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O espaço é vermelho

Nasa? Que nada: os soviéticos foram os primeiros na Lua, em Vênus e em Marte. Confira as rasteiras que os russos deram nos americanos.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 31 Maio 2006, 22h00

Texto Salvador Nogueira

Quando se fala em exploração do sistema solar, o que a gente mais ouve é que a Nasa fez isso, a Nasa faz aquilo, a Nasa é a maioral… Faz sentido até. Afinal, o orçamento espacial americano hoje é maior que o de todos os outros países juntos. Como alguém poderia competir?

Acontece que nem sempre foi assim. Já houve um tempo em que, a despeito de seus gastos fabulosos em exploração espacial, os ianques eram apenas segundos colocados. Durante uns bons anos, os grandes especialistas em foguetes, ciência planetária e astronavegação foram os soviéticos, e seus feitos, embora pouco divulgados, se mantêm sem paralelo em alguns casos.

A época era outra. Em plena guerra fria, de um lado se alinhavam os partidários do capitalismo, liderados pelos EUA. De outro, os comunistas, capitaneados pela União Soviética – composta da Rússia e por 14 repúblicas anexadas. No auge desse período, rolou a chamada corrida espacial, que costuma ser resumida da seguinte forma: os russos saíram na frente, em 1957, lançando o Sputnik 1, primeiro satélite artificial da Terra, seguido pelo vôo de Laika, a primeira “cadelanauta”, na cápsula Sputnik 2.

Os vermelhos ampliaram a dianteira em 1961, com o primeiro vôo de um homem ao espaço, o major Yuri Gagarin. Os americanos, então perdendo feio, estabeleceram a meta de irem à Lua até o final da década de 1960. Os russos bem que tentaram pôr os pés lá antes, mas em 20 de julho de 1969 o módulo lunar da Apollo 11 pousava no Mar da Tranqüilidade, e o astronauta americano Neil Armstrong daria seu “pequeno passo”, colocando os EUA à frente de uma vez por todas. Pelo menos é o que parecia. Nessa versão simplista da corrida espacial, a Lua se tornaria o grande marco de vitória para os americanos.

Ok. Mas o sistema solar continuava sendo uma incógnita. O que se sabia dos planetas vizinhos vinha apenas de observações telescópicas – e até hoje, com toda a evolução da tecnologia, não dá para ver os mínimos detalhes de um mundo distante através de um telescópio. Resultado: as especulações imperavam. Até os anos 50, não era estranho ver cientistas falando de formas de vida em Vênus e até mesmo de uma civilização avançada marciana. Os mistérios estavam todos lá fora, esperando para ser decifrados. E os russos estiveram quase sempre um passo à frente nessa tarefa.

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O lado escuro da Lua

Embora esteja relativamente perto, a Lua sempre foi caprichosa no que diz respeito a revelar seus mistérios. Isso porque o satélite natural sempre mantém a mesma face virada para nós. Contando todas as possíveis variações de inclinação de órbita e de eixos de rotação, daqui só podemos ver 59% da superfície dela. O resto continua escondido, para sempre. E não há nada que possamos fazer para estudar o outro lado, exceto voar até lá.

Desde o início, então, mandar naves à Lua foi prioridade para os cientistas russos (que já tinham à sua disposição, desde 1957, foguetes que poderiam impulsionar artefatos até lá). Nascia aí a série de sondas Luna. A primeira tentativa de lançar uma delas foi em 1958, mas falhou, por um problema com o foguete. Eles costumavam simplesmente varrer esse tipo de fracasso para debaixo do tapete. Só depois que a União Soviética caiu, e arquivos secretos do regime comunista foram abertos, os historiadores puderam contar quantas tentativas frustradas aconteceram antes que a Luna 1 partisse para sua missão, em janeiro de 1959: 3.

