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14 descobertas que mudaram os últimos 14 anos

Prozac, clonagem, Internet e genoma humano são alguns dos maiores passos que a ciência deu desde 1987, quando a primeira edição de Super chegou às bancas.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 31 ago 2001, 22h00

Alessandro Greco

Desde 29 de setembro de 1987, quando a primeira edição da Super chegou às bancas, o mundo deu muitas voltas – 5 094, para ser mais preciso. Maluquices viraram realidade, realidades viraram poeira. As distâncias encurtaram de um jeito assustador – um salto tecnológico tamanho que quase se iguala a todo o avanço que tivemos no milênio anterior. Textos, imagens, músicas passaram a rodar o mundo na velocidade da luz. Redes de satélites cercaram o planeta e tornaram possível identificar a localização exata de um ponto na superfície. Não foi só a Terra que diminuiu. O universo também encolheu no momento em que esticamos nosso olhar curioso para as mais distantes galáxias e em que nossos aparelhos alcançaram Marte. Quem diminuiu também foi o computador, que coube no bolso. Ao mesmo tempo, sons e imagens, com qualidade que beira a perfeição, couberam num disquinho de metal. Foram 14 anos fundamentais para a ciência.

Nesse período, os físicos encontraram a partícula que faltava para toda a teoria fazer sentido. Os biólogos leram o “manual de instruções” da vida. Não bastasse isso, meteram a mão no que era restrito aos deuses e criaram vida a partir de vida. Preservação ambiental deixou de ser conversa para boi dormir e passou a ser assunto de governantes. Os últimos 14 anos ficaram marcados também como o período no qual o cérebro entendeu o cérebro – e a indústria aproveitou-se disso para criar uma nova geração de drogas. Por falar em drogas, um dos maiores fantasmas masculinos – a impotência – foi exorcizado e as ruas se encheram de homens e mulheres sorridentes. Todas essas descobertas e invenções mudaram o mundo de maneira profunda e irreversível. Todas entraram em nossas vidas de 1987 para cá e hoje parecem tão fundamentais que ficou difícil imaginar o dia-a-dia sem elas. Assim como ficou difícil imaginar tudo isso sem a Super – quem mais prepararia uma lista dessas para você?

1987 – Emoções sob controle

Enquanto a Super punha nas bancas sua quarta edição, uma cápsula verde chegava às farmácias americanas (ela era comercializada experimentalmente na Bélgica desde o ano anterior). O nome dela: Prozac. Três anos depois, a “pílula da felicidade” tornava-se o antidepressivo mais vendido de todos os tempos. Hoje é tomado por 40 milhões de pessoas em mais de 90 países. A depressão é o distúrbio psiquiátrico mais comum do mundo – afeta uma pessoa em cada 20. A grande novidade é que essa droga não causa uma avalanche de efeitos colaterais nem uma dependência horrorosa. Depois descobrimos que o Prozac não é um remédio mágico que oferece a felicidade sem cobrar nada em troca. Psiquiatras têm demonstrado preocupação com seu uso indiscriminado e salientam o perigo de evitar a tristeza a qualquer preço. Recentemente, surgiram também dúvidas sobre se o remédio altera de forma permanente os neurônios. Mas o legado do Prozac é inegável. Ele nos ensinou que depressão não é falha de caráter. É uma doença, e pode ser tratada.

1989 – O cérebro conhece o cérebro

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A década de 1990 foi a década do cérebro. Quem decretou isso, em 1989, foi o presidente americano George Bush, o pai (o filho não é a pessoa mais indicada para falar do assunto). Dito e feito. Nunca se falou tanto nesse órgão, que pesa menos de 1,5 quilo e é responsável por nossas emoções, sensações, palavras, inteligência. Enfim, por quase tudo o que importa. Graças aos novos equipamentos, que permitem olhar o cérebro em atividade, as pesquisas identificaram áreas ligadas à memória, à locomoção, a várias doenças. E, a cada dia que passa, ficamos mais perto da jóia da coroa: a consciência. Há dez anos, seu estudo era um trabalho quase esotérico. Hoje, ela é uma ciência à parte e mobiliza o trabalho de alguns dos cérebros mais brilhantes do mundo. Com isso, termina um dos maiores paradoxos da ciência – ela nos revelou as galáxias distantes, mas não sabia quase nada justamente sobre o órgão que nos faz saber.

