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9 grandes empresas que já mudaram de ramo

Por Jessica Soares
Atualizado em 21 dez 2016, 10h13 - Publicado em 18 set 2012, 18h39

Por Jessica Soares
Colaboração para a SUPERINTERESSANTE

Evoluções tecnológicas, apostas arriscadas, (in)felizes coincidências ou até mesmo apuros financeiros. Muitas empresas chegaram ao topo desenhando – e, principalmente, redesenhando – o próprio caminho. Entre passados inusitados e futuros incertos, a SUPER listou 9 empresas que se inventaram e reinventaram ao longo dos anos. Confira abaixo, seguindo a ordem cronológica das reviravoltas empresariais:

1. Tiffany & Co.

A empresa: Muitos anos antes da bonequinha de luxo Audrey Hepburn pensar em tomar um café da manhã em frente à vitrine da luxuosa joalheria Tiffany’s, a empresa estadunidense atuava em um ramo bem diferente. Fundada em 1837 por Charles Lewis Tiffany e Teddy Young, a “Tiffany & Young” funcionava inicialmente como um empório de artigos de papelaria e bens sofisticados. No seu catálogo estavam enfeites, relógios, cintos, produtos para a pele e cabelo, aparelhos de jantar e até escarradeiras.

Novo negócio: Quando Charles Tiffany assumiu sozinho o controle da firma, em 1853, encurtou o nome da empresa e direcionou os negócios para as jóias. O “Rei dos Diamantes”, como era chamado então, estabeleceu assim o império azul, que se estende por todo território mundial.

2. Jacuzzi

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A empresa: A história da empresa começou por volta do ano de 1900, quando os sete irmãos da família Jacuzzi desembarcaram nos Estados Unidos. Os italianos logo começaram a trabalhar no país como maquinistas e, juntos, fundaram a empresa Jacuzzi Brothers, especializada na fabricação de aeronaves.

Novo negócio: Nada de oscilações econômicas ou visão de mercado – o que motivou a mudança no curso da empresa italiana foi uma tragédia familiar. Com a morte de Giocondo Jacuzzi em um acidente sofrido em um dos aviões fabricados na empresa, em 1921, os irmãos decidem dar fim à fabricação de aeronaves. Em 1925, a empresa aplicou seu know-how em bombas hidráulicas agrícolas, criando um equipamento especial para poços profundos. O conhecimento seria aplicado anos depois em – agora sim – banheiras! Em 1955, o novo produto passou a ser comercializado oficialmente e se tornou um sonho de consumo caseiro. Com a expansão das redes de spas em 1970, a empresa desponta no mercado – hoje suas banheiras de hidromassagem, chuveiros, pias etc. são distribuídos em mais de 60 países.

3. 3M

A empresa: Em 1902, cinco empresários decidiram sair à procura de dépositos de minérios na região dos Grandes Lagos, nos Estados Unidos. Sem sucesso na empreitada, os desbravadores resolveram transferir a recém-criada empresa de Mineração e de Manufatura de Minnesota, a 3M, para a cidade de Duluth, que passaria a fabricar abrasivos.

Novo negócio: Richard G. Dew, um jovem assistente de laboratório, foi o responsável por mudar o rumo da empresa em 1925, quando criou a fita de mascaramento. O produto pioneiro foi ainda mais importante porque permitiu o desenvolvimento de uma série de outras fitas aderentes e sensíveis à pressão. Na década de 80, a empresa cria também os Post-its, bloquinhos responsáveis por revolucionar a ~indústria dos recados~. De depósitos minerais para o armário – grande parte do catálogo de produtos da empresa está na sua casa: fita adesiva, fita isolante, blocos de recados adesivos e até produtos de limpeza.