Essa espaçonave passou a meros 5 995 quilômetros de distância da Lua (considere que a distância até lá é de 384 mil quilômetros, em média). A Luna 1, portanto, foi o primeiro objeto produzido pelo homem a escapar completamente da gravidade terrestre, indo parar numa órbita própria ao redor do Sol. Apesar disso, nos bastidores, foi considerada um fracasso: seu objetivo verdadeiro era se chocar contra a superfície da Lua.

Esse objetivo foi cumprido com a missão seguinte, a Luna 2, que chegou ao solo lunar em 13 de setembro de 1959, tornando-se o primeiro objeto a espatifar-se lá. (Entre a Luna-1 e a 2 houve um lançamento fracassado, também convenientemente omitido pelo governo soviético.) Mas a glória viria mesmo com a Luna 3. Em 7 de outubro de 1959, ela fotografaria pela primeira vez o lado afastado da Lua, nunca antes visto por um ser humano.

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Hoje, vivendo num mundo em que até telefone celular tem câmera digital, não é difícil imaginar uma espaçonave não tripulada enviando imagens de um lugar distante. Mas naquela época era um baita desafio. A Luna 3, por exemplo, usava um sistema convencional de fotografia, com filme e tudo, para obter suas imagens. A coisa, no entanto, não tinha nada de tosca.

“Nas primeiras câmeras usadas pelos soviéticos, os negativos eram revelados automaticamente no espaço e escaneados pelos instrumentos da sonda. Então a nave os mandava para a Terra, via ondas de rádio”, conta o americano Don Mitchell, especialista em processamento de imagens e fanático pelas missões soviéticas. “Parece mecanicamente complexo, mas, no contexto da tecnologia de 1959, essa estratégia tinha vantagens: o filme podia capturar uma imagem rapidamente, com mais resolução que as câmeras de TV da época. E as imagens podiam ser escaneadas no ritmo que fosse mais conveniente para a transmissão.”

A solução era tão boa que os americanos resolveram aplicá-la 6 anos depois, em suas missões na órbita da Lua. Claro que o processamento das imagens não era tão bom, nem a capacidade de detectar sutilezas de contraste. Mas isso não impediu algumas descobertas inesperadas lá do outro lado da Lua.

Não, nenhuma base espacial alienígena foi vista por lá (a despeito de rumores conspiracionistas). Os russos descobriram que o lado distante tinha muito mais crateras que o lado próximo, e quase nada daquelas regiões mais escuras e planas que, desde os tempos de Galileu, no século 17, eram chamadas de mares – antes mesmo das primeiras missões espaciais já estava claro para os cientistas que não havia água nenhuma lá, mas o nome acabou pegando.

O passo seguinte para os soviéticos era óbvio: fazer uma sonda capaz de pousar na Lua, em vez de simplesmente trombar com ela. Custou. Fizeram um monte de lançamentos (entre declarados e não declarados) com esse fim, e nada. Só que a teimosia vermelha prevaleceu. E, em 3 de fevereiro de 1966, a Luna 9 se tornaria a primeira sonda a pousar num astro e, de quebra, a pioneira em transmitir imagens direto da superfície lunar. Essa primazia, aliás, os russos tiraram dos americanos por um triz. Tanto que a ianque Surveyor 1 faria seu pouso na Lua apenas 4 meses depois. Uma chegada quase emparelhada na escalada da corrida espacial.

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Uma temporada no inferno

Nem tudo era a Lua. Havia um grande interesse pelo que os planetas vizinhos da Terra, Vênus e Marte, podiam reservar a seus primeiros visitantes. Os soviéticos naturalmente perseguiram esses objetivos com suas sondas não tripuladas. A começar pelo lugar mais próximo depois do nosso satélite: Vênus.

Conhecido como “estrela-d’alva”, por seu brilho intenso nos céus da Terra, Vênus é um planeta dos mais misteriosos. Coberto por uma densa camada de nuvens, ele ficou escondendo sua “cara” dos astrônomos por séculos. Mais do que bisbilhotar de uma órbita distante, descobrir como era o ambiente venusiano implicava pousar lá. Foi esse o principal feito das sondas soviéticas da série Venera, que até hoje não foram superadas – produziram as únicas imagens obtidas no solo daquele planeta.

