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Como a vida surgiu?

A hipótese famosa era a da sopa de proteínas. Descoberta de organismos semelhantes às bactérias, no entanto, mostram que ela pode ter se originado em condições mais extremas

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h49 - Publicado em 31 ago 2003, 22h00

Thiago Lotufo

No princípio, dizem, era o verbo. Mas era também um substantivo: sopa. A famosa sopa de proteínas que teria dado origem à vida. A tese foi proposta em 1936 pelo bioquímico russo Aleksandr Oparin e explicava o surgimento dos seres vivos a partir dos aminoácidos, moléculas simples que formam as proteínas. Oparin acreditava que a atmosfera primitiva da Terra era composta por metano, amônia, hidrogênio e vapor d’água, e que na presença de altas temperaturas, descargas elétricas e radiação ultravioleta, os gases originaram os aminoácidos. Estes, por sua vez, submetidos a aquecimento prolongado, formaram proteínas que foram arrastadas para os mares pela chuva. Na água, o choque contínuo entre elas deu origem a moléculas maiores (os coacervados) que conseguiram se organizar em células e se replicar. Simples, não? Nem tanto. Isso porque pesquisas das últimas décadas mostraram que a atmosfera original não era igual à imaginada pelo russo – não tinha nem amônia nem metano.

SISTEMAS INORGÂNICOS

Assim, outras linhas de estudo surgiram. E uma das mais recentes afirma que os seres vivos começaram de “sistemas inorgânicos” e não de moléculas orgânicas como os aminoácidos. Estes sistemas seriam formados por ferro e sulfito (sal sem oxigênio que contém enxofre) aglutinados como pequenos compartimentos de rocha. Nestes compartimentos os compostos sulfúricos se concentraram e aceleraram as reações químicas que produziam moléculas complexas, como as proteínas e o material genético. Ou seja, os sistemas inorgânicos antecederam as moléculas orgânicas e incubaram a vida.

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Quando, porém, teria surgido o primeiro ser vivo? Há mais de três bilhões de anos provavelmente. E talvez não tenha vindo nem de uma sopa nem de um sistema não-orgânico. Mas de seres estranhíssimos batizados de archaea, que são micróbios diferentes das bactérias e capazes de sobreviver em condições extremas de temperatura e pH. Os archaea já foram descobertos em cavernas e se alimentam de hidrogênio, compostos sulfúricos, manganês e outros metais, e não realizam fotossíntese. Por esta característica, cientistas acreditam que eles podem ter constituído a base da vida oxidando derivados de enxofre, metano, ferro e outros metais.

 

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