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Árvores provavelmente dormem mais que você

Pela primeira vez, cientistas conseguiram registrar árvores dormindo — e perceberam que essa soneca dura a noite toda

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 mar 2018, 17h44 - Publicado em 20 Maio 2016, 15h30

Elas não roncam, mas mudam de posição e relaxam durante a noite — sim, as árvores também dormem. Em um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Ecológica de Tihany, na Hungria, um grupo de cientistas observou que os galhos ficam mais caídos no período noturno, como se elas dessem uma bela descansada enquanto o sol não está por perto.

Para estudar a soneca vegetal, os pesquisadores queriam medir o quanto os galhos relaxam para baixo. O problema é que usar uma câmera com flash estava fora de questão, porque a luz poderia influenciar os resultados. Por isso, eles escanearam com laser duas árvores no escuro em intervalos de dez minutos, desde o por do sol até o amanhecer.

Todo o processo foi feito com muito cuidado para que nada além da luz do sol interferisse no estudo: eles escolheram árvores em lugares com climas bem diferentes — uma na Austrália, outra na Finlândia —, realizaram o experimento na noite do equinócio (data em que o dia tem a mesma duração que a noite) e evitaram lugares com vento e chuva.

Comparadas, as 154 imagens, 77 para cada árvore, mostraram que os galhos ficaram 10 cm mais caídos durante a noite, e voltaram ao normal assim que os primeiros raios de sol surgiram no horizonte. É como se a planta ficasse dormindo a noite toda e só acordasse de manhã (muito mais do que nós, humanos).

A principal explicação do sono vegetal é que as árvores fazem isso para economizar energia. Claro: elas só precisam funcionar de dia, quando fazem a fotossíntese, seu processo de alimentação a partir da luz solar e da água. Quando está escuro e, consequentemente, não rola fotossíntese, a pressão dentro das células vegetais diminui. Isso faz com que os galhos fiquem menos firmes e cedam ao próprio peso, relaxando para baixo. Mas de dia, as folhas voltam à atividade e levantam os galhos para alcançar o máximo possível de luz.

É a primeira vez que alguém consegue mostrar, em imagens, que os ciclos diários provocam uma mudança na posição dos galhos. Mas os cientistas ainda não sabem se as árvores são acordadas pelo seu próprio ritmo interno ou pelo sol. É isso que eles pretendem investigar nos próximos passos do estudo: comparar os movimentos dos galhos durante o dia e à noite, para ter certeza de que o relaxamento só acontece na ausência de luz — e testar a teoria da soneca em outras espécies vegetais.

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