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Como os gatos conquistaram a Terra

Apesar de milênios de domesticação, os gatos ainda são caçadores selvagens dentro dos nossos lares. Entenda como eles se tornaram o bicho favorito do homem

Por Guilherme Castellar
Atualizado em 9 fev 2021, 19h50 - Publicado em 16 fev 2017, 16h16

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Um camponês egípcio ajudava um time de arqueólogos em suas escavações. Em meio a ruínas de um templo de mais de 3 mil anos, cavou um buraco na maior caixa de areia do mundo. E se deparou com gatos. “Não um ou dois, aqui e ali, mas dezenas, centenas, centenas de milhares… Uma camada de gatos, formando um estrato mais grosso que a maioria dos veios de carvão, com dez a 20 gatos de profundidade. Múmia espremida contra múmia apertada, como arenque em um barril.” Essa cena narrada pelo historiador britânico William M. Conway diz respeito à descoberta de um cemitério de gatos em Beni Hasan, perto do Cairo, em 1888.

Hoje soa bizarro, mas no Egito de 3 mil anos atrás mumificar e enterrar gatos em sarcófagos era sinal de amor e veneração. Os egípcios até tinham uma deusa-gato: Bastet, símbolo da fertilidade, maternidade e da sexualidade feminina. Foi para ela que os bichinhos acabaram sacrificados. Milhares de anos depois, os gatos ainda mantêm o prestígio conquistado no Egito e um certo domínio sobre os homens. Abrimos nossas casas para eles, isso sem pedir muita coisa em troca além de companhia. Mas nem sempre foi assim. Ao longo da relação, a humanidade amou e perseguiu o pequeno felino, em uma trama ao mesmo tempo sagrada e profana, que você verá nas próximas páginas.

Sagrados

Os gatos entraram na história da humanidade para nos proteger dos ratos. Entre 13 mil e 11 mil anos atrás, homens e mulheres começavam a viver o sonho da casa própria. Nasciam a agricultura e os primeiros assentamentos urbanos, no Crescente Fértil, área que abraça pedaços do que hoje chamamos de Egito, Palestina e Israel, estendendo-se até o sul do Iraque. A ideia agradou aos roedores, atraídos pelo alimento armazenado. E atrás deles vieram pequenos felinos selvagens. Começava ali o jogo de gato e rato – e de gato e Homo sapiens.

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Para esses primeiros agricultores, os minitigres foram uma dádiva divina. Um serviço de controle de pragas eficiente e gratuito. Logo, passamos a alimentá-los, como uma forma de encorajar os gatos a ficar por perto. Esses felinos que se deram bem com os primeiros assentamentos humanos eram diferentes dos de hoje. Faziam parte de outra espécie, a Felis silvestris (gato selvagem). Eles estão para os gatos de hoje assim como os lobos estão para os cachorros. A versão silvestre é maior, mais arredia, com cara de poucos amigos e garras mortais contra os inimigos.

Uma análise do DNA de quase mil gatos selvagens e domésticos feita por pesquisadores da Universidade de Oxford, em 2007, revelou quem foi esse “neandertal” dos gatos modernos. Mostrou que todas as raças de bichanos de estimação são descendentes de uma única subespécie: o gato selvagem africano (Felis silvestris lybica), um primo menor dos leões e guepardos que vive até hoje no norte da África e no Oriente Médio. Nisso, a biologia confirmou a arqueologia: estava provado que os gatos modernos surgiram junto com as nossas primeiras cidades, que ocupavam justamente o habitat do Felis silvestris lybica.

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A proximidade com a civilização amansou o gato silvestre africano. Os indivíduos mais sociáveis entre os que vinham comer os ratos das nossa aldeias eram os que ganhavam mais carinho e comida. Esses passaram a viver mais, a deixar mais descendentes que os felinos ariscos, e em alguns milhares de anos deram origem a uma espécie nova, bem diferente da silvestris: o Felis catus, nosso gato doméstico.

Esse processo de seleção artificial tornou o gato doméstico menor que o selvagem, provavelmente porque os animais que se aninhavam melhor no colo dos donos venceram a corrida evolutiva. O cérebro também diminuiu, igual aconteceu na transição do lobo para o cachorro, já que a vida entre quatro paredes requer menos habilidades cognitivas que a correria da selva. Mesmo assim, o gato doméstico se manteve surpreendentemente selvagem na essência, como vamos ver mais adiante.

