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Campo magnético, ele está entre nós

No corpo humano, há minúsculos campos magnéticos que estabilizam as moléculas.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 31 jan 2000, 22h00

Meire Cavalcante

Ninguém é de ferro, diz o ditado, mas no fundo todo mundo tem um pouco de magnetismo. As centenas de trilhões de moléculas que formam o corpo humano são, na verdade, grandes conjuntos de ímãs. As moléculas contêm elétrons com carga elétrica negativa e prótons com carga elétrica positiva. Enquanto giram em torno do núcleo, os elétrons criam minúsculos campos magnéticos que dão estabilidade e equilíbrio às moléculas. A Medicina descobriu como usar essas propriedades para criar um dos exames mais precisos de diagnóstico por imagem, a ressonância magnética (veja o quadro).

Além dessa atração vital, especula-se que os seres humanos tenham uma bússola interna. Em 1980, o pesquisador inglês Robin Baker fez uma experiência na qual vendou os olhos de dois grupos de estudantes. Pediu, então, a eles que apontassem onde estava a universidade. Os que levavam junto à venda um pequeno ímã erraram mais que o outros. Essas conclusões, porém, são muito contestadas pelos cientistas. “Isso seria ótimo, mas, por enquanto, o melhor que podemos fazer é olhar a bússola”, ironiza o fisiologista Ronald Ranvaud, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

Choque de mentirinha

Você já levou um choque ao bater o cotovelo? Pois foi só impressão. O ser humano não é como o Electro (foto) – o vilão das histórias do Homem-Aranha que sai por aí atirando raios em seus inimigos. Na realidade, não há choque nenhum. É que o cérebro reconhece cinco tipos de sensações: dor, temperatura, tato, pressão e equilíbrio. Quando você leva um choque ou quando uma pancada dessas acontece, o cérebro classifica as duas como se fossem a mesma coisa. “A sensação de choque é um tipo de sensibilidade dolorosa”, explica Wanderley Cerqueira de Lima, neurocirurgião do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Não há eletricidade nesse processo. É tudo uma peça que o cérebro nos prega.

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As ondas do pensamento

O cérebro também usa eletricidade para funcionar.

As informações viajam dentro das células cerebrais, chamadas neurônios, por meio de eletricidade.

Ao passar de um neurônio para outro, são convertidas em impulsos químicos, com substâncias chamadas neurotransmissores. Quando chegam ao outro neurônio, voltam a se transformar em eletricidade, atingindo uma velocidade de até 450 quilômetros por hora.

Imagens magnéticas

A ressonância magnética – um dos mais eficientes métodos de diagnóstico por imagem – funciona porque cria um campo magnético forte o suficiente para mexer com as moléculas do corpo humano. Esse campo é cerca de 25 000 vezes mais forte que o da Terra.

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A intensidade, porém, só é suficiente para influenciar o comportamento dos átomos de hidrogênio. Além de leves e simples, eles compõem a água, que forma a maior parte do corpo humano. Quando o campo magnético oscila sobre o paciente, eles se alinham na mesma direção. Essa movimentação é traduzida com a ajuda de um programa de computador em uma imagem colorida. As doenças são diagnosticadas porque em torno do processo inflamatório e dos tumores acumula-se água, mostrando onde está a doença.

Quem sabe é super

No século XVIII, o médico alemão Franz Anton Mesmer tentou curar doenças com ímãs, mas parou quando foi chamado de charlatão.

Ligações nada perigosas

Muita gente acredita que o uso prolongado do telefone celular ou a exposição contínua a fortes campos eletromagnéticos podem causar sérios problemas de saúde, como o câncer ou a catarata. “Não existe nenhuma comprovação científica de que as ondas eletromagnéticas do celular possam prejudicar a saúde”, esclarece Emiko Okuno, biofísica da USP. “Elas não são radiativas, pois não roubam elétrons do corpo.

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A oscilação dessas ondas faz com que ocorra uma agitação das moléculas de água existentes no corpo humano, provocando um aquecimento de apenas 0,12 grau Celsius após uma exposição de 30 minutos. O rosto é a região que mais esquenta, pois possui muitos vasos sanguíneos e está mais próximo dessa oscilação. Mas não há nenhum indício de que isso faça mal.

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