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Como fica o cérebro de quem está com a cabeça nas nuvens

Quem sonha acordado não perde controle sobre os próprios pensamentos – a rede de controle do cérebro continua ativa durante os devaneios

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
13 abr 2017, 18h03

Você está tranquilo na janela do ônibus quando sua música favorita começa a tocar nos fones de ouvido. Não dá outra: a paisagem vira um clipe digno da década de 80, e aviões pendurados em baleias como este aí em cima começam a cruzar os céus em meio aos prédios. Aí, claro, você perde o ponto e vai parar do outro lado da cidade. Ou tropeça em alguém. Ou só esquece do relatório que tem para entregar no dia seguinte.

Por causa dessas e outras, ser um distraído com propensão a viajar na maionese nunca foi considerado uma virtude – nem por mães, nem por patrões em entrevistas de emprego. Agora, a redenção chegou. Pesquisadores do Instituto Max Plank, na Alemanha, conseguiram usar máquinas de ressonância magnética para acompanhar ao vivo o que acontece no cérebro de quem devaneia. E descobriram que essas pessoas realmente funcionam em outra frequência. O artigo científico está disponível online.

“Nós descobrimos que, no cérebro de pessoas que deixam a própria mente perder o foco de propósito, o córtex é mais espesso na região pré-frontal [responsável por te fazer pensar e agir de acordo com seus objetivos, e associada pela neurociência à personalidade]”, afirmou à imprensa Johannes Golchert, líder do estudo. “Além disso, nessas ocasiões duas redes do cérebro se sobrepõem de forma significativa: uma é a padrão [default], que fica mais ativa quando estamos com a atenção voltada para dentro, puxando informações da memória. Outra é a frontoparietal, que estabiliza nosso foco e inibe estímulos irrelevantes.”

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Em outras palavras, quando você está sonhando acordado seu cérebro não perde totalmente a noção, e continua com o “síndico” de olho nos pensamentos com a mesma eficiência que ele acompanha o que ocorre fora do corpo. Ou, nas palavras de Golchert: “neste caso, a rede frontoparietal não chega a distinguir a concentração no mundo exterior, no ambiente, e no mundo interior, nos pensamentos. Nas duas situações a rede de controle está envolvida.”

Conclusão? Devaneios não são tão ruins assim – e se usados com moderação e consciência, podem te ajudar muito com a criatividade e o raciocínio no dia a dia. 

 

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