O cérebro pode ter diminuído, mas a inteligência deles aumentou num aspecto fundamental. Ao longo dessa evolução, eles aprenderam uma habilidade com a qual seus ancestrais selvagens nem sonhavam: comunicar-se com humanos. É por essa via que a domesticação realmente se manifesta. A vocalização é naturalmente valorizada pelos humanos. Os gatos que sabiam miar com jeitinho para pedir comida viraram os favoritos dos nossos antepassados. O Felis catus, então, surgiu como um comunicador nato, fazendo do miado o seu jeito de puxar papo com o dono. Não é que os gatos selvagens não miem, mas os domésticos fazem sons suaves que agradavam mais à nossa audição. Mesma coisa com o ronronar, que lhes garante nossa simpatia.

Essa comunicação, ainda que miada, criou um vínculo afetuoso tão firme que, num momento importante da história da humanidade, os gatos se tornaram mais do que pets desratizadores. Eles viraram deuses.

Do Egito para o mundo

Os primeiros registros históricos sobre a domesticação dos gatos vêm do Egito. Um deles é uma pintura de 2 mil a.C., uma época em que as pirâmides ainda tilintavam de tão novas: uma pintura de um gato de estimação se deliciando com um peixe sob a cadeira da esposa de um nobre.

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A amizade virou adoração religiosa por volta de 600 a.C., quando os egípcios passaram a representar a deusa Bastet com a cabeça de um gato, em vez da de um leão. Foi aí que começou o sacrifício dos gatinhos, mencionado lá no início. Em um único templo, foram encontradas 300 mil múmias felinas. Acharam tantas delas em escavações do século 19 que muitos desses restos milenares acabaram vendidos como fertilizante – um único navio zarpou com 19 toneladas do produto para a Inglaterra.

As múmias felinas surgiram por questões meramente econômicas: eram mais baratas que as estátuas de bronze, oferendas tradicionais da nobreza. E a produção se dava em escala industrial. Os gatos cresciam em espaços confinados. Até filhotes viravam múmias. Todas vendidas já prontas, na porta dos templos.

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Essa obsessão incondicional aos gatos cultivada pelos egípcios não passou batido para mercadores e viajantes. Foi pelas mãos deles que os bichanos começaram a conquistar o mundo cruzando o Mediterrâneo, por volta de 500 a.C. Ao longo dos séculos, foram ampliando seus domínios. Eram marujos disputados, pois ajudavam a proteger o alimento embarcado nos navios mercantes.

Na Europa, foram muito bem recebidos, principalmente pelos gregos. Na Grécia Antiga, os felinos exerceram um magnetismo espiritual quase na mesma medida que no Egito. O culto à deusa-gato Bastet acabou importado pelo helênicos depois que Alexandre, o Grande, conquistou a terra dos faraós, em 332 a.C. Como gregos colecionavam divindades em sua mitologia, eles se encantaram com Ísis, a deusa-mãe dos egípcios, que representa o amor fraternal. Então reescreveram o mito com suas próprias palavras, e nos séculos seguintes Ísis foi associada a Bastet e ganhou outro nome: Bubastis. Ísis, inclusive, está na origem da mística do gato preto. Naquela época, o preto representava a noite, não tinha nada a ver com o demônio ou com o azar. E como foi Ísis quem criou a noite, o preto era a sua cor.

Bubastis e os gatos de verdade avançaram pela Europa junto com o Império Romano, que assimilou para si quase toda a mitologia grega. Tanto mito quanto bicho foram abraçados pelos celtas, que viviam na Europa desde bem antes do domínio de Roma. Curandeiras celtas, que mais tarde passariam a ser conhecidas como “bruxas”, passaram a viver rodeadas de gatos, dada a força mitológica do bichinho. Só tinha um problema: nesse amor bruto e bruxo, os bichanos continuaram a ser sacrificados. Uma tradição celta dizia que matar os pequenos felinos trazia bom agouro. Enterrar um deles em um campo recém-semeado, por exemplo, podia assegurar a colheita, acreditavam. Essa fantasia cruel, inclusive, continua viva. Até hoje os moradores da cidade belga de Ypres comemoraram o Festival dos Gatos. E parte da festa consiste em atirar gatos de pelúcia de uma torre. Os brinquedos substituem os gatos de verdade, que foram usados até 1817 – os cidadãos de Ypres acreditavam que os gritos dos animais espantavam os maus espíritos.

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Mas esses rituais macabros são só uma parte da história. Os gatos eram valiosos na Idade Média também – ainda não havia forma mais eficiente de matar ratos, afinal. No País de Gales do século 10, um gato custava tão caro quanto uma ovelha ou uma cabra – animais valiosos, já que produzem comida e vestimenta. Em caso de divórcio, o marido podia levar um gato da casa, e o restante ficava com a mulher. Na Saxônia, Alemanha, a política sanitarista antirrato, e pró-gato, era clara: matar um gato dava multa de 60 alqueires de grãos (1,5 tonelada). Mas a relativa paz felina duraria pouco, porque eles estavam prestes a ganhar um inimigo mortal: a Igreja Católica.

