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Pilhas usadas são lixo radioativo? O que fazer com elas?

Essas substâncias são altamente tóxicas ¿ algumas até cancerígenas, de efeito cumulativo no organismo .

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 28 fev 2002, 22h00

Maria Fernanda Vomero

(Marco Aurélio Bonotto, Palmas, PR)

Não, elas não emitem radioatividade – mas, mesmo assim, constituem um lixo perigoso à natureza e à saúde humana. O maior problema são as pilhas fabricadas com grandes quantidades de metais pesados como cádmio, mercúrio, chumbo e seus compostos. Essas substâncias são altamente tóxicas – algumas até cancerígenas, de efeito cumulativo no organismo – e, dependendo da concentração, podem causar, a longo prazo, complicações respiratórias e renais. Misturadas ao lixo doméstico em aterros comuns, elas contaminam o solo, lençóis de água subterrâneos e lavouras. “A situação melhorou um pouco nos últimos tempos, pois vêm sendo produzidas pilhas com menores concentrações desses metais – como as alcalinas, cujos resíduos são bem menos tóxicos para o ambiente”, diz Zilda Velloso, coordenadora do Departamento de Qualidade Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Em compensação, a lei que deveria nos proteger desses venenos não é cumprida.

Trata-se de uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), em vigor desde julho de 2000. Ela estabelece como responsabilidade dos fabricantes e importadores a coleta de pilhas usadas, para que tenham destinação adequada: aterros industriais especiais para resíduos químicos perigosos. “Esses aterros consistem de valas com diversas camadas de impermeabilização para evitar vazamentos. São também equipados com sistemas de tratamento para gases e líquidos”, diz o químico Marcelo Jost, também do Ibama. No entanto, apenas 10% dos aterros brasileiros obedecem a essas condições. E, apesar da resolução do Conama, pouquíssimos pontos de coleta de pilhas foram instalados no país.

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Descarte descuidado

Em aterros comuns, as pilhas contaminamo solo e a água

1 – Grandes quantidades de pilhas são depositadas em aterros comuns, misturadas ao lixo doméstico. No interior delas mora o perigo: uma pasta onde ocorrem as reações químicas que geram energia, formada por metais altamente tóxicos

2 – O vazamento resultante faz com que os elementos tóxicos do interior da pilha se dissolvam nos líquidos que escoam pelas camadas do aterro. Sem um sistema especial de captação e tratamento desses fluidos, o veneno contamina o solo e os lençóis de água subterrâneos

3 – Expostas ao sol e à chuva, as pilhas vão oxidando. Com isso, sua carcaça – que deveria manter confinada a pasta de metais venenosos – passa a se decompor

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