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E agora mais essa: corremos risco de morrer sufocados

Todo mundo sabe que as mudanças climáticas são uma grande ameaça. Mas um novo estudo sugere que o perigo é bem mais grave do que imaginávamos: o oxigênio da atmosfera pode acabar.

Por Denis Russo Burgierman
Atualizado em 31 out 2016, 19h04 - Publicado em 2 dez 2015, 14h00

O catálogo de catástrofes esperando por nós caso a temperatura da Terra continue subindo já é vasto: invasão do mar sobre o litoral, seca, disrupção da producão agrícola, furacões, epidemias de doenças transmitidas por mosquitos e uma porção de etcéteras. Agora, um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade de Leicester, na Inglaterra, acrescenta um item apavorante à lista: o fim do oxigênio. Segundo o modelo matemático que os cientistas criaram, um aumento de 6ºC na temperatura média global seria suficiente para reduzir a zero a produção de oxigênio do fitoplâncton – seres microscópicos que fazem fotossíntese no oceano. Como o fitoplâncton fabrica mais de dois terços do oxigênio da atmosfera, o efeito seria devastador. “Se isso acontecer, obviamente poderia matar a maior parte da vida na Terra”, diz o estudo. Sempre tranquilizadores esses cientistas.

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O estudo, conduzido pelos matemáticos Yadigar Sekerci e Sergei Petrovski, é um modelo, feito em computador, das interações mais básicas dos ecossistemas marinhos de todos os oceanos do mundo – produção de oxigênio pelo fitoplâncton, consumo de oxigênio pelo zooplâncton, zooplâncton se alimentando de fitoplâncton. O objetivo dos cientistas era entender como essas atividades, que são fundamentais para toda a vida na Terra, seriam alteradas em caso de aumento da temperatura. O resultado foi assustador: ficou claro que, caso o aumento seja de 6ºC, o consumo de oxigênio pelo plâncton aumentaria tanto que a produção líquida do gás pelos oceanos do mundo caíria a zero. Consequentemente, não haveria o suficiente para nenhum animal de porte razoável respirar. Morreríamos sufocados, simples assim. “Muito tem sido dito sobre o alagamento global que pode resultar do derretimento da Antártica”, disse Petrovski num comunicado. “No entanto, parece que este não é o maior perigo do aquecimento para a humanidade”.

De qualquer maneira, ainda que a nova pesquisa não se confirme, o aumento de  6ºC seria uma completa catástrofe. Hoje acredita-se que, se mantivermos os padrões atuais de emissão, a temperatura aumentaria até 5,4ºC até 2100 – daqui a apenas 85 anos, ou seja, um piscar de olhos (bebês nascidos hoje têm boas chances de estarem vivos até lá). Há uma grande articulação global para reduzir drasticamente as emissões de gases de maneira a fazer com que o aumento de temperatura seja de no máximo 2ºC, mas esse é um cenário no qual muita gente já deixou de acreditar – afinal as emissões ainda não pararam de subir. Os governos do mundo todo estão reunidos em Paris para tentar nos tirar do sufoco.

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