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Cientistas têm nova explicação para suposto sinal extraterrestre

Conhecido como Sinal Wow, ele foi captado em 1977 - e ainda gera muitas dúvidas entre os astrônomos

Por Ana Luísa Fernandes
Atualizado em 11 mar 2024, 08h46 - Publicado em 18 jan 2016, 14h30

O sinal Wow!, capturado em 1977 pelo radiotelescópio Big Ear, ainda é um dos maiores mistérios da cosmologia. O Big Ear, que trabalhava para o projeto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), interceptou uma transmissão de 1420 megahertz, frequência que penetra facilmente na atmosfera terrestre. A possibilidade de ser algum sinal emitido da própria Terra, rebatido por um satélite, foi descartada: não havia nenhum objeto na mira do radiotelescópio. Para muitos entusiastas da busca por vida extraterrestre, foi um contato realizado por aliens. Acredita-se que a emissão seria exatamente o tipo de transmissão realizada por uma civilização avançada, pois ela se destaca das ondas provenientes do espaço. O astrônomo Jerry Ehman, que detectou a transmissão, ficou tão fascinado que escreveu “Wow!” ao lado dos números nos quais registrou as variações de intensidade do sinal. E o nome pegou.

Agora, o pesquisador Antonio Paris, da Universidade de São Petersburgo (que, apesar do nome, fica na Flórida), quer provar que o sinal nada mais foi que a passagem de um ou mais cometas.

A explicação para a hipótese, segundo Antonio Paris, é que cometas liberam muito hidrogênio quando passam perto do Sol. Eles são compostos principalmente por metano, amônia, dióxido de carbono e água, tudo congelado. O calor do Sol esquenta essa água, criando uma nuvem de hidrogênio que se estende por milhões de quilômetros. Se houvesse cometas passando em frente ao Big Ear, o gás poderia ter gerado um sinal de curta duração, de exatamente 1.420 megahertz, que é a frequência do hidrogênio. Esse número foi escolhido como um “parâmetro”: imagina-se que qualquer civilização que tenha conseguido desenvolver tecnologia de emissão de ondas de rádio tente se comunicar com alguma frequência parecida com a do elemento mais abundante do Universo. 

O astrônomo já tem dois possíveis candidatos para os cometas que realizaram a transmissão: 266P/Christensen and P/2008 Y2. Como nenhum dos dois era conhecido nos anos 70, ninguém pensou em procurá-los. Para tentar provar que foram eles os responsáveis, os cientistas vão ficar de olho no espaço quando ambos voltarem. O 266P/Christensen vai aparecer no dia 25 de janeiro de 2017 e o P/2008 Y2 em 7 de janeiro de 2018. Se a análise do rastro de hidrogênio bater com a do Wow!, os cientistas terão provado sua tese.

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Alguns pesquisadores estão céticos. Para eles, não está claro se os cometas liberariam tanto hidrogênio a ponto de gerar um sinal com a intensidade do Wow!

 

Leia mais: Os 7 maiores mistérios do universo: “Há vida fora da Terra?”

 
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