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Esclarecida a evolução do pênis

Velho mistério foi resolvido através da "ressurreição" digital de embriões de um fóssil vivo

Por Fábio Marton
Atualizado em 4 nov 2016, 19h01 - Publicado em 30 out 2015, 17h15

Pênis é um assunto que divide as opiniões entre os vertebrados. Quase todos os amniotas (os que podem se reproduzir no seco: répteis, aves e mamíferos), possuem grupos com ou sem eles. A maioria das aves e até alguns mamíferos (o ornitorrinco) vivem muito bem sem– machos e fêmeas possuem cloacas e copulam por um “beijo cloacal” (termo científico sério, não uma criação da indústria pornô alemã).

Os mamíferos, não é segredo, preferem ter. Os patos têm um seriamente avantajado órgão em forma de parafuso (veja aqui, se não tem ninguém atrás de você). Cobras e lagartos não se contentam em ter um, têm dois. Não querendo ser superada, a équidina, outro mamífero esquisito da Austrália, tem um com quatro pontas. Aligators, jacarés dos EUA, tem um só, mas em eterna ereção.

Ok, se você ainda consegue levar a sério esta matéria, o dilema evolutivo: se a estrutura pode estar ausente ou presente em animais evolutivamente próximos, teria ela evoluído num ancestral em comum ou surgiu várias vezes, por evolução convergente?

Cientistas da Universidade da Flórida escolheram um bichinho da Nova Zelândia para responder. A tuatara é um animal realmente esquisito: ela tem um terceiro olho e toda a cara de lagarto, mas não é. 200 milhões de anos separam sua evolução da dos lagartos verdadeiros. E, o que importa aqui, não tem pênis.

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O que os cientistas queriam descobrir é se existe um pênis no desenvolvimento embrionário desse fóssil vivo. Em répteis, mamíferos e aves com cloaca, o pênis começa a se desenvolver, mas é reabsorvido no embrião.

O problema é que um embrião de tuatara não é exatamente fácil de achar. Eles se reproduzem extremamente devagar, pondo ovos a cada cinco anos. O que quer dizer que a Nova Zelândia não está disposta a ceder nenhum. Felizmente, a Universidade de Harvard tinha esses embriões, fatiados e postos em formol há 106 anos.

Os cientistas usaram os embriões centenários, fizeram modelos computadorizados do desenvolvimento embrionário da tuatara e – eureca! – sim, o pênis surge e é reabsorvido.

A conclusão é que o piu-piu foi inventado apenas uma vez pela evolução e o ancestral em comum era dotado, não se sabe o quão bem. As forças evolutivas simplesmente decidiram que o apêndice não era tudo isso e cortou fora nos bichos que hoje não têm.

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A ciência não é fascinante? No mínimo, você tem assunto para a mesa de bar hoje.

FONTE:
The penis evolved only once, suggests study of lizard embryos, ScienceMag.

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