Os cientistas sabiam que ela existia – seria uma espécie de cola molecular, presente no corpo humano, capaz de manter as células unidas umas às outras. Faltava, porém, saber direito que cara essa substância teria. Por isso, uma equipe da Universidades de Oxford, na Inglaterra, está comemorando: os pesquisadores conseguiram pela primeira vez, desenhar a arquitetura da chamada molécula de CD2. é está cola que gruda, por exemplo, os linfócitos T de defesa aquela células do organismo atacadas por invasores.
A substância colante também está relacionada com o entupimento dos vasos sanguineos: um excesso de CD2 prende muitos globulares brancos nas paredes do vaso, favorecendo o acúmulo de gordura. Desvendar todos os detalhes de uma molécula presente no organismo humano é uma proeza que costuma consumir tempo. Os cientistas ingleses gastaram quase dois anos até chegar ao desenho perfeito da CD2. Ele deve servir de modelo para a indústria farmacêutica copiá-lo, sintetizando a substância. Assim, será possível entender melhor o funcionamento da cola, que talvez possa ser aplicada contra o câncer. A idéia, no caso, é grudar as células cancerosas e mantê-lo confinadas, antes que elas se espalhem pelo corpo.