Não foi fácil chegar lá. Em 12 de fevereiro de 1961 (após dois lançamentos não contabilizados), a Venera 1 foi lançada pelos soviéticos. A sonda se tornou a primeira a fazer um sobrevôo de outro planeta, mas não enviou nenhum dado científico – seus instrumentos pifaram antes que ela chegasse.

No ano seguinte, os russos tentaram vários lançamentos destinados a Vênus, mas todos falharam. Resultado: os americanos puderam dar um salto à frente. Lançaram duas sondas na direção do planeta, as Mariners 1 e 2. A primeira falhou, mergulhando no oceano Atlântico. Mas a segunda fez um sobrevôo de Vênus e enviou os primeiros dados científicos sobre aquele mundo coletados no espaço. Os soviéticos, em resposta, ficaram determinados a descer lá.

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Em 1965, realizaram dois lançamentos. A Venera 2 falhou, mas a 3 se tornou o primeiro objeto a se chocar contra outro planeta. Agora era a hora de aperfeiçoar os sistemas para fazer um pouso suave. Um desafio bem maior do que fazer o mesmo na Lua, vale ressaltar.

“O veículo de pouso Venera 4, em 1967, atingiu uma altitude de 25 quilômetros na atmosfera venusiana, aí a comunicação foi perdida”, afirma Alexander Sukhanov, pesquisador do IKI (Instituto de Pesquisas Espaciais da Rússia) que trabalhou em várias missões soviéticas na estrela-d’alva. “Acontece que o altímetro da sonda indicava erradamente que ela tinha atingido a superfície. Isso levou a uma modelagem equivocada da atmosfera venusiana e nos induziu ao fracasso na hora de pousar as Veneras 5 e 6, em 1969. Somente a Venera 7, em 1970, conseguiu.”

Foi o primeiro pouso bem-sucedido de uma sonda em outro planeta – outra vitória pouco divulgada da União Soviética sobre os americanos. Só teve um problema: a sonda não estava preparada para enfrentar a superfície de Vênus. Ela agüentou só 23 minutos ali, tempo abaixo do suficiente para enviar imagens do solo.

Também pudera, não é moleza ficar em Vênus. O planeta tem uma densa atmosfera composta principalmente de gás carbônico, que provoca um efeito estufa devastador – é o mundo mais quente do sistema solar, embora esteja mais distante do Sol que Mercúrio. A temperatura na superfície costuma girar ao redor dos 450 ºC – o suficiente para derreter chumbo. E a pressão atmosférica na superfície, graças à densidade do ar por lá, é 100 vezes maior que a da Terra. Para completar, chove ácido sulfúrico. Ou seja, a Venera 7 teve a luxuosa opção de escolher entre ser destruída por esmagamento (por conta da pressão) ou derretimento (pela temperatura e acidez).

Caberia às sondas Venera 9 e 10, em 1975, mandar as primeiras imagens, em preto-e-branco, da superfície venusiana. Compostas cada uma de um orbitador e um módulo de pouso, elas também marcariam a primeira vez que uma sonda se manteve na órbita de Vênus.

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Imagens coloridas, no entanto, só viriam das sucessoras dela, as Veneras 13 e 14, em 1982, que também fizeram as primeiras análises de rochas no solo. Apesar do sucesso, inigualado até hoje, nenhuma delas sobreviveu muito mais que duas horas na superfície escaldante daquele planeta infernal. Desnecessário dizer que as esperanças de encontrar algo vivo lá caíram drasticamente, depois que nem as resistentes máquinas soviéticas conseguiram sobreviver ao ambiente venusiano.

