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Conheça Chewbacca, o maior australopiteco da história

Para padrões humanos, ele nem era tão alto. Mas, para a pré-história, era um verdadeiro wookie.

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
15 dez 2016, 15h17
As pegadas de "Chewie" são muito parecidas com as de um humano qualquer.
As pegadas de “Chewie” são muito parecidas com as de um humano qualquer. (Universidade de Dar es Salaam)

Ele era peludo e alto, bem mais alto que o normal. Tinha os olhos fundos e bem juntos. Não falava, mas emitia uns grunhidos esquisitos. Seu nome era Chewie. Não, não estamos falando do querido personagem de Star Wars: essa é a descrição de um australopiteco, cujas pegadas, de 3,7 milhões de anos, acabam de ser descobertas por cientistas da Universidade de Dar es Salaam, na Tanzânia.

Pelo tamanho das marcas, deu para perceber que esse ser específico não era nada convencional: ele é o maior espécime já encontrado. Enquanto os australopitecos normais mediam entre 1 metro e 1,50, esse tinha 1,65 e pesava 48 kg, calculam os especialistas. Assim, graças à altura, ganhou o apelido carinhoso de Chewie, igual ao Wookiee da série.

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As pegadas de Chewie foram encontradas no norte da Tanzânia, em um sítio arqueológico chamado Laetoli. Os pesquisadores que fizeram a descoberta estavam trabalhando na preservação de outro conjunto de marcas: 23 metros repletos de passos de Australopithecus afarensis (a mesma espécie da Lucy, o fóssil da Etiópia), que foram preservados por uma camada de cinzas vulcânicas. O problema é que o sítio estava sendo ameaçado pela erosão, pelo clima e por raízes de plantas – e aí, enquanto batalhavam para proteger Laetoli, os cientistas acabaram escavando as novas pegadas, a 150 metros das originais.

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Ao todo, são 12 marcas, que criam uma trilha de 32 metros: as pegadas que iam atrás eram pequenas, do tamanho normal da espécie. Mas as marcas de quem ia na frente é que chamaram atenção. O dono tinha pés de 27 cm  – e era maior e mais pesado do que qualquer outro australopiteco. As pegadas de Chewie são tão grandes que, segundo os cientistas, passariam despercebidas se comparadas às de humanos atuais em uma praia, por exemplo.

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Como as pegadas recém descobertas têm a mesma idade que as achadas nos anos 70 – e foram mantidas pelas mesmas condições climáticas e geográficas -, os pesquisadores atuais acreditam que elas pertençam ao mesmo grupo de australopitecos. A novidade é que as marcas achadas esse ano indicam uma variação de tamanho entre a espécie muito maior do que se imaginava até agora, o que também coloca em xeque a ideia de que os corpos dos nossos ancestrais só começaram a crescer quando os cérebros já estavam bem desenvolvidos.

Outra coisa que as novas pegadas mostram é uma certa ordem social: os cientistas acreditam que as marcas deixadas por Chewie sejam de um macho adulto, e as outras, menores, sejam de fêmeas. Isso mostra que a estrutura social dos australopitecos, pelo menos na região, era parecida com a dos gorilas: um macho alfa cercado por um harém de fêmeas pequenas.

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