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Café não te deixa acordado? A resposta pode estar no seu DNA

Você gosta de café ou acha amargo demais? Segundo pesquisas recentes, não é uma questão de costume. Isso está escrito no seu código genético

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 5 nov 2018, 19h49 - Publicado em 5 nov 2018, 19h21

Seja pela manhã ou depois do almoço, o café é parte da rotina do brasileiro. Não à toa, o Brasil é o segundo maior consumidor da bebida no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.

No entanto, nem todos são chegados em um expresso. Dos que reclamam do seu gosto amargo aos que afirmam que o café não os estimula, as opiniões são diversas.

Recentemente, estudos científicos se debruçaram sobre os efeitos do café (mais especificamente, da cafeína) no nosso corpo e descobriram que a origem para essas opiniões tão divergentes sobre a bebida não são uma questão de cultura, mas sim o nosso código genético.

Combustível para acordar

Um dos principais motivos para tomar café é o de que ele consegue nos manter acordado. E funciona: a cafeína age no sistema nervoso central (SNC) como um estimulante – o que o torna a bebida favorita nos escritórios mundo afora.

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Nos receptores do cérebro, a substância bloqueia a chegada da adenosina, que diminui a atividade do SNC quando estamos prestes a dormir, por exemplo. Ao barrá-la, a cafeína faz com que o nosso corpo fique em alerta.

Mas por que algumas tomam café e, mesmo assim, continuam com sono? Para a pesquisadora Marilyn Cornelis, da Universidade Northwestern, nos EUA, há uma série de fatores genéticos que influenciam como o corpo irá responder a cafeína. “São esses fatores integrados que nos ajudam a auto-regular a ingestão de cafeína” disse, em entrevista para o site da National Geographic.

Quanto mais tempo a cafeína passa dentro do nosso corpo, maiores serão seus efeitos. Quem faz essa regulagem é o metabolismo de cada indivíduo, que, se tratando da cafeína, de acordo com a pesquisadora, fica a cargo de dois genes: o CYP1A2 e o AHR.

Enquanto o primeiro produz a enzima responsável por metabolizar a cafeína ingerida, o segundo controla essa produção. Em outras palavras, quem possui um sistema desses altamente eficaz não vai sentir tanto os efeitos da cafeína  – e talvez precise encontrar outros meios para vencer o sono pós-almoço.

Ruim e amargo?

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), cada brasileiro consome, em média, 5 kg de café por ano, o equivalente a nada menos do que 81 litros de café. Mas não é todo mundo que cai de amores por um “pingado” da padaria.

Contudo, o gosto pelo sabor do café também pode ter uma explicação genética. Um estudo do Monell Center, que realiza pesquisas sobre sensações, gostos e cheiros, na Filadélfia, colocou consumidores de café para analisar a atividade de genes já conhecidos na percepção de sabores amargos.

O grupo foi dividido em dois e ambos tiveram que experimentar cafeína pura. Dentre os resultados, os cientistas observaram que os tais genes eram mais ativos em quem consumia mais café diariamente.

Ainda é cedo para chegar a um resultado definitivo, mas estudos como esses apontam que a variabilidade genética, que influencia na atividade de genes responsáveis pela percepção de sabores, pode atuar no gosto (e na sensibilidade) pelo amargo da bebida. Pode continuar adoçando o seu café.

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