1990 – O olho no espaço

Em abril de 1990, a tripulação da Discovery colocou em órbita, a 600 quilômetros da Terra, o mais sofisticado telescópio já feito, batizado em homenagem ao americano Edwin Hubble (1889-1953), fundador da astronomia extragaláctica. O Hubble seria capaz de enxergar dez vezes melhor que qualquer telescópio aqui embaixo, onde a vista é obstruída pela atmosfera. Foi um momento histórico para a astronomia. Foi também um dos maiores vexames. O Hubble estava com as lentes erradas e não enxergava um palmo à frente do nariz (telescópio tem nariz?). Tudo por um erro de cálculo da Nasa, que dedicou 20 anos ao telescópio – três só para polir as lentes. Em 1993, a tripulação da Endeavour corrigiu a miopia e o Hubble começou a tirar fotos espetaculares. Assistimos ao nascimento e à morte de galáxias, descobrimos a idade do universo, comprovamos a existência dos buracos negros.

Depois de tantos serviços, o Hubble vai se aposentar: em 2009, será substituído pelo Telescópio Espacial da Próxima Geração, que nos emprestará olhos ainda mais potentes.

1990 – O mundo encolheu

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O físico inglês Tim Berners-Lee tinha um sonho: construir um sistema de computadores descentralizado em que todos fossem capazes de acessar qualquer informação de qualquer máquina. No Natal de 1990, o protótipo do sistema foi demonstrado. Nascia a World Wide Web. Daí para as megalivrarias sem sede, os sites de notícias monumentais, as piadas infames rodando o mundo e o sexo virtual foi um pulo. Em 1991, Berners-Lee disponibilizou para os colegas da comunidade de física de alta energia o browser, um servidor e uma biblioteca básica para que eles criassem softwares. Em 1993, o americano Marc Andreessen e alguns colegas criaram o Mosaic, o pai de todos os browsers – no ano seguinte, Andreessen fundaria a Netscape. O resto da história está sendo contado agora. Compramos e vendemos tudo na www, conversamos a milhares de quilômetros, vemos filmes e ouvimos música na rede. Falta só fazer com que a internet seja capaz de nos entender. Talvez não demore muito. Adivinhem com o que Tim Berners-Lee anda sonhando hoje?

1992 – O ano em que ficamos verdes

Os homens que comandam o mundo não interrompem seus afazeres por qualquer motivo. Mas, entre 3 e 14 de junho de 1992, foram todos ao Rio de Janeiro discutir um assunto que antes não estava entre as prioridades de ninguém. Era a Eco 92, a maior reunião de chefes de Estado já realizada. Lá se proclamou que os seres humanos estão no centro das preocupações sobre desenvolvimento sustentável e têm direito a uma vida saudável, produtiva e em harmonia com a natureza. Apesar da nobre intenção, os documentos assinados no Rio foram solenemente descumpridos. Um deles, a Convenção das Mudanças Climáticas, sofreu um duro golpe este ano, quando os Estados Unidos decidiram boicotá-lo. Mesmo assim, está claro que o planeta mudou em 1992. Antes, a decisão americana de não diminuir a produção para proteger o ambiente seria tão natural que não mereceria nem comentários.

1994 – Revolução cultural

A sacada do alemão Dieter Seitzer foi perceber que podia tirar dos sons trechos imperceptíveis ao ouvido. Assim, era possível comprimir sons e imagens em arquivos pequenos o suficiente para serem baixados da internet sem sofrimento e a qualidade quase não era afetada. Dieter deu à sua invenção o horroroso nome de I-MPEG Audio Layer-3. E o apelido de MP3. Em 1997 foi ao ar o site MP3.com, um grande banco de músicas. Em 1999, surgiu o Napster. Ao contrário do MP3.com, o Napster não detinha as músicas, só punha em contato os usuários e permitia que trocassem arquivos. Com isso, cada um passou a ter à disposição o acervo de milhões de outros. Música folclórica da China muçulmana, faixas raras de músicos consagrados, sucessos gravados ontem à noite, a nova faixa de uma banda de garagem da Eslovênia. Se essas coisas existem, você podia encontrá-las, de graça, no Napster. Em abril daquele ano, a palavra “MP3” passou “sexo” como a mais procurada nos sites de busca.

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A indústria fonográfica reagiu a essa liberalidade toda impondo restrições ao Napster na Justiça. Mas o estrago estava feito. O mundo tinha se enchido de CDs piratas e a internet, de sites como o Napster, só que mais descentralizados e, por isso, incontroláveis. A indústria de discos nunca mais será a mesma. Uma revolução igual está acontecendo nas editoras e na indústria cinematográfica, que também estão vendo seus produtos circularem livremente pela rede. O mundo mudou.

