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Couro de laboratório

Sapatos, carteiras, bolsas e roupas - tudo feito em tubo de ensaio, a partir da multiplicação de células bovinas, e sem matar um animal sequer. Mas com um porém

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 mar 2024, 16h22 - Publicado em 12 jan 2014, 22h00

Thaís Harari

 

 

Depois do hambúrguer de laboratório, chegou a vez do couro produzido artificialmente. Ele pode chegar à sua casa bem antes da carne, e foi desenvolvido pela empresa americana Modern Meadow, que criou uma técnica de multiplicação de células.

Ao contrário da carne artificial, que tem gosto e consistência estranhos, o couro de laboratório é idêntico ao natural – tem a mesma cor, a mesma textura e até o mesmo cheiro. Nada a ver com o chamado “couro sintético”, feito de petróleo. É couro de verdade mesmo. Com uma grande vantagem: não exige a morte de nenhum bicho. “A ideia é criar um produto que não envolva nenhum tipo de crueldade com animais”, explica Andras Forgacs, fundador da empresa, que já produziu uma carteira feita com o novo couro.

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Mas o processo também tem um lado polêmico. Para que as células se multipliquem, elas precisam ser misturadas com soro fetal bovino, uma substância extraída do sangue de bezerros recém-nascidos. Para coletar esse sangue, enfia-se uma agulha no coração do animal, que rende até meio litro de soro. O bezerro sobrevive e tem vida normal. Ou seja: o procedimento é melhor do que matar um boi para arrancar seu couro. Mas envolve sofrimento.

Além disso, o soro bovino é escasso – o mundo produz apenas 200 mil litros por ano, que já estão sendo consumidos (na produção de vacinas e em pesquisas científicas). Tanto que, ano passado, um grupo de cientistas da Universidade Harvard e de outras instituições escreveu um artigo pedindo o desenvolvimento de outros tipos de soro. A Modern Meadow diz que está desenvolvendo uma versão sintética, feita com plantas.

Como o novo couro é produzido

1. Uma pequena quantidade de células de pele bovina, os fibroblastos, é retirada de um animal.

2. As células são colocadas num frasco, junto com soro fetal bovino e nutrientes, dentro de uma incubadora.

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3. Durante 30 dias, as células se multiplicam.

4. As células são colocadas sobre uma massa de colágeno. Elas começam a se juntar e formar camadas.

5. Várias camadas são sobrepostas. Está pronto o couro.

 

Foto: Getty Images

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