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8 premiações que honram o que há de pior ou mais estranho no mundo

Por Jessica Soares
Atualizado em 21 dez 2016, 10h13 - Publicado em 23 jan 2013, 11h16

Se você é do tipo que ensaia seu discurso do Oscar com o vidro de xampu no banheiro, pode ficar surpreso ao saber que há muito mais premiações que distribuem troféus por aí – mas talvez não ficasse tão feliz em receber a honraria. Está aberta a temporada de prêmios e, para deixar o bolão da turma mais desafiador, a SUPER listou 8 premiações que honram o que há de pior ou mais estranho no mundo:

 

1. Framboesa de Ouro (Raspberry Awards, ou Razzies)


Sandra Bullock, sem medo de ser a pior feliz

Tudo começou como uma brincadeira. Em noites do Oscar, era tradição que os amigos do redator publicitário John J. B. Wilson se reunissem em sua casa para assistir a cerimônia. Em 1980, depois da 52ª edição do prêmio da Academia, Wilson teve a ideia de fazer uma votação entre a turma para eleger o pior filme do ano. A premiação improvisada, repetida anualmente desde então, fez sucesso rapidamente. Era o início da cerimônia irreverentemente brega que acontece tradicionalmente na noite anterior ao Oscar.

A música não pode parar, musical com qualidades questionáveis sobre o grupo Village People, foi consagrado o primeiro vencedor do Framboesa de Ouro. Em 2013, o prêmio chega a sua 33ª edição (des)honrando a saga CrepúsculoAmanhecer Parte 2 arrematou 10 indicações e é o grande favorito (só que ao contrário) da noite. Dificilmente veremos Robert Pattinson e Kristen Stewart, também indicados na categoria “Pior casal”, subirem ao palco para aceitar a Framboesa, no entanto – é raro quando algum dos atores indicados comparece à cerimônia. Uma das divertidas exceções foi Sandra Bullock: em 2010, a atriz recebeu pessoalmente um Razzie por sua atuação em Maluca Paixão um dia antes de receber a estatueta do Oscar de Melhor Atriz por Um Sonho Possível.

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Bônus: Não é só o pior de Hollywood que merece destaque. O Ghanta Award, criado em 2010, reconhece as piores empreitadas de Bollywood, a maior indústria cinematográfica indiana. As votações para a terceira edição do prêmio estão abertas e os vencedores de 2013 serão revelados no dia 8 de fevereiro.

 

2. Darwin Awards

Os vencedores desta premiação também não sobem ao palco para receber a honraria irônica, mas não fazem isso por mal. O problema é que estão mortos #climão. O Darwin Awards é uma celebração à seleção natural: recebem o prêmio simbólico aqueles que, da forma mais estúpida, deram fim à própria vida. A ideia é que, ao se autodestruírem, estes indivíduos desprovidos de noção contribuíram para a melhoria do pool genético humano. Taí um prêmio que você não iria querer exibir na prateleira.

A premiação póstuma começou a ser atribuída em fóruns online em 1985 e tornou-se oficial com a criação de um site em 1993, mas inclui também casos bizarros do passado. O mais antigo data de 1874, e o premiado foi um universitário que, para tornar mais realista sua fantasia de vampiro, tentou prender uma estaca de madeira no peito e acabou se matando com ela – uma lição valiosa para todos os fãs de Crepúsculo. Para manter a respeitabilidade do prêmio, não valem lendas urbanas. O caso de estupidez mortal deve ser verificável e só são premiados aqueles que causaram, sem ajuda de ninguém e em uso total de sua (in)capacidade mental, a própria aniquilação.

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3. Bidone d’Oro


Pato chega com troféu de ouro ao Timão

Enquanto a premiação de Melhor Jogador do Mundo vem sendo dominada por um argentino, os brasileiros têm se mostrado bastante presentes em um outro prêmio. Além de escândalos, o Calcio – como é conhecido o Campeonato Italiano – também é palco para o Bidone d’Oro, uma premiação que condecora os piores jogadores do ano no campeonato. Os (des)honrados são escolhidos a partir dos votos dos ouvintes do programa Catersport, que vai ao ar na Rai Radio 2.

O prêmio surgiu em 2003, com Rivaldo levando o prêmio principal por sua temporada no Milan. Adriano, justificando o título de Imperador, é o maior campeão, com três títulos, todos pelo Inter de Milão. E para a alegria dos torcedores palmeirenses, o vencedor em 2012 foi o (quase sempre machucado) ex-jogador do Milan Alexandre Pato, o grande reforço do Corinthians para 2013.

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4. Golden Collar Awards


Uggie e seu humano

Talvez este seja o mais cobiçado de todos os prêmios – pelo menos, entre os membros da raça canina. O Golden Collar Awards premia os cãezinhos que mais se destacaram no ramo do entretenimento. Em 2012, o grande vencedor foi o Jack Russel Terrier de O Artista, Uggie, quem levou pra casa o reconhecimento e todas as glórias por sua (brilhante) atuação no filme.

