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EUA liberam a produção de galinha geneticamente modificada

Os ovos do animal são capazes de tratar uma doença hereditária, que mata crianças antes mesmo do primeiro ano de vida

Por Ana Luísa Fernandes
Atualizado em 8 mar 2024, 15h31 - Publicado em 14 dez 2015, 15h30

Ao contrário do salmão transgênico, a galinha não poderá servir propósitos alimentares. A ave foi geneticamente modificada para que seus ovos produzam a droga Kanuma (Sebelipase alfa), o primeiro tratamento para pacientes com uma condição rara, conhecida como Deficiência de Lipase Ácida Lisossômica, ou Doença de Wolman. O problema vem da deficiência de enzimas responsáveis por metabolizar os lipídios. Isso leva ao acúmulo de gordura nas células dos órgãos, principalmente no fígado e intestino delgado. A doença afeta um em cada 350.000 recém-nascidos no mundo.

A nova terapia fornece a proteína capaz de produzir a lipase ácida lisossômica. As proteínas, inativas nos pacientes que sofrem com a doença, estão presentes na clara do ovo das galinhas que tiveram seus genes alterados. As claras são refinadas e delas são extraídas as substâncias para a produção da droga Kanuma. Depois, o medicamento é administrado por via intravenosa, a cada uma ou duas semanas, dependendo do caso.

“A deficiência é uma condição rara e hereditária, que pode levar a sérias complicações nos órgãos, especialmente no início da infância. Usando essa tecnologia, os pacientes pela primeira vez têm acesso ao tratamento que pode melhorar suas vidas e aumentar as chances de sobrevivência”, diz Janet Woodcock, do Centro de Avaliação e Pesquisas de Drogas dos Estados Unidos.

Como foi aprovada pela FDA (Food and Drug Administration), as galinhas teoricamente não oferecem risco ao meio ambiente e a outras pessoas. Elas serão criadas especificamente com o intuito de produzir ovos para o tratamento da doença, e seu consumo e comercialização estão proibidos. “A empresa tomou medidas rigorosas para garantir que nem as galinhas e nem os ovos entrarão no mercado alimentício, e nós confirmamos seus sistemas de contenção, inspecionando suas instalações”, comenta Bernadette Dunham, da FDA.

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