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Parasita transforma abelhas em zumbis

O parasita come a abelha por dentro, controla seu comportamento, e depois emerge de seu tórax

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 nov 2016, 19h10 - Publicado em 2 mar 2016, 14h30

Abelhas são oficialmente um dos animais mais temidos da Terra desde que elas mataram o Macaulay Culkin em Meu Primeiro Amor, mas agora o nível de medo que elas causam acaba de subir: além das abelhas, você pode esbarrar também com uma abelha-zumbi.

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Não precisa se preocupar, caso a abelha não vai te transformar em um morto-vivo, caso você entre em contato com ela. Na verdade, nessa história, a maior vítima é o inseto zumbi.  Tudo começa quando uma abelha está voando tranquila por aí até que, de repente, uma espécie de mosca conhecida pelo Apocephalus borealis se aproxima. O animal sobe na abelha e injeta seus ovos nela, por meio de uma ferroada no tórax do futuro zumbi. A partir daí a coisa fica complicada para os bichinhos que fazem mel. As larvas começam a controlar as abelhas – fazem elas mudarem seus hábitos, como começarem a voar durante a noite – e, enquanto isso começam a devorar os animais por dentro. Em pouco tempo, os músculos das asas são comidos, e a abelha não pode fazer nada, além de rastejar pelos cantos. Entre 7 e 13 dias depois do ataque da Apocephalus, as larvas começam a emergir do tórax da abelha. Igualzinho em Alien, do Riddle Scott.

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Apocephalus borealis já havia sido identificada em 1924 pelo entomologista (estudioso de insetos) americano Charles Thomas Brues, porém, naquele período acreditava-se que ela agia principalmente atacando formigas e moscas sem asas. Sua relação com as abelhas só foi percebida em 2012, quando o também entomologista americano John Hafernik, da Universidade de São Francisco reparou que muitas das abelhas com que cruzava estavam rastejando pelo chão. Hafernik separou algumas espécimes e reparou que as pequenas moscas tentavam atacar suas abelhas. 

Apesar de ter sido percebido a pouco tempo, os parasitas já parecem agir de maneira epidêmica. Hafernick afirma que 80% das colméias que ele analisou em São Fracisco haviam sido infectadas. E o problema não é regional. Um site, o ZomBee Watch, foi criado para tentar documentar com mais precisão o número de insetos infectados. Nele, pessoas espalhadas pelos Estados Unidos acham abelhas que suspeitam ter sido zumbificadas e enviam para análise. Mais de 800 amostras de animais já foram enviadas para Hafernik. E as notícias não parecem boas para o cenário das abelhas. “Nós não temos notícia de nenhuma abelha que tenha sobrevivido ao parasita”, afirmou o entomologista ao New York Times.

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E se as abelhas sumirem?

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