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Estudo genético indica que frango do Subway não tem só frango

Um estudo genético realizado no Canadá afirma que grande parte dos filés não são de frango. A rede nega que esteja passando gato por lebre

Por Marina Demartini, de Exame.com
Atualizado em 3 mar 2017, 18h52 - Publicado em 3 mar 2017, 18h51

Uma análise genética realizada por um programa investigativo da televisão canadense concluiu que você é mais vegetariano que imagina se vai ao Subway – isso porque o DNA encontrando no frango era, em grande parte, de soja.

O relatório do Marketplace, da emissora CBC, foi contestado pelo Subway. O documento afirma que a ave dentro de sanduíches da cadeia de fast food contém menos de 50% do DNA do animal. O estudo analisou seis tipos de sanduíches de cinco empresas diferentes: McDonald’s, Wendy’s, Tim Hortons, A&W e Subway. Os testes foram realizados pelo laboratório de DNA Forense da Universidade Trent, no Canadá.

Matt Harnden, cientista do laboratório, disse à CBC que a maioria dos sanduíches tinha pontuações muito próximas de 100% de DNA de frango. Contudo, no caso do Subway, os resultados foram tão inesperados que os pesquisadores decidiram fazer análises mais profundas. Eles pegaram cinco amostras do frango assado de um dos lanches e mais cinco porções de frango em tiras de outro sanduíche da marca.

O resultado final surpreendeu os cientistas. O frango assado tinha apenas 53,6% de DNA de frango e o frango em tiras tinha ainda menos de DNA do animal (42,8%). O restante do DNA do alimento, segundo Harnden, é basicamente soja.

Cada frango testado no Subway contém uma média de 16 ingredientes, entre eles cebola em pó e mel. Além disso, as amostras continham cerca de 25% menos proteína do que é encontrado em seu equivalente caseiro.

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Subway rebate

O Subway contestou a análise e sugeriu que o frango usado nos testes da CBC foi diluído em altos níveis de soja.

“O teste incrivelmente falho feito pelo Marketplace é um enorme desserviço para nossos clientes”, disse Suzanne Greco, presidente do Subway, em um comunicado, aponta o Washington Post. “A alegação de que nosso frango é apenas 50% de frango é 100% errada.”

A rede de fast food também liberou os resultados de seu próprio estudo, que foi feito um dia antes da publicação da análise da CBC. Dois laboratórios independentes, Maxxam Analytics e Elisa Technologies, testaram os frangos usados nos sanduíches do Subway e avaliaram a quantidade de soja nas amostras. Segundo a análise, a proteína vegetal faz parte de menos de 1% da porção coletada.

“Esses resultados são consistentes com os baixos níveis de proteína de soja que adicionamos com as especiarias para ajudar a manter os produtos úmidos e saborosos”, afirmou o Subway.

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A CBC respondeu à empresa ao publicar o relatório completo de seis páginas em seu site. “Os testes de DNA não mentem (especialmente quando realizados várias vezes), e qualquer pessoa com acesso a um laboratório de DNA poderia realizar esses testes”, escreveu Robert Hanner, biólogo da Universidade de Guelph, no Canadá, no site da CBC.

O programa ainda explicou em seu site que os testes de DNA não revelam a proporção exata de frango nas porções, em termos de massa. Caso fosse possível separar a matéria vegetal da carne numa amostra com 50% de DNA da ave e 50% de DNA de soja, as duas metades não se equilibrariam numa balança. Por isso, esses exames não são normalmente usados para indicar a massa percentual de algum alimento.

Mesmo assim, especialistas entrevistados pela CBC dizem que o teste, mesmo que não informe quantos gramas de frango existem para cada grama de sódio, é um indicador da presença de ingredientes animais e vegetais nos alimentos.

Este conteúdo foi publicado originalmente em Exame.com.

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