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4. LG

A empresa: Lak-Hui Chemical Industrial Company – foi com este nome que a LG nasceu, em 1947, na Coréia do Sul. No começo, nada de TVs ou eletrônicos em sua cartela de produtos. Como o nome original denuncia, a empresa fundada por Koo In-Hwoi produzia produtos químicos, principalmente os de limpeza. Em 1952, a empresa se torna a primeira do país a adentrar a indústria dos plásticos, criando o braço Goldstar Co.

Novo negócio: Em 1958, a fusão entre Lak-Hui (lê-se “lâqui”) e Goldstar dá início à produção dos produtos que viriam a definir a empresa em nível internacional, com o desenvolvimento de rádios e, em seguida, diversificação nos eletrônicos e aparelhos de telecomunicações. Para competir no mercado ocidental, em 1995 assumiu o nome LG, e a logo sorridente que anuncia: Life’s good.

5. Xerox

A empresa: O dicionário não deixa mentir – “xerox” é, além de uma marca, sinônimo de “aparelho usado para tirar xerocópias”. Mas, antes da empresa estadunidense se tornar forte a ponto de ser dicionarizada, o termo sequer constava em sua razão. Fundada em 1906 e batizada Haloid Photographic Company, a empresa fabricava papéis fotográficos.

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Novo negócio: Tudo mudou com o desenvolvimento da primeira máquina fotocopiadora. Lançada em 1959, a Xerox 914 foi um sucesso e fez com que em 1961 a empresa optasse por adotar o nome Xerox Corporation, dando continuidade à produção dos produtos que hoje fazem parte do nosso dia-a-dia. A Xerox sempre esteve ligada a avanços importantes desenvolvimentos tecnologicos – criou em 1969 a impressora a laser e, na década de 70, deu o pontapé inicial para a criação dos computadores pessoais (os PCs), com a criação do pequeno Xerox Alto. De fabricante de papel fotográfico a vendedora de toner, tinta, softwares, scanners e impressoras, a Xerox trilhou um prolífico (e bem sucedido) caminho.

6. Nintendo

A empresa: Os populares games e consoles da Nintendo podem até fazer você pensar que ela está nesse ramo desde sempre, mas a empresa fundada em 1889 por Fusajiro Yamauchi, no Japão, tem origem pouco high tech. A Nintendo Playing Card Co. Ltd., como era chamada então, produzia e comercializava os cartões do Hanafuda, popular baralho japonês usado em diferentes tipos de jogos – incluindo os de azar. E o passado inusitado não termina aí: temendo limitar o potencial de crescimento da empresa focando os negócios apenas nas cartas, a empresa, comandada pelo neto de Fusajiro, Hiroshi Yamauchi, foi renomeada Nintendo Co. Ltd e, entre os anos de 1963 e 1968, investiu capital em negócios dos mais diferentes nichos – incluindo companhias de táxi e redes de motéis (!). As empreitadas não deram muito certo, como se poderia imaginar.

Novo negócio: Foi em 1974, com a obtenção dos direitos de distribuição do pioneiro console de videogames Odyssey 100, da Magnavox, que a Nintendo deu seu primeiro passo rumo à criação dos icônicos Game Boy, Super Nintendo, Wii e 3DS. Em 1977, a empresa já começava a chamar a atenção com o desenvolvimento de seus próprios consoles e os lançamentos dos games Donkey Kong, em 1981, e Super Mario Brothers, em 1985, firmaram de vez a empresa no ramo. O resto é história.

7. Nokia

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A empresa: Uma história construída com papel, borracha e cabos de energia: tudo começou quando o engenheiro de minas Fredrik Idestam, fundou, em 1868, uma pequena fábrica de celulose na Finlândia, perto da cidade de Nokia. Em 1871, junto de Leo Mechelin, cria a Nokia Company. O novo sócio desejava expandir os negócios da empresa para o ramo da energia elétrica, empreitada que se concretiza em 1902.