1995 – A física estava certa

Até 1964 os físicos achavam que as partículas fundamentais, das quais toda a matéria é feita, eram os prótons, os nêutrons e os elétrons. Aí, dois americanos, Murray Gell-Mann e George Zweig, chegaram independentemente à mesma conclusão: havia uma partícula ainda mais fundamental, da qual as outras são feitas. Coube a Gell-Mann dar nome a esse tijolo básico: quark. Tudo muito bonito, inclusive o nome, tirado do livro Finnegans Wake, de James Joyce. (“Three quarks for muster mark”. Quark, uma das muitas palavras que o escritor inventou, é uma onomatopéia para imitar o som da gaivota.) Mas, na época, não passava de uma bela hipótese. A teoria previa seis tipos de quark – up, down, strange, charm, bottom e top –, mas ninguém havia visto nenhum. Com o passar dos anos, a existência de cinco foi confirmada, mas nada de encontrar o top quark. Em 1995, cientistas do Fermi National Accelerator Laboratory, encontraram a partícula fujona.

Guell-Mann estava certo e mereceu o apelido de “top quark” (algo como “quark maioral”). Os físicos puderam respirar. Suas teorias tinham uma base firme sobre a qual existir.

1995 – O planeta desvendado

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Em 1957, após o lançamento do primeiro satélite, o soviético Sputnik, alguns cientistas perceberam que era possível usar o radiotransmissor de um satélite para localizar uma pessoa com um receptor. O governo americano gostou da idéia e, na década de 1970, começou a construir o GPS, sigla inglesa para Sistema de Posicionamento Global. Uma década e 14 bilhões de dólares depois, o último dos 24 satélites que compõem o sistema foi para o espaço. Desde 1995, qualquer um com um receptor se comunica com os satélites, que calculam a distância do sinal e obtêm sua posição exata com precisão de metros – esteja ele nos Estados Unidos, na Amazônia, no Saara ou na Antártida. Culminava ali uma história de dois milênios que começou no Egito, com o geômetra Eratóstenes calculando o tamanho da Terra a partir da sombra projetada por um bastão. Finalmente cada metro quadrado do planeta estava sob nosso controle.

1996 – Na palma da mão

Em 1949, a revista americana Popular Mechanics fez uma previsão que, na época, soou ousada: “No futuro, os computadores não pesarão mais que 1,5 tonelada”. Ninguém poderia suspeitar, então, que, em março de 1996, chegaria ao mercado um aparelhinho que faz muito mais do que os gigantescos computadores dos anos 50 mas pesa menos de 200 gramas e cabe na palma da mão. Daí o nome: Palm. Finalmente duas necessidades fundamentais do mundo moderno foram conciliadas: computação e mobilidade. O Palm vendeu mais rápido que o videocassete, a TV a cores, o celular e o computador. Onze milhões dessas máquinas já piscam luzinhas pelo mundo oferecendo agenda, calendário, guias, notícias, mapas. O poder da idéia levou Jeff Haekins e Donna Dubinsky, os criadores do Palm, a fundarem, em 1998, a Handspring. Não conseguiram arranhar as vendas do original, mas morderam 15% do mercado, que, este ano, deve ser de 3,7 bilhões de dólares. E pensar que a Microsoft nem colocou suas fichas na mesa.

Na hora que Bill Gates resolver entrar na briga, o mercado será ainda maior. E os computadores, cada vez menores.

1996 – Perfeição em casa

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Em 1995, dez indústrias se uniram e criaram o DVD Consortium, o consórcio responsável pela criação de um formato padrão para o DVD. No final de 1996, os primeiros DVD Vídeos apareceram no Japão. Nos Estados Unidos, eles chegaram no começo de 1997. No final do ano seguinte, já havia um milhão deles nos lares americanos. Também em 1998, o DVD Consortium, rebatizado de DVD Forum, anunciou uma nova tecnologia, o DVD Áudio, que foi apresentada ao mercado no ano seguinte e só está chegando agora ao Brasil. Desde então, ficou possível ter dentro de casa sons perfeitos, que reproduzem sem ruídos cada detalhe de uma música – o CD, se tem sobre as velhas bolachas a vantagem no quesito ruídos, omite várias sutilezas dos sons e fica muito aquém da música executada ao vivo. Também entraram nos lares imagens sem todas as imperfeições e distorções do videocassete. Com a acústica e o monitor adequados, sua sala vira uma sala de concertos ou um cinema. Admirável mundo novo.