Profanos

O pintor italiano Domenico Ghirlandaio (1449-1494) fez duas versões muito parecidas da Última Ceia. Na segunda, pintada em 1842 para a Igreja Dominicana de São Marcos, em Florença, mudou um detalhe atroz: tirou o saco de moedas que Judas carregava e postou sentado ao seu lado um gato cinzento. Em vez das 30 moedas de prata que Judas recebeu para entregar Jesus, era o felino que assumia a simbologia do engano e da traição. Retrato de uma época em que ser gato virou maldição.

A semente para o ódio contra os felinos tinha sido plantada bem antes. Começou quando o cristianismo teve a ambição de se tornar a única religião da Europa. O Império Romano tinha como política a tolerância religiosa. Os povos dominados tinham uma certa liberdade para seguir com seus cultos. Mas no século 4, quando o cristianismo se tornou a religião oficial do Império, tudo mudou. A Igreja Católica Apostólica Romana proibiu cultos pagãos e deu início a séculos de obscurantismo e perseguição, inclusive aos felinos. Em alguns lugares, principalmente nas áreas rurais, mais influenciadas pela pregação cristã, o gato passou a ser associado à má sorte e à bruxaria. A imagem da deusa céltica Cerridwen, que usava capas, fazia poções em caldeirões e se metamorfoseava em felinos, se tornava um arquétipo do mal.

Ainda assim, os gatos mantinham seu status nas casas medievais, mas a coisa ficaria feia para o lado deles a partir de 1233. No dia 13 de junho, o papa Gregório 9º publicou a bula Vox in Rama, que associava o gato a Satã. Milhões de animais foram torturados e queimados na fogueira, junto com centenas de milhares de mulheres acusadas de serem bruxas. A radicalização pretendia eliminar de vez os cultos pagãos que ainda existiam. E também foi uma reação a um culto relativamente novo que a Igreja não bicava: o Islã, que amava os gatos. Maomé teve até uma gata malhada de estimação chamada Muezza, talvez uma angorá ou abissínia.

O felinicídio só não foi completo porque, cristãos ou pagãos, todos ainda dependiam dos gatos. Eles eram essenciais numa época em que não existia saneamento básico e as ruas cheiravam a lixo e fezes. Há quem diga que a brutal redução da população de gatos pode ter aberto caminho para a Peste Negra, a pandemia de peste bubônica que assolou o mundo no século 14 e dizimou 70 milhões de pessoas só na Europa. Com menos predadores, os roedores fizeram a festa e, como carregavam as pulgas transmissoras da doença, a peste se espalhou. Essa tese, porém, tem críticos. A Peste Negra também foi devastadora na Índia, Oriente Médio e norte da África. E lá os gatos eram queridos.

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Uma coisa é certa: séculos de perseguição moldaram a maneira como a humanidade até hoje vê os gatos, ao menos no mundo ocidental. E o impacto no imaginário sobrevive até hoje. Ainda há quem se assuste com um gato preto atravessando a rua, e eles ainda são itens de decoração no Halloween.
À noite todos os gatos são pardos

A sorte do gato no Ocidente começa a mudar no século 18. Luís 14, da França, chegou a jogar uma cesta com gatos vivos na fogueira, em Paris. Mas no reino de seu sucessor, Luís 15, o clima estava bem mais favorável aos felinos. Em suas andanças pelo Palácio de Versalhes, conviveu com os vários gatos de estimação da sua mulher, Maria Leszczynska, e das criadas. Nessa fase, multiplicam-se as pinturas de damas da corte com seus peludos.

Mas o pulo do gato doméstico só aconteceria mesmo no século 19, quando os ingleses surgiram com a ideia de criar profissionalmente os gatos, inclusive, desenvolvendo novas raças – igual começavam a fazer com os cachorros. Por meio de cruzamentos seletivos, eles reforçaram as características mais desejadas, físicas (como os pelos longos e alaranjados do gato persa) ou comportamentais, como a docilidade. A maior parte das raças contemporâneas surgiu no Reino Unido do século 19.

Com o cachorro, a história é quase a mesma, mas com uma diferença radical. Os cães têm mais de 400 raças reconhecidas por associações internacionais, contra 60 dos gatos. A variação é pequena porque o genoma dos gatos é muito estável. Com isso, tentativas de fazer gatos de aparência exótica ou sociáveis como cães não costumam durar mais que uma geração. É como se os genes mantivessem o gato irremediavelmente agarrado a seu passado selvagem, no qual vamos mergulhar agora.

Welcome to the jungle

“Ao contrário dos cães, os gatos exigem que os aceitemos em seus próprios termos”, resume o inglês John Bradshaw, especialista em comportamento animal, e autor do livro Cat Sense, sem versão em português. Já seus detratores diriam que os gatos são teimosos. Bom, do ponto de vista evolutivo, talvez estejam certos. “Por mais que o processo de domesticação do gato tenha milhares de anos, ele ainda não ocorreu por completo”, explica o inglês.

