Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Pássaros estão se divorciando por causa do desmatamento

 Passarinho, que som é esse? É o som do divórcio.

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
4 jan 2017, 20h40

Você já sabe que o desmatamento não é bom. Contribui para o aquecimento global, extermina espécies, e até atrapalha a economia. O que talvez você não saiba é que cortar árvores também está afetando vidas conjugais. De pássaros.

Quem está vivenciando esse dilema são duas espécies de aves os Troglodytes pacificus e os Catharus ustulatus (conhecido no Brasil como sabiá-de-óculos), animais com características marcantes: eles são monogâmicos e fiéis. Ou eram. Na natureza, essas aves costumavam encontrar regiões seguras, garantir um pouco de comida, e então achavam um par para procriar. Viviam felizes para sempre.

Claro que havia imprevistos e separações. Às vezes o parceiro tinha algum problema fértil, não conseguia produzir novos ovinhos, e aí a natureza falava mais forte. O pássaro ia para outra região procurar um novo par que pudesse, enfim, transmitir seus genes adiante; mas essa situação era rara. Agora as separações estão ficando mais comuns.

Catharus ustulatus
(John Marzluff | Universidade de Washington)

Conforme as cidades vêm crescendo, seus subúrbios ficam cada vez mais próximos das regiões que esses animais habitam. Os pássaros não conseguem se adaptar aos novos vizinhos e têm que partir a procura de outros locais com boas condições para reprodução. O que pesquisadores da Universidade de Washington descobriram é que, quando esses animais encontram novas áreas é comum que pássaros da mesma espécie já tenham chegado ali antes. Os novos habitantes conhecem os moradores mais antigos, e, muitas vezes largam seus parceiros para ficar com algum novo pretendente.

Continua após a publicidade

LEIA: Nova espécie de peixe é batizada em homenagem a Obama

A questão é que no meio dessas mudanças de lar e parceiros, os animais podem deixar passar uma temporada inteira de período fértil enquanto arranjam novos parceiros, ou organizam um novo ninho – afetando diretamente sua taxa de reprodução. “O custo secreto do desenvolvimento nessas regiões é que esses pássaros estão sendo forçados a fazer coisas que a seleção natural não os impunha anteriormente”, afirmou em comunicado John Marzluff, responsável pelo estudo e biólogo na Universidade de Washington.

A pesquisa levou dez anos para ser feita. Os envolvidos estudaram seis diferentes espécies de pássaro durante todo o período, e colocavam etiquetas em alguns animais para que pudessem identificar onde eles estavam vivendo, e com quem dividiam o ninho.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.