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Esqueleto: Duros de roer

O esqueleto tem 206 ossos. Eles dão firmeza ao corpo, protegem os órgãos vitais e servem de suporte para os movimentos.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h39 - Publicado em 1 jul 1998, 22h00

Xavier Bartaburu

Esse esqueleto aí ao lado pode parecer assustador. O arcabouço do corpo sempre foi associado à idéia de morte. Os antigos egípcios, quando promoviam um banquete, instalavam um esqueleto à vista de todos, para lembrar aos comensais que os prazeres da vida são passageiros. Esse uso simbólico é natural, pois se trata da última parte do corpo a desaparecer com a decomposição. Por baixo da dura e branca camada de cálcio de cada um dos nossos 206 ossos, existe uma verdadeira indústria, produzindo substâncias vitais. Perfeitamente integrados ao resto do corpo, eles fabricam as células do sangue. Além disso, os ossos nunca estão parados, pois 10% do esqueleto é substituído todo ano, num processo permanente de renovação. Células especializadas destroem partes desgastadas dos ossos, enquanto outras constroem os seus substitutos. Os ossos têm ainda um papel de proteção. O crânio serve de capacete para o cérebro. Já a caixa torácica protege o coração, o fígado e os pulmões. Em parceria com os músculos, os ossos fazem você se mexer. Eles são tantos, e tão flexíveis, que tornam possível qualquer movimento. Bem, quase todos. Eles também quebram, é verdade.

 

A vida secreta dos ossos

O osso está longe de ser um bloco maciço. Ele se divide em camadas. A camada externa é o periósteo, uma membrana bem fina que recobre o osso. Logo abaixo, encontra-se a parte mais dura e resistente, constituída de osso compacto. Os ossos longos, como o fêmur, têm essa parte mais espessa do que os demais, para evitar que se quebrem. O recheio é o osso poroso, de aparência esponjosa. Por tudo isso eles são leves, apesar de duros. Lá dentro fica a medula óssea, conhecida popularmente como tutano, uma substância gelatinosa cuja função é fabricar as células sangüíneas. O segredo do osso está na sua composição. Entram na receita sais de cálcio e fosfato, que dão rigidez, e colágeno, uma proteína que dá flexibilidade.

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Quebrou, colou

Veja como o osso se recompõe depois de uma fratura.

Por mais resistente que seja, às vezes o osso se quebra. Em compensação, ele se conserta sozinho. Basta ficar imobilizado na posição correta. Logo que acontece a fratura, forma-se um coágulo de sangue 1 que junta as duas partes quebradas. Em seguida 2, um calo começa a se formar em torno da fratura. Esse calo é uma mistura de fibras de colágeno e cartilagem, que vai aos poucos cobrindo o buraco 3. Depois, o calo é substituído por osso, que fica mais forte do que antes.

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Quem sabe é super

Quando uma criança nasce, o crânio ainda não está completamente formado. As moleiras são, justamente, regiões em que a cartilagem ainda não se transformou em osso. Isso facilita a passagem da cabeça do bebê pelo canal vaginal e viabiliza o crescimento rápido do cérebro.

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A viga-mestra do corpo

A coluna vertebral protege a medula espinhal, que leva as ordens do cérebro para todo o corpo. Também sustenta você de pé, agüentando boa parte do peso. São 33 vértebras, empilhadas em equilíbrio. Embora funcione como uma pilastra, a coluna não é reta. Na verdade, é bem sinuosa, o que garante boa mobilidade e absorção de choques. De cima para baixo, ela se divide nas regiões cervical (7 vértebras que sustentam a cabeça), torácica (12, de onde saem as costelas), lombar (5, as mais fortes de todas), sacro (5, soldadas numa única peça) e cóccix (4, sem função conhecida, provavelmente um vestígio de rabo).

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O amortecedor humano

O que dá mobilidade à coluna são os discos intervertebrais, pedaços de cartilagem que ficam entre as vértebras. Eles funcionam como pequenas almofadas, amortecedoras de solavancos. Quando a pressão é exagerada, os discos podem se deslocar, provocando a hérnia – uma doença superdolorosa.

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Frágil como um biscoito

Quando um osso se quebra sem ter sofrido um impacto muito forte, isso pode ser um sintoma de osteoporose, uma doença comum entre as mulheres idosas. Nessa situação, o osso está pobre em cálcio, o que facilita as fraturas. É que, depois da menopausa, as mulheres produzem menos estrógeno, um hormônio importante na calcificação dos ossos. Para prevenir a osteoporose, recomendam-se a substituição de estrógeno, exercícios e uma dieta rica em cálcio.

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