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7 fatos sobre a percepção da corrupção no mundo

Por Jessica Soares
Atualizado em 21 dez 2016, 10h13 - Publicado em 2 set 2013, 11h53

Schurz_Corruption

Formação de cartel, desvio de dinheiro público, fraude. A corrupção está nas manchetes, mas não fica só por lá. Em muitos países, ela afeta as pessoas do nascimento até a morte e impede o acesso a diversos serviços básicos. A edição de 2013 do Global Corruption Barometer (Barômetro Global de Corrupção, em português) examina como a corrupção é percebida na vida das pessoas ao redor do mundo. Baseado em uma pesquisa com mais de 114 mil entrevistados de 107 países, o relatório indica que a corrupção está mais perto do que poderia se imaginar. Conheça 7 fatos sobre a percepção da corrupção no mundo:

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1. A corrupção é generalizada.

O termo não é exclusividade dos engravatados de Brasília e demais capitais administrativas do mundo. Segundo a pesquisa, 27% das pessoas ouvidas relataram ter pagado algum tipo de suborno em interações com instituições e serviços públicos nos últimos 12 meses. Ou seja, mais de 1 em cada 4 pessoas nos países pesquisados tiveram contato direto com a corrupção. Este número não é ruim apenas por mostrar que muito dinheiro ilícito rola por aí – a corrupção tem impacto negativo na própria prestação e gestão de serviços.

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“A corrupção cria um ambiente no qual os cidadãos recorrem a meios desleais para ter acesso (ou acesso mais rápido) aos serviços e em que as pessoas responsáveis ​​por estes serviços buscam novas oportunidades para explorar a sua posição para ganhar mais dinheiro. (…) As pessoas não só pagam os custos da corrupção diretamente, mas sua qualidade de vida também é afetada por formas menos visíveis de corrupção. Quando grupos poderosos compram influência sobre as decisões do governo ou quando recursos públicos são desviados para os cofres da elite política, as pessoas comuns sofrem”, aponta o relatório.

 

2. Instituições públicas encarregadas de proteger a população estão no topo do ranking de suborno.

Entre os oito serviços avaliados, a polícia e o judiciário são vistos como os dois serviços mais afetados por casos de suborno e abusos. Entrevistados de 95 países responderam se, nos últimos 12 meses, haviam pagado algum tipo de suborno. E casos não faltam: cerca de 31% das pessoas que entraram em contato com a polícia reportaram casos de propina; no judiciário, o número chega a 24%.

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3. Os governos não fazem o suficiente.

Por aqui, o Senado aprovou em junho o projeto de lei que torna a corrupção um crime hediondo. Foi um passo importante, mas Natan Donadon (deputado, preso há dois meses por formação de quadrilha e peculato, que não teve seu mandato cassado depois de voto secreto na Câmara) está aí para provar que há um caminho longo a se percorrer para diminuir a corrupção no país.

A percepção no mundo é que os governos não estão fazendo o suficiente: 54% acreditam que eles são ineficazes no combate à corrupção. Além disso, 53% dos entrevistados pensam que a corrupção aumentou ou aumentou muito ao longo dos últimos dois anos. Dos demais, 29% das pessoas pensam que não houve alteração e apenas 18% pensam que diminuiu.

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4. Partidos são vistos como os mais corruptos.

No mundo todo, os partidos políticos, pilares do sistema democrático, são percebidos como as instituições mais corruptas. Em uma escala de 1 a 5 (em ordem crescente de corrupção), os partidos marcaram 3,8 pontos entre os entrevistados.

 

5. Conexões pessoais são vistas como promotoras da corrupção na administração pública.

Não precisa ser fã de House of Cards para acreditar que no setor público a troca de favores é a moeda mais poderosa. A corrupção não está apenas no desvio de verbas: 2 de cada 3 pessoas, ou 64% dos entrevistados, acreditam que contatos e relacionamentos pessoais ajudam a mover o setor público em seu país. Em países como Itália, Líbano, Malawi, Marrocos, Nepal, Paraguai, Rússia, Ucrânia e Vanuatu este número chega a 90%. O que significa que…

 

6. Grupos poderosos estão no comando.

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A percepção geral no mundo é clara: 54% das pessoas consultadas disseram acreditar que o governo ou é grande parte ou inteiramente executado por algumas grandes entidades que atuam em prol de seus próprios interesses. O governo inspira pouca confiança em países como Chipre, Grécia, Líbano, Rússia, Tanzânia e Ucrânia – por lá, mais de 80% das pessoas acreditam que quem dita as regras e ações dos governos são grupos que tem pouco (ou nenhum) interesse no benefício e bem estar dos cidadãos.

 

7. A população quer se envolver.

O povo não se vê como vítima indefesa: 67% das pessoas ouvidas acreditam que a população pode fazer a diferença na luta contra a corrupção. E parece que o discurso está alinhado à prática: duas em cada três pessoas que acreditam que podem fazer a diferença nunca pagaram propina.

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