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Isso tanto é verdade que o gato doméstico mantém quase intactos seus instintos selvagens e talentos de caçador. Não parece, mas aquele lindo felpudo que passa o dia deitado no sofá é uma máquina mortífera, que enxerga qualquer apartamento como se fosse uma floresta.

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(Tomás Arthuzzi)

A violência instintiva revela-se nas brincadeiras. John Bradshaw fez um experimento, brincando com vários gatos – em situações com e sem fome. Quando o brinquedo era uma bolinha, eles se entediavam logo. Já se fosse um boneco de pano com penas ou parecido com um rato, a fúria assassina se manifestava. Os felinos se interessavam mais pelo brinquedo e exageravam na dose de violência. Se estavam com fome, então, só paravam de atacar quando despedaçavam o brinquedo. Por isso é tão recomendado que donos de gato brinquem com eles, a fim de liberar seus instintos e diminuir o stress.

Esse comportamento assassino se manifesta em outros hábitos do gato doméstico. Um deles é a rotina noturna. Na natureza selvagem, o melhor horário para caça é quando há pouca luz. Por isso, o gato prefere ir à luta logo após o pôr do sol e pouco antes do nascer do sol. É quando a visão deles, 40% melhor que a dos humanos na semiescuridão, faz a diferença.

Outra marca registrada é a dieta. Gatos são hipercarnívoros. Isso quer dizer que dependem de proteína animal para sobreviver. Eles tiram da carne a maior parte da energia e das vitaminas essenciais à vida, diferente de animais herbívoros ou onívoros, que também as obtêm de vegetais e carboidratos.

Enquanto cães se adaptaram para tirar proveito das sobras das refeições humanas, os gatos não abriram mão da dieta deles. Análises recentes do DNA canino mostram que, ao longo da domesticação, os cães adquiriram mais cópias do gene relacionado à produção de amilase, enzima responsável por processar o amido e possibilitar uma dieta menos dependente de carne. Os felinos não. Se os donos não os alimentarem direito, eles vão para a rua caçar – pássaros, roedores, qualquer coisa. Mas a tendência é que eles não precisem mais recorrer tanto aos seus instintos caçadores. Porque os gatos estão voltando a virar deuses. Mais especificamente, divindades urbanas.

Cães, seus dias estão contados

Não comente com o seu cachorro. É que temos uma má notícia para ele: o cão está perdendo seu posto milenar de melhor amigo do Homo sapiens. Nos EUA, por exemplo, há quase 86 milhões de gatos contra 77 milhões de cães domésticos, segundo levantamento da Associação Americana de Produtos para Pets (APPA). Os gatos ainda estão atrás no Brasil. Em 2013, o IBGE confirmou: a população de cachorros no País era de 52 milhões. Um para cada quatro brasileiros. Metade das casas tinha pelo menos um cachorro. Já os gatos estavam em apenas 18% dos sofás brasileiros: eram 22 milhões. No resto do mundo, porém, eles já dominam geral. Além de nos EUA, os felinos também são maioria no Canadá, na Europa Ocidental (exceto Portugal, Espanha e Irlanda), na Rússia e, disparado, no Oriente Médio, onde jamais deixaram de reinar.

O gato doméstico, afinal, parece ter sido talhado justamente para o século 21. Com a humanidade se tornando cada vez mais ocupada e urbanizada, cuidar de um cão pode parecer uma tarefa assustadora. Já os felinos são pequenos, perfeitos para dividir espaço em apartamentos que só diminuem de tamanho. Limpos e autossuficientes, não precisam de banho nem de serem treinados para fazer xixi no lugar certo – são praticamente programados para fazer na caixa de areia. Após um longo dia de trabalho, não é preciso levá-los para dar uma voltinha no quarteirão. Basta calçar o chinelo, sentar no sofá e relaxar afofando a bola de pelos. Com tudo isso, o gato tem um “custo de manutenção” menor, considerando alimentação, higiene e cuidados veterinários. Um estudo feito pela Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) mostrou que o gasto médio mensal com um cão de porte médio é de R$ 271 reais. Já o dono de um gato vai gastar em média R$ 121 por mês para manter o bicho. Ou seja, o gato cabe mais no bolso.

E foi assim, do luxo do Egito antigo à praticidade da sociedade atual, que os gatos seguiram sua longa jornada da selva ao sofá. Vieram por causa dos ratos, mas ficaram por causa dos homens, ainda que “nos olhando de cima para baixo”, como dizia Winston Churchill. Não tem problema, nós aceitamos. Como bons devotos.

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