjôos, ganho de peso, escurecimento dos mamilos, suspensão de menstruação, mamas cheias de leite e até crescimento abdominal.

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Os médicos descobriram que as mulheres com gravidez psicológica “estufam” o abdômem enquanto estão em estado de vigília e relatam que sentem o bebê chutando. Algumas delas chegam ao extremo de procurarem maternidades dizendo que estão em trabalho de parto.

Se gravidez psicológica já é uma barra para as mulheres, ruim mesmo deve ser o caso dos homens que sofrem da doença quando suas companheiras engravidam: eles sentem cãibras pela manhã e ficam com inchaço abdominal por tempo indeterminado – ou até quando a lucidez voltar.

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