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Sexo dos anjinhos

Cientistas fazem estudos sobre o processo de definição do sexo dos bebês, baseando-se em animais.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 31 jan 2003, 22h00

Elisa de Almeida França

Pesquisas com formigas, crocodilos, pássaros e até com seres humanos estão fazendo com que os cientistas já não tenham tanta certeza de que a definição do sexo dos bebês seja obra do acaso. No caso dos insetos, por exemplo, estudos com formigas, abelhas e vespas mostram que são as rainhas (isto é, as fêmeas dominantes) que determinam o sexo das crias. Se detectam a necessidade de gerar mais machos, elas mesmas fecundam os ovos. Quando não o fazem, nascem indivíduos do sexo feminino.

No reino animal não chega a ser raro que a fêmea dominante interfira na determinação do sexo do seu bebê. Isso acontece em algumas espécies de jacarés, em que as mães fazem isso regulando a temperatura e a umidade de seus ninhos. Segundo o professor de Ecologia Evolutiva Luciano Verdade, da Universidade de São Paulo, o calor influencia a produção de hormônios que atuam na definição do sexo desses répteis. Se a temperatura é muito baixa ou muito alta, numa escala de 28 a 34 graus centígrados, nascem machos. As fêmeas são geradas nas temperaturas intermediárias. Ou seja: são as mamães jacarés que definem o equilíbrio entre o número de indivíduos machos e fêmeas na espécie.

Entre os mamíferos, a tese mais aceita sobre a proporção sexual dos indivíduos propõe que os animais geram filhotes do sexo que terá mais possibilidade de produzir descendentes. Mas que mecanismos utilizam? Será que isso vale para os humanos? A psicóloga evolutiva Valerie Grant, da Universidade de Auckland, Nova Zelândia, acredita que temos a capacidade de determinar o sexo de nossos filhos. Para ela, são as mães que fazem a escolha. Valerie estuda como os níveis de testosterona – o hormônio masculino presente também nas mulheres – podem ter um papel decisivo na determinação do sexo dos filhos. Ela pesquisou a presença de testosterona em 178 mulheres grávidas. “Acredito que estamos aptos a demonstrar que a ação do hormônio no folículo ovariano indica a formação de óvulos predispostos a receber o espermatozóide X ou Y”, afirma.

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Exemplo desse controle pode ser percebido na proporção de nascimento de meninos e meninas, após as guerras mundiais. Os meninos superaram médias históricas, em mais de 20%. Para Valerie, o estresse a que estiveram expostas as mulheres durante a guerra (o fato de terem assumido funções exercidas até então pelos homens) fez com que elas estivessem prontas para gerar filhos machos. Atualmente, nascem 106 meninos para cada 100 meninas, no mundo.

 

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