Marte contra-ataca

Os russos abraçaram o desafio de conquistar Marte com o mesmo rigor com que tinham investido sobre Vênus. Pelo menos no começo. As sondas soviéticas Mars, dos anos 60, contavam com uma tecnologia à frente de seu tempo, mas sofreram uma série de falhas. Em 1º de novembro de 1962, os russos lançaram a Mars 1 (após 4 tentativas “não contabilizadas”). Seu objetivo era fazer um sobrevôo de Marte e enviar imagens da superfície. A primeira parte deu certo: a sonda passou a menos de 200 mil quilômetros do solo marciano (considere agora que a distância mínima entre a Terra e Marte é de 56 milhões de quilômetros). Mas, infelizmente, não deu para mandar cartão postal de lá; a comunicação com a nave foi perdida no meio do caminho, impedindo a transmissão de dados. Ainda assim, a Mars 1 entrou para a história como a primeira nave a sobrevoar o planeta vermelho.

Os próximos lançamentos bem-sucedidos dos russos só viriam em 1971, com as sondas Mars 2 e 3 (ambas equipadas com orbitador e módulo de pouso). Mas, a essa altura, os americanos já pareciam ter tomado a dianteira, com as sondas Mariner 4 (lançada em 1964), 6 e 7 (ambas de 1969), que passaram de raspão pelo planeta e coletaram imagens boas (para a época) da superfície marciana, revelando um mundo estéril.

Em 1971, no entanto, os russos retomariam a dianteira da exploração marciana. Suas duas sondas chegaram com sucesso à órbita do planeta, onde teriam a competição da americana Mariner 9. O módulo de descida da Mars 2 fracassou, mas o da 3 fez um pouso suave e se tornou o primeiro veículo a enviar sinais diretamente do solo marciano. Só que a alegria durou pouco: a máquina cortou subitamente a transmissão depois de 20 segundos, por razões até hoje desconhecidas, sem oferecer nenhum dado científico aproveitável. As primeiras imagens do solo de Marte acabariam vindo mesmo das sondas americanas Viking 1 e 2, em 1976.

Os russos ainda fariam uma nova investida ali, com as sondas Mars 4 e 5, em 1973, mas depois voltariam a maior parte dos seus esforços para as empreitadas venusianas, que tinham dado mais sorte para eles no passado. Chame de ironia cósmica se quiser, mas o fato é que os vermelhos não conseguiram conquistar o planeta vermelho, embora tenham sido os primeiros a chegar lá e o desafio de explorá-lo fosse claramente menor que o ofertado por Vênus.

A despeito dessa seqüência de azares, os russos nunca esqueceram completamente de Marte. Tanto que sua última missão interplanetária bem-sucedida foi para aqueles lados. A Fobos-2 (batizada em homenagem a uma das duas luas marcianas) obteve boas imagens do planeta vermelho em 1989. Depois disso, a crise econômica e a derrocada do regime soviético, em 1991, não permitiriam muito mais. A Rússia, herdeira do programa espacial da ex-União Soviética, ainda tentaria enviar uma sonda orbitadora ao planeta vermelho, em 1996, mas uma falha no foguete causaria sua perda, antes mesmo que ela começasse a jornada rumo ao mundo vizinho.

Moral da história: enquanto tiveram bala na agulha, os russos disputaram pau a pau a liderança na exploração do espaço, não só nos eventos que rendem altas doses de publicidade (missões com astronautas) mas também nos esforços ci-entíficos, com sondas não tripuladas. Só faltou avisarem para o mundo com aquela competência que os americanos tiveram.

