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4 dicas da neurociência para aprender uma língua mais rápido

Com base em conceitos e estudos da neurociência, é possível chegar a alguns conselhos práticos para acelerar o processo de aquisição de uma língua

Por Claudia Gasparini, de Exame.com
Atualizado em 24 abr 2017, 13h41 - Publicado em 24 abr 2017, 12h45

1. Insira seu aprendizado em um contexto

Imagine que você deva dizer em francês a frase “Preciso de um telefone com urgência” em duas situações diferentes: na sala de aula, durante um exercício oral, ou no meio de uma rua escura em Paris, após ter perdido os seus documentos. Em qual momento você exigirá mais do seu cérebro?

A resposta é óbvia. “Quanto maior for a necessidade de compreender uma língua ou se expressar nela, mais veloz será o aprendizado”, diz a neurocientista Carla Tieppo, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É por isso que tantas pessoas se desenvolvem rapidamente num idioma quando moram no exterior. A vida real é muito mais exigente do que as simulações: ou você aprende, ou não sobrevive.

Mas você não precisa necessariamente morar em outro país para ganhar fluência. Basta buscar contexto e necessidade para o aprendizado. Os videogames com áudio em inglês, por exemplo, são um ótimo recurso para esse fim. “Você precisa compreender o que está sendo dito para passar para a próxima fase e continuar jogando”, afirma a professora da Santa Casa. “Isso traz um estímulo muito mais poderoso do que um exercício isolado na lousa”.

2. Assista a um mesmo filme estrangeiro 3 vezes

Outro método simples para impulsionar o seu aprendizado é ver três vezes um filme falado na língua que você está estudando. Na primeira, habilite as legendas em português. Na semana seguinte, veja tudo com legendas no idioma estrangeiro. Na terceira e última vez, dê o play no vídeo sem legendas.

Segundo Carla, essa é uma forma interessante de melhorar o seu processamento auditivo. Na terceira vez que assistir ao filme, sem legendas, você já conhecerá a história e talvez se lembre de vários diálogos.

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Assim, você fará associações entre forma, som e significado, além de treinar o reconhecimento de várias palavras no outro idioma.

3. Ouça (muita) música

Este conselho vale especialmente para quem já teve contato com a língua estudada por meio de canções.

Você adora um determinado artista que canta em francês, espanhol ou inglês, por exemplo? Ao ouvi-lo – especialmente se tiver a letra da música em mãos – é provável que você tente compreender o que ele canta.

Está aí a grande contribuição da música estrangeira para o estudo de línguas, diz Carla. “A perspectiva de finalmente entender uma letra que você nunca entendeu traz muita motivação, que é uma condição básica para o aprendizado”, explica a especialista.

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4. Use expressões na outra língua tanto quanto puder

Outra dica da neurocientista é empregar o idioma estrangeiro com a maior frequência possível na sua rotina – mesmo que seja entre frases em português.

De acordo com Carla, quanto mais você usar a língua em situações do dia a dia, mais rápido irá incorporá-la ao seu repertório – até o ponto em que as palavras sairão automaticamente da sua boca diante de cada acontecimento.

“Se você acha pedante dizer palavras estrangeiras no meio de uma conversa com outro brasileiro, pelo menos faça o exercício mentalmente”, diz a professora. “Ainda assim, falar em voz alta é mais aconselhável, porque permite ouvir a sua própria pronúncia e corrigi-la gradativamente”.

 

Este conteúdo foi originalmente publicado em Exame.com

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