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Quanto mais espinhas você tem hoje, menos rugas terá amanhã

E não é só uma pele mais lisinha que você ganha: as espinhas, dizem cientistas britânicos, estão ligadas à longevidade.

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h02 - Publicado em 4 out 2016, 15h00

Espinhas, cravos, oleosidade – acne é um verdadeiro inferno. Mas quem sente isso na pele colhe frutos no futuro: um estudo genético do King’s College de Londres mostrou que pessoas que sofrem de acne na juventude tendem a ter menos rugas enquanto envelhecem. 

O segredo é uma estrutura cromossômica chamada telômero, uma espécie de capa que serve para proteger a pontinha dos cromossomos (pense neles como aqueles plastiquinhos cilíndricos que ficam no fim do cadarço de tênis).

Os cientistas perceberam que, quanto mais longa essa capinha, mais acne você tem – e menos rugas ela desenvolve na velhice. Isso porque os telômeros protegem os cromossomos durante a reprodução celular, um processo que é justamente o que faz a célula envelhecer ao longo da vida: a cada vez que a célula se divide, o telômero fica mais curto, como um lápis sendo apontado.

Quando essa capinha do cromossomo é gasta por completo, a célula não consegue mais se replicar. Aí, ou ela morre, ou fica inativa – é por isso que esse processo está relacionado não só à velhice, como também ao câncer. E essa é uma boa explicação de por que fumar faz mal, por exemplo: o cigarro acelera o processo de encurtamento do telômero, o que faz envelhecer mais rápido, além de facilitar cânceres. 

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Para chegar a essa conclusão, os cientistas do King’s College mediram o comprimento dos telômeros dos glóbulos brancos de 1.205 irmãs gêmeas, todas mulheres – 25% delas sofriam de acne. Em geral, as mulheres que tinham espinhas tinham telômeros muito maiores do que as de pele lisinha: 7,17 kilobases (ou kb, a unidade usada para esse tipo de medição) contra 6,92 kb – mesmo com fatores como idade, peso e altura levados em consideração. Ou seja, quem sofre de acne realmente tem telômeros mais compridos.

Depois disso, os cientistas começaram a procurar o gene que controla a acne. E encontraram só um, o ZNF420 – que, coincidentemente, também controla o envelhecimento das células (ou o gasto de telômeros). A conclusão foi simples: se quem tem acne tem telômeros maiores, e se o ZNF420 controla tanto o gasto de telômeros quanto as espinhas, logo, telômeros que demoram mais para desaparecer significam mais acne e menos rugas. Ufa.

Por enquanto, os pesquisadores ainda não conseguiram descobrir a causa biológica dessa relação entre o ZNF420 e a acne – mas deu para provar com folga que ela existe. Então, se você sofre com as temidas espinhas, fique tranquilo: daqui a alguns anos, é você quem vai estar rindo por último. 

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