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A ciência segundo Donald Trump

Para começar: o novo presidente dos Estados Unidos não acredita em aquecimento global

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 fev 2017, 19h22 - Publicado em 3 ago 2016, 15h15

Você já conhece Donald Trump, o barulhento e polêmico novo presidente dos EUA. Celebridade da televisão semelhante ao nosso Roberto Justus, Trump deu shows de intolerância religiosa, machismo e racismo – mas seus ataques à ciência não ficam atrás. Aqui vai uma lista das “verdades científicas” segundo o republicano:

1. A mudança climática é uma mentira criada pela China


É isso aí: Trump disse várias vezes que o aquecimento global não passa de um mito. Muito antes de começar a sua campanha presidencial, o candidato afirmou, no Twitter, que a mudança climática é uma “lenda inventada pelos chineses para detonar os EUA”:

Criticado, ele disse à NBC que era só uma piada – mas continuou tuitando a mesma coisa:

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Em janeiro, Trump deu uma entrevista à Fox News, na qual afirmou que os chineses “não estão nem aí” para o aquecimento global, e que eles não pretendem diminuir suas emissões de carbono. Nas palavras do republicano, a China criou o “boato” da mudança climática para enfraquecer a produção EUA – que ainda depende muito de combustíveis fósseis – e, assim, se tornar o país mais poderoso de todos.

De fato, a China é o segundo maior emissor de CO2 do mundo – só fica atrás dos EUA -, mas recentemente assinou o Acordo de Paris, uma resolução para minimizar o impacto causado pelos seres humanos no meio ambiente – particularmente as emissões de carbono. Isso sem falar que os dados mais preocupantes sobre o aquecimento global vêm da própria NASA, que é uma agência americana.

2. Os problemas ambientais não são tão graves


Além da questão climática, Trump não parece se importar muito com os problemas ambientais – de fato, ele sequer sabe quais as instituições do governo que lidam com a questão. Em entrevista à Fox News, ele afirmou que se precisasse cortar algum departamento do governo, o primeiro seria o “Departamento do Meio Ambiente”, o que seria horrível se não fosse cômico: esse departamento não existe. O candidato provavelmente queria dizer “Environmental Protection Agency (EPA)”, responsável pela preservação ambiental e pela qualidade de vida no país. Fora isso, Trump também pretende reabrir o oleoduto Keystone XL, que levava o petróleo do Canadá até o sul dos EUA até ser fechado por Obama em novembro de 2015, justamente por causa do impacto ambiental.

3. Vacinas causam autismo


Vacina dá autismo? A gente já explicou que não – essa lenda surgiu porque um médico chamado Andrew Wakefield publicou um estudo sem nenhum embasamento científico, “comprovando” que a vacina da tríplice viral tinha ligação com o autismo. Mas Trump insiste que sim. Em um debate em setembro do ano passado, ele disse: “Outro dia, a linda filha dos meus empregados foi tomar vacina e voltou para casa com febre, ficou muito doente e agora é autista”. De novo: essa história não passa de uma lenda, e um candidato à presidência afirmá-la pode ser muito perigoso, já que não se vacinar pode contribuir para o retorno de epidemias como a do sarampo, que rolou no ano passado nos EUA.

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4. A exploração espacial não é importante


Trump afirma que não acha a exploração espacial tão importante assim. Em novembro de 2015, um menino de 10 anos perguntou o que ele achava da NASA, e recebeu a resposta: “O espaço é incrível, mas agora, nós temos problemas maiores. Você entende isso? Precisamos consertar as coisas por aqui. Não temos dinheiro”. A NASA, no entanto, é uma das agências mais lucrativas dos EUA – US$ 10 a cada US$ 1 investido, o que ajuda a movimentar a economia nacional. Fora que, atualmente, o incentivo federal à agência é de apenas 0,4% do orçamento total do governo – enquanto o Departamento de Defesa usa 12,6%, o suficiente para pagar por 29 NASAs.

5. Dormir é superestimado 


O republicano confessou que detesta dormir: “Eu gosto de dormir umas três, quatro horas, para mim é o suficiente”. Muitas pesquisas – que a SUPER já mostrou – mostram a ligação entre mais horas de sono e um pensamento mais racional, a um maior controle emocional e a uma memória melhor. Só para dar um exemplo, um estudo da Universidade de New South Wales, na Austrália, mostra que se você ficar 18h sem dormir, já começa a sentir os efeitos negativos – falta de atenção, perda de memória e irritação.

Texto atualizado às 10:54 de 09/11/2016

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