Jipe-Robovski

A Nasa alardeia com entusiasmo seus dois jipes robóticos, o Spirit e o Opportunity, que perambulam por Marte há quase 3 anos enviando imagens incríveis do planeta vermelho. O que os americanos não costumam mencionar é que os primeiros jipes robóticos espaciais foram russos, e rodaram pela Lua nos anos 70. O jipe Lunokhod 1 (na página ao lado) chegou à superfície lunar na sonda Luna 17, em 15 de novembro de 1970. O veículo de 8 rodas produzia imagens de televisão, úteis principalmente para que os controladores em terra “pilotassem” o robô sem trombar com nenhum obstáculo, mas também usava filmes fotográficos, que eram revelados, escaneados e transmitidos à Terra por ondas de rádio, produzindo imagens com melhor resolução. Embora os americanos já estivessem mandando gente à Lua desde o ano anterior, o Lunokhod (“andarilho lunar”, em russo) foi o primeiro veículo de rodas a transitar em outro mundo. As missões Apollo chegaram a usar um jipe para astronautas, mas não antes de 1971. Na missão Luna 21, em 1973, o sucesso foi reprisado, com o Lunokhod 2. Outra amostra de como os soviéticos mandavam bem quando o assunto era automação: eles também foram pioneiros em missões com naves-robôs capazes de recolher alguns gramas de solo lunar e trazer para a Terra, de foguete. Foi o caso das missões s Luna 16 (1970), 20 (1972) e, finalmente, da Luna 24 (1976), última espaçonave terráquea a pousar nos domínios de são Jorge.

Pioneiros em (quase) tudo

1957 – Sputnik

Primeiro satélite artificial, 4 meses antes dos EUA.

1961 – Yuri Gagarin

Primeiro homem no espaço, 3 anos antes dos EUA.

1966 – Luna 9

Primeiras imagens direto da superfície da Lua, 4 meses antes dos EUA.

1970 – Lunokhod

Primeiro jipe-robô fora do planeta, 16 anos e 5 meses antes dos EUA.

1971 – Mars 3

Primeiro pouso em Marte, 5 anos e 8 meses antes dos EUA.

1975 – Venera 9

Primeira, e única, a tirar fotos direto da superfície de Vênus.

Apê espacial

Alexandre Versignassi

Construir uma cidade no céu. Esse foi o projeto mais ambicioso dos soviéticos. E, logo que tomaram um chapéu dos ianques na corrida para a Lua, os vermelhos resolveram tirar essa idéia da prancheta. Foi rapidinho: em abril de 1971 decolava a primeira estação espacial da história, a Salyut 1 (“saudações”, em russo). Bom, “estação” naquelas: a nave era uma salinha de 15 m de comprimento por 4 m de largura. Mas foi ali que 3 cosmonautas estabeleceram o recorde de permanência no espaço para a época: 23 dias. Os EUA deram o troco em 1973 com a estação Skylab, que recebeu 3 tripulações diferentes em 8 meses. Mas um corte de orçamento abortaria o projeto no ano seguinte. Enquanto isso, a União Soviética colocou outras 6 estações Salyut no céu, uma substituindo a outra, até 1982. E o grande salto viria 4 anos depois, com o lançamento de uma esta��ão espacial pra valer: a Mir (“paz”). “Pra valer” porque ela foi a primeira feita para ser montada no espaço ao longo dos anos, em grandes módulos que podiam ser encaixados até formar uma “cidade espacial” mesmo. Ali, os vermelhos foram batendo um recorde de permanência no espaço atrás do outro (um cosmonauta chegou a cravar 437 dias). A coisa mexeu com os brios americanos, que a partir de 1988 correram para fazer sua própria estação, batizada de Freedom (“liberdade”). Mas ela ficou presa no papel até 1993, quando os EUA chamaram os russos para participar do programa – que aí mudou de nome para Estação Espacial Internacional. Cinco anos depois chegava à órbita da Terra o primeiro pedaço da estação: um módulo feito na Rússia. Com dinheiro americano. Pois é: se não pode vencê-los, junte-se a eles.

Para saber mais

Russia’s Cosmonauts – Rex Hall, David Shayler e Bert Vis, Praxis Publishing, 2005

https://www.russianspaceweb.com – Site dedicado ao programa espacial da ex-URSS.

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