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Cientista que diz que carne processada dá câncer vai continuar a comer bacon

Um dos líderes do estudo da OMS, o professor australiano Bernard Stewart, disse que a recomendação não é parar de comer carne processada —é reduzir

Por Ana Luísa Fernandes
Atualizado em 8 mar 2024, 11h08 - Publicado em 28 out 2015, 17h00

A OMS declarou nesta segunda-feira que carnes processadas como presunto, salsicha e bacon podem causar câncer. O segredo para se manter saudável, como explica Bernard Stewart, é a moderação: “Para aqueles que estão comendo carne processada muito regularmente, vamos dizer, mais de cinco dias por semana, são essas pessoas que devem substituir esses alimentos com peixe ou até com alguma refeição vegetariana”. Ele completa: “Eu também gosto de salame, bacon e bife, ocasionalmente”. Os alimentos foram colocados no grupo 1, ou grupo dos carcinogênicos para humanos. Nele, se encontram também os cigarros, fato que gerou uma onda de preocupação entre os fãs dos processados. Não é para menos, afinal, o tabagismo mata mais de 5 milhões de pessoas por ano.

Acontece que o sistema de classificação da OMS é bem impreciso. Para ter uma ideia, no mesmo grupo 1, está a luz do Sol. Os grupos colocam juntos todos os agentes que possuem o mesmo grau de evidência, ou seja, o quão confiantes estão os especialistas que determinados fatores e produtos podem levar uma pessoa a desenvolver câncer. A evidência que carne processada é carcinogênica é grande, assim como a do cigarro, da radiação solar, da poluição atmosférica e das bebidas alcoólicas -todos estão no grupo 1. 

Isso não quer dizer que carne processada mata tanto quanto cigarro. Nos Estados Unidos, as chances de uma pessoa ter câncer colorretal são de aproximadamente 4,5%. De acordo com a OMS, se ela comer uma porção de 50 gramas de carne processada por dia, o que dá mais ou menos duas fatias de presunto, essa chance aumenta em 18%. Ou seja, vai de 4,5% para 5,3%. Nem de longe esses dados se comparam com os do cigarro: nesse caso, os fumantes possuem chances até 30 vezes maiores de desenvolver câncer de pulmão do que os não fumantes.

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No total, são cinco categorias. Para entrar na primeira, o produto ou fator tem que, comprovadamente, causar pelo menos algum tipo de câncer em humanos, como é o caso da carne processada. No grupo 2A, em que entrou a carne vermelha, ficam os que provavelmente são carcinogênicos. Existem evidências suficientes em animais, mas limitadas em humanos. Além da carne vermelha, estão presentes alguns pesticidas, como o DDT e o glifosato. Já as outras três categorias são ainda mais incertas, e envolvem café, chá e campos magnéticos.

 

 
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