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“Peneira” de grafeno torna água do mar potável

Material mais fino e resistente do mundo pode ser a solução para a falta de água doce

Por Guilherme Eler
Atualizado em 4 abr 2017, 18h59 - Publicado em 4 abr 2017, 18h59

Pesquisadores ingleses conseguiram desenvolver uma técnica simples para tornar a água do mar própria ao consumo humano: utilizar o óxido de grafeno para fazer uma espécie de peneira, capaz de filtrar partículas diminutas. O estudo vem sendo desenvolvido desde 2004 na Universidade de Manchester, e foi publicado na revista científica Nature Nanotechnology.

Primo do diamante e do carvão, o grafeno é composto por uma camada extremamente fina de carbono, com espessura de um único átomo. Na verdade, são átomos de carbono dispostos na forma de uma rede hexagonal – algo como os gomos de uma bola de capotão. Essa estrutura confere ao grafeno resistência e flexibilidade e, de quebra, uma boa capacidade de conduzir eletricidade e calor. Pesquisas anteriores já demonstravam, inclusive, o potencial do material para a purificação de água.

No entanto, as boas perspectivas esbarram na dificuldade de se produzir grafeno em larga escala. Para tanto, é preciso alterar a composição molecular do material, algo que você só consegue com técnicas complexas, como difração de raios-x e microscopia eletrônica. O grupo focou, então, na obtenção do óxido de grafeno, derivado que pode ser mais facilmente sintetizado em laboratório.

A capacidade de membranas de óxido de grafeno em reter partículas nunca tinha sido testada com sucesso no processo de dessalinização da água. Isso obrigou os cientistas a fazerem adaptações, de modo que a peneira ganhasse a capacidade de filtrar sais comuns.

Quando em contato com água, o óxido de grafeno incha, permitindo a passagem de moléculas indesejadas. Isso foi corrigido com a utilização de resinas nas paredes da membrana. A técnica permitia aos pesquisadores controlar a capacidade de filtragem, liberando a passagem de mais ou de menos sal. Segundo os cientistas, a peneira de óxido de grafeno foi capaz de barrar até 97% dos íons de cloreto de sódio, o grande componente do sal marinho.

O próximo passo do grupo é encontrar formas de manter a produção de membranas de óxido de grafeno a baixo custo também em escala industrial. A técnica é cotada para substituir outros métodos de desalinização, como destilar água do mar, que seguem pouco viáveis economicamente.

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