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Nível do mar estava mais alto no último aquecimento global

Estudo revela que, há 125 mil anos, os oceanos estavam entre seis a nove metros acima do nível atual

Por Giselle Hirata
Atualizado em 24 jan 2017, 13h57 - Publicado em 24 jan 2017, 13h54

Várias pesquisas já mostraram que o mar vai avançar sobre a terra nos próximos anos. E um novo estudo, realizado em uma parceria entre grupos de cientistas americanos e irlandeses, mostrou que algo semelhante aconteceu no último período quente da Terra, há 125 mil anos.

A análise, publicada na revista Science, diz que as temperaturas da superfície do oceano naquela época eram semelhantes às de hoje. A diferença é que o mar estava entre seis e nove metros acima do nível atual. “Os resultados podem ajudar a entender melhor como os oceanos responderão ao aquecimento moderno”, explicaram os pesquisadores à Science.

O nosso planeta passa por períodos de calor e frio que duram dezenas de milhares de anos. A temperatura é influenciada por variações na atividade solar e por gases de efeito estufa na atmosfera.

Hoje, a Terra enfrenta um aquecimento mais acelerado por causa da queima de combustíveis fósseis e por emissão de carbono no ar. A última vez que o clima foi excepcionalmente quente, sem influência humana, foi entre 116 e 129 mil anos atrás, durante o último período interglacial – o mais quente dos últimos 800 mil anos.

Termômetro terrestre

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A base do estudo foi uma análise de 83 medidores em rochas sedimentares, que podem dar pistas sobre quão quente a Terra e os oceanos já foram no passado. Os dados foram comparados com os resultados obtidos entre 1870-1889 e 1995-2014.

O cruzamento de informações mostrou que a temperatura da superfície do oceano de 129 mil atrás era semelhante a de 1870-1889 e continuou aumentando.

Meric Srokosz, especialista em física marinha e em clima oceânico da Universidade de Southampton, acredita que o estudo é significativo porque mostra que as mudanças nas temperaturas que ocorreram ao longo de milhares de anos, estão agora acontecendo no espaço de um século. “Isso demonstra o rápido impacto das ações humanas no planeta”, declarou.

Para o pesquisador Andrew Watson, da Universidade de Exeter, o mar deve continuar subindo lentamente – o que é boa notícia. “Teremos mais tempo para nos adaptar. Mas, o lado ruim é que, eventualmente, todos as nossas cidades costeiras serão inundadas”, pontuou.

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