Para não deixar nenhuma estrela roendo osso, a premiação inclui também categorias como “Melhor cachorro em um filme estrangeiro” e “Melhor cachorro em uma série de televisão”.

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5. Prêmio Ig Nobel


(via)

O nome deriva da palavra ignoble – que significa ignóbil, ou seja, que possui nenhum valor. E, de quebra, é também uma piadinha com o nome do maior prêmio da ciência. Parodiando o Nobel, são distribuídos anualmente, no mês de outubro, destaques para realizações incomuns ou triviais no campo científico – do tipo que “primeiro fazem as pessoas rirem, depois pensarem”, segundo dita sarcasticamente a premiação.

Organizados pela publicação Annals of Improbable Research (Anais de Pesquisas Improváveis), os Ig Nobel Prizes foram criados em 1991 e são apresentados por ganhadores da medalha da Academia Real das Ciências da Suécia em uma cerimônia na Universidade de Harvard. Apesar da crítica velada (ou nem tão velada assim) aos estudos considerados triviais, há um lado nobre em destacar pesquisas aparentemente despretensiosas: muitos grandes avanços científicos tiveram origem a partir de observações para lá de triviais – você com certeza se lembra do causo da maçã que teria caído no terreiro da família Newton e inspirado a Lei da Gravidade. Quem sabe que frutos pesquisas como a que explica por que a Torre Eiffel parece menor ao ser observada com a cabeça levemente inclinada para a esquerda (um dos destaques do ano passado) podem trazer no futuro?

 

6. Big Brother Awards


Eles estão de olho

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Nesta premiação não ganha quem sobrevive ao paredão, e o vencedor não leva R$ 1,5 milhão para casa. O Big Brother Awards retoma a origem do nome do reality show de sucesso: o Grande Irmão, o ditador-que-tudo-vê e líder do regime autoritário descrito na obra de George Orwell, 1984. Anualmente, a organização não-governamental Privacy International, em parceria com grupos de direitos humanos presentes em quase 20 países, concedem o prêmio Big Brother àqueles que mais se destacaram na violação da nossa privacidade.

“Cada vez mais, agências governamentais e empresas privadas violam a privacidade das pessoas em todos os lugares. Enormes quantidades de dados pessoais estão sendo coletados, armazenados e processados ​​- muitas vezes de forma ilegal – na busca de um marketing mais eficiente, maior controle social, e mecanismos mais poderosos para monitorar o cidadão”, aponta o site oficial da premiação que busca atentar a população para estes problemas.

7. Pwnie Awards

A excelência e a incompetência. Em se tratando de segurança da informação, o Pwnie Awards premia anualmente quem mais se destacou no campo – positivamente ou não. Os vencedores são escolhidos por uma comissão de profissionais a partir dos indicados pela comunidade de segurança da informação. Seu nome é baseado na palavra “pwn” (derivação de “own”), uma expressão que significa “dominar” ou vencer humilhando seu oponente, entre os gamers. No universo da segurança de informação (ou da falta dela), significa também comprometer ou controlar outro computador, site, dispositivo ou aplicativo.

 

8. Bad Sex In Fiction Award


O horror! (via)

Um péssimo desempenho na cama também pode render prêmios – pelo menos na literatura. Criado em 1993 pela revista britânica Literary Review, o Bad Sex in Fiction Award seleciona e reconhece as piores descrições de momentos de amor e loucura nos livros. O vencedor leva pra casa um troféu com uma mulher seminua caída sobre um livro, que dizem ser uma representação do sexo nos anos 1950. Segundo os criadores do prêmio, ele é uma forma de chamar a atenção e condenar o uso superficial, redundante e muitas vezes sem sentido de passagens sexuais nos romances modernos.

Apesar das grandes apostas, quem levou o troféu para casa em 2012 não foi o líder de vendas Cinquenta tons de cinza. O livro foi desqualificado porque “as regras proíbem explicitamente a premiação de obras literárias pornográficas ou eróticas”, explicou o editor sênior da Literary Review, Jonathan Beckman, em entrevista ao The Guardian. Quem acabou arrematando o prêmio foi a canadense Nancy Huston, pelo livro Infrared, ainda sem tradução para o português.

Bônus: Você já sabe que não deve julgar um livro pela capa. Tente então não julgar também pelo nome. O Diagram Prize for Oddest Title of the Year premia as obras que mais se destacaram no ano anterior por terem títulos bizarros. Criado em 1978, tem entre seus premiados ~obras-primas~ como People Who Don’t Know They’re Dead: How They Attach Themselves to Unsuspecting Bystanders and What to Do About It (em tradução livre: “Pessoas que não sabem que estão mortas: como elas afetam terceiros desavisados ​​e o que fazer sobre isso”), de Gary Leon Hill.

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