Novo negócio: Em 1967, a empresa passou a integrar um grande conglomerado industrial, que já sinalizava o caminho que viria a ser seguido: ao lado de produtos como papel, pneus, sapatos e botas de borracha, estavam telefones, telégrafos, cabos elétricos e televisores. Na década de 1990, o então CEO da empresa, Jorma Ollia, deu adeus às divisões da empresa dedicadas a borracha e aos cabos, e decidiu centrar todos os esforços no mercado das telecomunicações. O resultado pode ser visto na gama atual de produtos da empresa: além de celulares, smartphones e dispositivos móveis, desenvolve também aplicativos e jogos para seus aparelhos.

8. Tectoy

A empresa: Fundada no estado de São Paulo em 1987, a Tectoy foi criada para o desenvolvimento de jogos eletrônicos – um nicho pouco explorado por empresas brasileiras até então. Ela logo firmou um contrato que definiria a empresa pelos anos que se seguiram: se tornou a representante exclusiva da Sega Enterprises no país. Com o acordo, a empresa não só se tornou responsável pela fabricação nacional de todos os consoles da gigante japonesa – incluindo os inesquecíveis Master System, de 1989, Mega Drive, de 1990, e o Dreamcast, em 1999  – como também garantiu à Sega 80% do mercado brasileiro de games no início da década de 90, período em que a Nintendo ainda não tinha representante regional. O cenário favorável permitiu que a Tectoy fosse responsável pela tradução de vários jogos para o português e que conduzisse adaptações dos games para o contexto nacional, com personagens como a Turma da Mônica e o Chapolin Colorado. A empresa brasileira também cuidou do desenvolvimento da versão brasileira de jogos como Street Fighter II, para Master System, e Duke Nuken 3D e Pica-Pau, para Mega Drive.

Novo negócio: A Sega parou de fabricar o Dreamcast em 2001, apesar de a divisão japonesa continuar produzindo jogos até 2007. Mas, mesmo antes da empresa japonesa tomar novos rumos, a Tectoy optou por diversificar sua cartela de produtos. Desde 2000 a empresa comercializa karaokês, MP3 players, DVD players e, mais recentemente, Blu-ray players. Em 2005 foi criada ainda a Tectoy Mobile, distribuidora de jogos para celular desenvolvidos por empresas como a antiga parceira Sega Mobile, In-fusio e Bandai.

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9. Kodak

A empresa: Registrada em 4 setembro de 1888, por George Eastman, a Kodak tem sua origem atrelada à câmera e ao filme fotográficos. Neste mesmo dia, o americano registrou também a patente de sua câmera analógica, que abriria as portas do mundo da fotografia aos amadores, como conta o Almanac: The birth of Kodak da CBS. Durante grande parte do século XX, a empresa se manteve à frente da concorrência – chegando a representar 90% do mercado das vendas de filmes fotográficos nos Estados Unidos. Era um verdadeiro “momento Kodak” – expressão que passou a definir os momentos que deveriam ser gravados e salvos para a posteridade.

Novo negócio: Apesar de ter sido pioneira no desenvolvimento da câmera digital, produzindo a primeira ainda em 1975, a empresa relutou em comercializar o produto, temendo ameaçar seu próprio negócio. Talvez isso tenha causado a decadência da Kodak, que, nos anos 1990, fez uma transição lenta para a fotografia digital. Nos anos 2000, a empresa fechou fábricas de filmes investiu pesado em inovação na esperança de aumentar sua margem de lucro. Mas, as ações que chegavam a custar U$90 em 1997, haviam despencado para U$ 0,76 em janeiro de 2012. Naquele mês, a Kodak pediu proteção contra falência e, no mês seguinte, fez o anúncio: a produção de câmeras digitais e câmeras de vídeo portáteis acabou. Em agosto de 2012, novos cortes: a empresa anunciou a venda de sua tradicional divisão de filmes, e também a de scanners comerciais e quiosques. Todas as fichas da empresa estão agora nas impressoras, novo principal produto Kodak. Será que ela vai conseguir se reinventar?

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