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Cientistas desvendam mecanismo que nos permite reconhecer rostos

Estudo consegue reproduzir as imagens que macacos criam ao enxergar faces humanas - usando somente os estímulos elétricos dos cérebros deles

Por Guilherme Eler
14 jun 2017, 21h38

A mágica acontece é uma área específica do cérebro: o lobo temporal inferior. Por lá, as diferentes faces que enxergamos todos os dias são reconhecidas a partir de um processo complexo. É esse mecanismo que te torna capaz de perceber que sua namorada mudou de cabelo ou reparar que o colega de escritório deixou o bigode crescer, por exemplo. Apesar disso, o funcionamento de tais células especialistas nunca tinha sido investigado a fundo.

Para elucidar a questão, pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia combinaram o uso de ressonância magnética à análise do comportamento de neurônios do cérebro de macacos (Macaca mulatta).

Em um experimento, testaram como os bichos reagiam a fotos de mais de 2 mil rostos humanos. Os cientistas marcaram, em cada rosto, pontos que ajudariam a determinar cerca de 50 diferentes características. Aqui entram desde fatores mais gerais como a cor dos olhos ou o tom de pele até outros específicos – como a distância entre os olhos, tamanho do nariz e etc. Tudo para entender quais aspectos físicos ativavam mais ou menos os neurônios ligados ao reconhecimento de rostos.

Quando a imagem de um rosto atinge nossa retina, ela instantaneamente se transforma em um impulso elétrico. O maquinário envolvido no reconhecimento de faces, tanto em nós quanto nos símios, é formado por seis grupos de neurônios especialistas, posicionados no córtex, logo atrás das orelhas. Eles são chamados de “células do rosto” exatamente por responderem de forma mais intensa às faces do que qualquer outro objeto. Segundo os cientistas, apenas 205 neurônios já dão conta do processo.

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Utilizando eletrodos finíssimos, eles conseguiram entender exatamente como os traços do rosto são codificados. Mas, mais do que isso, se lançaram em uma difícil tarefa: recriar com precisão as faces que os macacos estavam observando – se guiando apenas pela forma como suas células reagiam aos estímulos elétricos.

A diferença entre os rostos recriados e os originais foi mínima, surpreendentemente próxima do real – como você pode observar neste link.

Segundo os pesquisadores, as células cerebrais se comportam como experts. E tudo funciona na base da cooperação, com uma complementando as informações conseguidas pela outra.

Certos grupos de células ficavam mais ou menos ativados quando eram estimuladas a partir de este ou aquele ponto. Alguns neurônios, por exemplo, se atentavam mais à distância dos olhos e o cabelo, outras focavam no contorno dos olhos e boca. E só a reunião de todas as informações acumuladas conseguem construir a imagem de cada rosto existente. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica Cell.

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