1997 – Engenhoca em outro planeta

No final de 1996, duas naves foram lançadas com um objetivo comum: explorar Marte. Verdade que já tínhamos coletado amostras do solo marciano – em 1976, com a missão Viking. Mas, desde então, os cientistas aguardavam o momento de poder utilizar tecnologia avançada para ver de perto a cara do planeta. A Pathfinder pousou em 4 de julho de 1997. A nave carregava o Sojourner, um pequeno carro movido a bateria solar e comandado via rádio da Terra. O Sojourner analisou as pedras e o solo no local do pouso e tirou centenas de fotografias. Além disso, seu “aterrissador”, o veículo que o levou em segurança até a superfície, enviou 16 000 imagens. Ao mesmo tempo, a Mars Global Surveyor, a outra nave lançada em 1996, coletou dados sobre a topografia, a composição, a atmosfera e o campo magnético de Marte. Só em 1997, juntamos mais informações sobre o vizinho vermelho do que em milênios olhando o céu. A ciência terrestre finalmente conquistava outro planeta.

Verdade que amargamos depois dois fracassos: a Mars Climate Orbiter e a Mars Polar Lander, que deveriam ter alcançado Marte em 1998, não conseguiram contato com a Terra e se perderam. Em 7 de abril de 2001, a Nasa lançou sua nova missão, a Odyssey, que chega em terras vermelhas no próximo dia 7 de outubro, se tudo der certo.

1997 – Dolly nasceu. Dolly nasceu

Em 1997, nasceu uma ovelha. O nome dela era Dolly e nada em sua aparência indicava que tivesse algo de especial. Mas tinha. Dolly carregava no núcleo de cada célula um código genético roubado de outra ovelha. Ela era um clone. Até agosto de 1998, Dolly – criação dos escoceses Ian Wilmut e Keith Campbell – foi a única clone de mamífero sobre a Terra. Naquele mês, pesquisadores do Havaí avisaram ao mundo que haviam clonado 50 ratos. Daí para a frente, grupos ao redor do mundo anunciaram o sucesso da experiência com vacas, ratos, porcos, cabras. As aplicações práticas e as possibilidades econômicas da técnica são enormes, mas esbarram em questões éticas ainda maiores. Por exemplo: animais que produzem substâncias importantes no combate a doenças humanas poderão ser clonados para aumentar a produção dessas substâncias. Será pedir demais dos bichinhos? Pior: e quando clonarem pessoas? Alguém vai querer copiar gente de QI alto para aumentar a inteligência da humanidade.

Qualquer um poderá se autoclonar ou copiar algum ente querido morto, fazendo uma espécie de gêmeo temporão artificial. O que você acha disso? Seja qual for sua resposta, a clonagem é uma realidade. Não se volta atrás quando o assunto é avanço do conhecimento.

1998 – Virilidade em pílulas

Injeções, implantes, bombas. Essas eram as alternativas para homens com problemas de disfunção erétil. Humilhação, sensação de inutilidade, de perda da virilidade. Desde o início dos tempos, qualquer homem estava sujeito a isso. Poucas drogas mudaram tanto o humor das pessoas quanto a pílula azul que a Pfizer lançou em 1998. A história começou em 1989, quando o composto UK-92 480 foi testado contra a hipertensão. Os pacientes continuaram hipertensos, mas alguns tiveram ereções logo após ingerirem a droga. Em 1992, os cientistas da Pfizer precisaram tomar uma decisão: deixar o composto de lado ou apostar no efeito colateral. Para sorte de milhões de homens, escolheram a segunda opção. Resultado: a pílula funcionava melhor que os remédios injetáveis, algo que nenhum médico, nem os da Pfizer, imaginava. Em 1998, o Viagra foi aprovado para uso comercial. A impotência, um velho fantasma, não assustava mais.

2001 – O início de uma nova era

Em 1990, o governo americano decidiu começar um programa de 15 anos para decifrar o genoma humano. Em paralelo, programas semelhantes foram iniciados em vários países, inclusive no Brasil, todos trabalhando em conjunto com o programa americano e pagos com dinheiro público. Em 1998, o americano J. Craig Venter criou a Celera Genomics e saiu por aí dizendo que decifraria o que parecia indecifrável em apenas três anos. Começou então uma corrida maluca. Venter cumpriu a promessa e o Projeto Genoma público antecipou-se em quatro anos à previsão inicial. O resultado é a publicação conjunta, pelos dois grupos, do primeiro rascunho do genoma humano, em 12 de fevereiro de 2001. As informações publicadas são a base de uma nova era. A partir dela, será possível desenvolver novos remédios específicos para cada doença e para cada indivíduo (veja o futuro na página 64), entender quais são os genes responsáveis pelo mal e desvendar todos os segredos da vida.

A ciência e a medicina nunca mais serão as mesmas. Nós nunca mais seremos os mesmos.

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